sábado, 23 de abril de 2016

A importância do agronegócio na economia brasileira.


Em que pese a queda no total das exportações brasileiras com relação ao pico no  ano de 2011 (US$ 256 bilhões), as últimas projeções indicam que em 2016 o total possa chegar a quase US$ 200 bilhões.    

Enquanto isso, no período de 2007 a 2015 as exportações do agronegócio mantiveram um ritmo mais constante de crescimento, o que deverá ainda aumentar ao final deste 2016 devido a valorização do dólar frente ao Real.   

O PIB estimado do Brasil para 2016 deverá ter uma contração maior que os 3,8% de 2015, porém o mercado prevê que a participação da agropecuária no PIB passe dos 1,8% de 2015 para 2,0% em 2016 e para isso, exportar ainda é uma boa solução.

Miguel de Cervantes & William Shakespeare: 400 anos!


23 de Abril: Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor.



quarta-feira, 20 de abril de 2016

Enquanto o desemprego atinge mais de 10,4 milhões de pessoas, o país para!

Segundo o IBGE informou nesta data:

taxa de desocupação no trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2016 foi estimada em 10,2% para o Brasil, ficando acima da taxa do trimestre móvel encerrado em novembro de 2015 (9,0%) e superando, também, a do mesmo trimestre do ano anterior (7,4%).
população desocupada (10,4 milhões de pessoas) cresceu 13,8% (mais 1,3 milhão pessoas) em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2015 e subiu 40,1% (mais 3,0 milhões de pessoas) no confronto com igual trimestre de 2015.
Já a população ocupada (91,1 milhões de pessoas) apresentou redução de 1,1%, quando comparada com o trimestre de setembro a novembro de 2015 (menos 1,0 milhão de pessoas). Em comparação com igual trimestre de 2015, foi registrada queda de 1,3% (menos 1,2 milhão de pessoas).
O número de empregados com carteira assinada no setor privado apresentou queda de 1,5% frente ao trimestre de setembro a novembro de 2015 (menos 527 mil pessoas). Na comparação com igual trimestre do ano anterior, a redução foi de 3,8% (menos 1,4 milhão de pessoas).
rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.934) ficou estável frente ao trimestre de setembro a novembro de 2015 (R$ 1.954) e caiu 3,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.012).
massa de rendimento real habitualmente recebida pelas pessoas ocupadas em todos os trabalhos (R$ 171,3 bilhões) registrou redução de 2,0% em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2015, e redução de 4,7% frente ao mesmo trimestre do ano anterior. A publicação completa da PNAD Contínua Mensal pode ser acessada aqui.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Delfim Netto: "O desastre está feito".


Goste-se ou não do Mestre Antonio Delfim Netto, reconheçamos que tem um estilo próprio de bem utilizar a escrita e um talento para resumir a Economia numa nota só. Por exemplo, hoje no VALOR ECONÔMICO, sua atual previsão para o Brasil neste 2016:

"O final dessa melódia é que a perspectiva atual é terminarmos2016 - se não agirmos rápida, enérgica e inteligentemente - com mais uma queda de 4% do PIB; uma taxa de inflação ainda acima do limite superior da "meta"; um déficit fiscal da ordem de 10% do PIB; um déficit primário próximo de 2% do PIB e a relação dívida bruta/PIB, reforçando sua dinâmica, vai aproximar-se de 75%".

O casamento da recessão com o desemprego.


Segundo Paul Krugman, "o efeito mais importante da recessão é seu efeito sobre a capacidade dos trabalhadores de encontrarem e manterem empregos".  

Isso posto, o Brasil encerrou 2015 com 8,5% de desemprego e estima-se para 2016 taxa média de desemprego (IBGE) de 11,8% e para 2017 taxa de 11,7%.

Diante desses números, o gráfico na página do Professor Paulo Gala evidencia que o fundo do poço ainda não está à vista.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Dani Rodrik: Economics Rules - "A Economia manda".



Em novo livro lançado nos Estados Unidos, o economista Dani Rodrik, professor da Universidade Harvard, citou uma lendária frase de John Kenneth Galbraith:

"Deus criou os economistas que fazem previsões para os astrólogos se sentirem respeitáveis". 

No livro, Dani Rodrik faz  uma apaixonada defesa do estudo da economia para a solução de grandes questões da atualidade. 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Brasil com dívida pública de 92% em 2021? Krugman profético em 1999!

No livro “Economia Brasileira Contemporânea”, edição lançada em 2005 e organizada pelos Economistas Fabio Giambiagi, André Villela, Lavínia Barros de Castro e Jennifer Hermann, lemos no capítulo 7, uma frase do Nobel Paul Krugman dita em maio de 1999:

O Brasil ainda é um país onde são muito fortes as forças em favor da gastança de recursos públicos sem lastro. Creio que deva ser um dos últimos países do mundo nessa situação.”

Decorridos quase 16 anos, evidencia-se que o Brasil ainda não aprendeu que o governo não pode nem deve gastar mais do que arrecada. Relatório divulgado neste abril de 2016 pelo Fundo Monetário Internacional - FMI estima que o Brasil terá déficits primários até 2019, projetando uma alta ininterrupta da dívida bruta até 2021, quando o indicador deverá atingir quase 92% do PIB. Isso é resultado do recorrente desequilíbrio fiscal com o agravante de não ser ainda possível visualizar, pelo menos agora, uma série estabilizada da dívida.     

O país continua perdendo credibilidade e as condições políticas atuais em nada favorecem o retorno do adequado equilíbrio fiscal. Tenhamos consciência que o elevado preço das políticas econômicas anteriormente adotadas serão pagas pela sociedade.     

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Estadão: "A Pujança do Campo".

Editorial do ESTADÃO e os positivos números do agronegócio brasileiro. 
Enfim, para não dizer que não falamos das flores... 
Um abraço a todos os colegas da ESALQ, sinônimo de bons estudos. 
No meio da crise política e moral que congela os investimentos, paralisa os programas de expansão das empresas, reduz o consumo e faz a economia encolher, as raras notícias animadoras continuam a vir do campo. Depois de a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ter anunciado os números do mais recente levantamento da produção de grãos da safra 2015-2016, estimando-a em 209 milhões de toneladas – novo recorde do setor –, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostrou que, em março, o agronegócio respondeu por mais da metade de todas as nossas exportações. São demonstrações da extraordinária resistência do agronegócio, que, mesmo pressionado internamente pela crise e externamente pela queda dos preços de seus principais itens de exportação, continua a crescer e, assim, a evitar o aprofundamento de uma recessão que já lançou milhões de brasileiros no desemprego e gera dificuldades crescentes para os negócios.
As exportações de US$ 8,35 bilhões do agronegócio em março, um recorde para o mês em toda a série histórica iniciada em 1997, corresponderam a 52% do total exportado pelo País. Só esse dado bastaria para mostrar a pujança da atividade rural e dos setores industriais a ela vinculados. O desempenho se torna ainda mais notável quando se leva em conta o fato de que, de acordo com o índice de preços dos alimentos elaborado pelo Fundo Monetário Internacional – que inclui cereais, óleos vegetais, carnes, frutos do mar, açúcar, bananas e laranjas –, as cotações estão atualmente 30% abaixo do valor recorde registrado em fevereiro de 2011.
Apesar da queda generalizada e acentuada dos preços médios dos produtos exportados pelo agronegócio, o Brasil está conseguindo aumentar suas exportações em valor, porque tem aumentado o volume médio exportado. É uma demonstração de competitividade do setor e da qualidade de seus produtos, como observou a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério, Tatiana Palermo.
No primeiro trimestre do ano, as exportações do agronegócio alcançaram US$ 20,03 bilhões, com alta de 8,7% em relação a igual período de 2015. O saldo comercial do setor nos primeiros três meses do ano alcançou US$ 17 bilhões.
Esse resultado foi essencial para que a balança comercial total registrasse, no trimestre, saldo de US$ 8,39 bilhões, o maior para o período desde 2007. Enquanto o comércio externo de outros setores da economia brasileira patina, o do agronegócio cresce a velocidades muito altas. Como a Organização Mundial do Comércio (OMC) projeta aumento de 2,7% do comércio mundial neste ano, “crescemos três vezes mais”, observou a secretária do Ministério da Agricultura.
Nos três primeiros meses do ano, as exportações do complexo soja somaram US$ 5,13 bilhões e as de carnes alcançaram US$ 3,21 bilhões (o principal produto foi o frango). Também se destacaram as vendas externas de milho, cuja receita alcançou US$ 1,97 bilhão.
Ao mesmo tempo que tem sustentado os bons resultados da balança comercial, compensando largamente o recuo das exportações de minério de ferro, petróleo em bruto e artigos manufaturados, o bom desempenho da agricultura tem sido essencial para evitar problemas de abastecimento de produtos básicos para o mercado doméstico. Um bom exemplo é o do feijão da primeira safra, que ganhou produtividade. Mesmo com menor área de cultivo, a produção deve chegar a 1,2 milhão de toneladas, maior que o da colheita anterior (1,1 milhão de toneladas).
São números que justificam a avaliação da secretária do Ministério, de que “o setor agropecuário se tornou essencial para o crescimento da economia brasileira”. É o resultado de um longo e persistente trabalho dos produtores rurais em busca de maior eficiência operacional, com o uso de técnicas de gestão e de produção atualizadas. Pode-se imaginar os ganhos que o País poderia alcançar se esse setor essencial da economia dispusesse da infraestrutura adequada para escoar sua produção.

Fortaleza: 290 anos - capital do mar, do sertão e da serra - 13/04/1726.

O início da ocupação do território que viria a ser Fortaleza se deu entre os anos de 1597 e 1598. Em 13 de abril de 1726, o povoado do forte foi elevado à condição de vila.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Previsão do FMI: PIB Brasil para 2016 indica queda de 3,8%.

Estimativas do FMI para o PIB brasileiro neste 2016 indicam uma queda de 3,8% e zero para 2017. A previsão para 2016 é a pior para as maiores economias do mundo.  
Enquanto isso, no mesmo relatório: The WEO forecasts global growth at 3.2 percent in 2016 and 3.5 percent in 2017.

Logo, é necessário entender que o problema é nosso e não do resto do mundo. Isso posto, o trabalho para reorganizar os péssimos números da economia brasileira compete exclusivamente a nós.

Portanto, mãos à obra!     

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Focus - Relatório de Mercado: 08/04/2016.


Relatório FOCUS com base em 08/04/2016 e divulgado hoje pelo BACEN estima para os finais de 2016 e 2017: 

  • IPCA de 2016 para o final de 7,14% e 5,95% para 2017.

  • PIB de 2016 com uma queda de 3,77% e um aumento de 0,30% para o final de 2017. 

  • Taxa Selic estimada em 13,75% para o final de 2016 e de 12,25% para o próximo ano. 

  • Taxa de câmbio R$/US$ 4,00 no final deste ano e de R$/US$ 4,10 para o final de 2017. 

E enquanto o PIB brasileiro continua em queda livre trazendo terríveis consequências para a sociedade, as atividades políticas envolvidas trabalham pelo simples apego ao poder nesta segunda-feira, 11 de abril de 2016.

Lamentável!!!  

domingo, 10 de abril de 2016

Sem otimismo com a queda da inflação em março/2016.

Com o cenário econômico em tempos de péssimas notícias, é razoável a euforia que o IPCA registrou avanço de "apenas" 0,43% em março de 2016, resultando numa acumulação de 9,39% em 12 meses, inferior portanto aos 10,36% observados em fevereiro. Isso lembrando que 2015 fechou com uma inflação de 10,67% e que a meta para 2016 continua sendo 4,5% ao ano. Logo, estamos realmente muito longe da meta.

Como citado por João Sayad em 1987, "a inflação é um animal burro". E com burros, não devemos brincar...

Também, em meados de 2004, Gustavo Franco profeticamente escreveu em um dos textos do livro Economia Brasileira Contemporânea, "o desenvolvimento econômico brasileiro, para ser justo e saudável, precisa ter lugar sob responsabilidade fiscal e moeda sadia". Suspeito que a mente brilhante do nobre colega nem imaginasse que no Brasil de 2016 estaríamos num contexto pavoroso. 

O país necessita que os números da economia mostrem, com urgência urgentíssima, o enorme potencial de crescimento brasileiro, sob pena de sofrimento e dor para toda a sociedade. É extremamente lamentável que após uma queda de 3,8% no PIB em 2015, estejamos prevendo outra queda de 3,8% para 2016 e, quem sabe, um PIB de insignificante 0,3% para 2017. Realmente, assim não dá!!!  

Quem viver, verá!   

A moral de Espinosa neste 2016.

Em mais um quente domingo neste outono brasileiro e permanecendo em modo avião para todas as notícias sempre complicadas da vida brasileira, numa semana que promete fortes embates, vamos mesmo com o filósofo Espinosa:

"Deixo cada um viver segundo sua compleição, e aceito que os assim o queiram morram pelo que acreditam ser seu bem, contanto que me seja permitido, a mim, viver pela verdade."    

sexta-feira, 8 de abril de 2016

2016: London Has Fallen - Invasão a Londres



É fabuloso o sentimento de sentir-se dentro de um mundo perigoso (com fortes lembranças de Paris e Bruxelas), rever a política internacional em seu nobre cenário londrino, bem como as sombras terríveis do terrorismo (com locações que relembram países como Iraque e Síria), porém, temporariamente contente com a nossa mente bem distante de um Brasil viciado em corrupção e na ausência de líderes que consigam reconstruir a economia e a esperança de milhões de brasileiros.
"Invasão a Londres" nos faz recordar que existem outros graves problemas que não somente este Brasil, pátria maltratada.
Recomendado. 

quinta-feira, 7 de abril de 2016

The Economist: Mark Zuckerberg prepares to fight for dominance of the next era of computing.


O BACEN e o atual momento econômico.

Trechos finais do pronunciamento do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco Central do Brasil, no encerramento ontem do “Itaú Macro Vision 2016”. Mais do que nunca, neste momento de grave crise política com resultados que impactam fortemente a economia, compete ao BACEN manter-se firme na busca da estabilidade do poder de compra da moeda e na solidez do sistema financeiro.  

Senhoras e Senhores, 

Apesar das dificuldades econômicas, o Sistema Financeiro Nacional, continua sólido, bem capitalizado, líquido e pouco dependente de recursos externos. O desenvolvimento do crédito se dá em níveis adequados ao momento econômico. Nesse ambiente de baixa confiança dos tomadores e de incertezas de natureza não econômica, a própria demanda por crédito se retrai. Por outro lado, o aumento moderado dos índices de inadimplência não representa risco material para o sistema, pois as instituições contam com níveis adequados de provisionamento e o endividamento do setor privado está sendo bem gerenciado, inclusive por meio de renegociações de operações de crédito. É com base nesse cenário que tenho afirmado que a solidez do Sistema Financeiro Nacional representa importante fundamento da economia brasileira, especialmente relevante neste momento de grandes desafios nos ambientes doméstico e internacional, e, numa análise prospectiva, referida solidez será um fator crucial para a recuperação econômica do país.

Os ajustes na economia têm sido importantes, mas ainda não completaram seu ciclo. Há muito o que fazer para o resgate da confiança da sociedade na economia brasileira. Em qualquer contexto, mas especialmente quando vivenciamos alto nível de incertezas, a principal contribuição do Banco Central do Brasil é trabalhar para proteger o poder de compra da moeda e para assegurar a solidez do sistema financeiro, bases para o crescimento sustentável da economia. 

Obrigado pela atenção.


A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...