quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Atualidades economicas.

Com a posse da presidente DILMA ROUSSEFF o Brasil desfruta de um início de ano e de governo, um pouco diferente de outras épocas. Apesar de a população brasileira entender que o ano somente começa após o Carnaval – que neste ano sera dias 07 e 08/03/2011, a roda da vida vai rodando e nestes quase dois meses de governo, a mudança é positiva.

Enquanto grande parte dos países ainda recupera-se da brutal crise de 2008 e, nos dias de hoje, o mundo árabe esteja passando por uma revolução atraves das tradicionais e conhecidas redes sociais existentes no Ocidente, o Brasil aguarda um resultado de seu PIB para 2010 na ordem de 8% e para 2011 espera-se um número próximo a 5%.

No entanto, nem tudo são flores. Após 17 anos que o Plano Real venceu o dragão da inflação, o mesmo volta sorrateiramente a exalar enxofre pelas suas grandes narinas e, por incrível que pareça, essa ameaça a meta de inflação estipulada pelo Banco Central em 4,5% com uma margem de 2,5% para mais ou para menos, é de certa maneira aceita por determinados acadêmicos e membros do próprio governo. Agrava-se essa situação uma vez que a inflação causa prejuízo maior as classes de menor renda do que as de maior poder aquisitivo.

Um bom teste para a força política de Dilma Rousseff no Legislativo foi a aprovação do salário mínimo em R$ 545,00, o que sempre é um fator de preocupação devido o aumento em cascata que acarreta, mas que teria causado maior prejuízo se o valor aprovado fosse os R$ 600,00 defendidos pela oposição e até por alguns aliados do Palácio do Planalto.

Outra tensão está no valor da taxa de câmbio, atualmente cotada em média por R$ 1,6750 por US$ 1.00. Recentemente o Banco Central divulgou que o déficit em transações correntes ficou em US$ 5,4 bilhões, US$ 2 bilhoes mais negativo do que dezembro, um claro sinal da deterioração das contas externas. Com isso, o déficit acumulado em 12 meses fechou em US$ 49,1 bilhões, valor abaixo em relação ao número de dezembro de US$ -47,5 bilhoes. Como porcentagem do PIB, o déficit em transações correntes também voltou a aumentar, passando de 2,28% para 2,35%, mas ainda abaixo do registrado em novembro de 2010, que foi de 2,41%.

Por outro lado, pelo 24º mês consecutivo, houve superávit no balanço de pagamentos: em janeiro, foi de US$ 8,5 bilhoes, o mais alto desde outubro do ano passado, US$ 8,8 bilhoes, quando o processo de capitalização da Petrobras atraiu muitos recursos estrangeiros. Essa contabilização é bastante criticada por vários economistas, uma vez que suspeita tratar-se de uma artificial manobra contabil. Apesar de o Brasil continuar a ser um mercado promissor para investimentos, com o valor de US$ 15,3 bilhões ingressado em dezembro, estranhamente apenas US$ 2,9 bilhões ingressaram em investimentos diretos no país durante o mes de janeiro. Portanto, é o momento de reavaliar todas as situacoes possiveis visando antecipar eventuais serios problemas economicos para o Brasil.

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