domingo, 12 de abril de 2009
CONSENSO DE WASHINGTON E A CRISE
KEYNES HOJE: NOSSO ESTADO GASTA BEM?
- Foi Richard Kahn, um aluno de John Maynard Keynes, que fez a pergunta que fazemos ainda hoje: É possível eliminar o desemprego mediante uma política de obras públicas? Brilhantemente, Keynes aproveitou a idéia criando o “multiplicador do investimento ou dos gastos.” Os argumentos de Keynes influenciaram e influenciam toda uma geração de economistas, passando o pleno emprego a ser um dos objetivos da macroeconomia.
- Recordo desse fato, lendo a Folha de hoje, quando diz que “entre 2006 e 2008, governadores e prefeitos ampliaram gastos com o funcionalismo público a taxas superiores à inflação. Enquanto a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação, ficou em 10,6%, as despesas com funcionários do Executivo aumentaram 25,2% nos Estados e 26% nas prefeituras das capitais. O quadro é percebido nas administrações de governadores e prefeitos que fazem lobby por pacotes de socorro federal e incluem partidos como DEM e PSDB, que atacam a expansão da folha de pagamentos do governo Lula, de 26,2% nos dois anos. As justificativas ficam por conta da recomposição de salários defasados, da ampliação de serviços de saúde, educação e segurança e da valorização dos recursos humanos."
- É o que eu sempre penso: o Estado não é o melhor administrador de recursos que conhecemos. Será que não passou da hora do Estado gastar menos com uma turma que já ganha bem acima da média nacional e investir mais, de verdade, por exemplo, no próprio PAC?
FUKUYAMA - O LIBERALISMO É O CAMINHO
BRASIL - ESTA É A SUA CARA (AINDA HOJE)
sexta-feira, 10 de abril de 2009
BANCO DO BRASIL E O GOVERNO
quarta-feira, 8 de abril de 2009
DÁ SÉRIE TEXTO DE QUEM É DA NOSSA ÁREA
PAULO RABELLO DE CASTRO, 59, doutor em economia pela Universidade de Chicago (Estados Unidos), é vice-presidente do Instituto Atlântico e chairman da SR Rating, classificadora de riscos. Preside também a RC Consultores, consultoria econômica, e o Conselho de Planejamento Estratégico da Fecomercio SP. paulo@rcconsultores.com.br
terça-feira, 7 de abril de 2009
BRASIL: POUPANÇA DAS FAMÍLIAS, PIB E PAC
NADA contra o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. TUDO contra um PAC meramente eleitoral. Recentemente, com fogos de artíficio e artifícios econômicos e políticos, o governo lançou um pacote para construção de 1.000.000 de casas. Prazo para conclusão: não informado. É por essas situações inseguras que não podemos adotar um comportamento de avestruz e fingirmos que a crise inexiste no BRASIL e que, caso tenha, existe um Pai (que não é o do Céu, ainda…) a nos proteger. É preocupante o que hoje li na coluna do colega blogueiro VINÍCIUS TORRES FREIRE, da Folha de S. Paulo: “Neste ano, a poupança ficou no vermelho em janeiro e em março. No ano, a "captação líquida" está negativa em R$ 582 milhões (para um saldo total de R$ 274,7 bilhões). É o primeiro trimestre de captação líquida média no vermelho desde junho de 2006. Não deve ser por acaso.” E não é mesmo. Uma das primeiras explicações para o crescimento do PIB é que o mesmo cresce devido o aumento da poupança das famílias, que posteriormente serão convertidos em equipamentos de capital. Logo, como essa poupança hoje está sendo retirada pelas pessoas, em continuando esse resgate, o PIB de 2009 realmente tenderá a quase zero. Ou não, dependendo do PAC... Até Caetano Veloso já deve pensar assim...
domingo, 5 de abril de 2009
LULA NO G-20 FOI UM SUCESSO MUNDIAL
sábado, 4 de abril de 2009
O QUE MUDA COM A SAÍDA DE MEIRELLES DO BACEN?
G20 EM LONDRES - CÚPULA DE EGOS
DELFIM PREOCUPADO? VAMOS ENTENDER O PORQUE.
Em sua última coluna na Folha de São Paulo, o Economista ANTONIO DELFIM NETTO, já chama atenção para o título de seu texto: PREOCUPAÇÕES.
VERÍSSIMO TAMBÉM É ECONOMIA.
Essa eu li em 02/04/09 e fiquei curioso, pois o autor desta crônica “Respeitável", Luis Fernando Veríssimo, não faz parte da minha lista de preferidos. Porém, vindo dele, claro que tinha que ter uma crítica ao capitalismo... De qualquer maneira, sempre sou favorável a "ouvir ambas as partes"...
Hyman Minsky morreu em 1996 mas está sendo muito lembrado, e citado, agora. Era um economista e acadêmico americano que destoava da ortodoxia neo-clássica dominante de Milton Friedman e seus discípulos e combateu a desregulação do mercado que desmantelou o capitalismo auto-controlado montado pelos keynesianos depois da Grande Depressão - e acabou dando no atual desastre. Minsky previu o que ia acontecer mas na época do pensamento único e indiscutível ninguém lhe deu muita atenção. Agora o profeta está recebendo as honras devidas. Num trecho de um dos seus livros sobre a instabilidade da economia americana reproduzido recentemente pela revista "The Nation", Minsky escreveu que "o fracasso de políticas desde a metade dos anos 60 tem relação com a banalidade da análise econômica ortodoxa. Apenas uma análise crítica do capitalismo pode ser guia para uma política capitalista bem sucedida". Quer dizer, a análise acritica ou invariavelmente a favor ameaça o capitalismo mais do que qualquer pregação de esquerda. Minsky estava escrevendo para a grande imprensa americana e, sem saber, para a grande imprensa brasileira.
RICOS X POBRES: SEMPRE A MESMA COISA
Enquanto no Brasil os 10% mais ricos detem 75% da riqueza, lá no Clube do G20 não é muito é diferente: nada mais nada menos do que 90% do PIB mundial estavam em Londres.
Análise feita pela Miriam Leitão afirma que do grupo do G8, que inclui a Rússia entre as nações mais ricas, praticamente todos já estão em recessão ou tiveram PIB negativo no 4º trimestre de 2008. São eles: Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá, Itália e Rússia.
Além deles estão reunidos os países que fazem parte da União Europeia e também o grupo de 11 nações emergentes, que inclui Brasil, Argentina, México, China, Índia, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul e Turquia.
Nota: e o que acontece com os quase 200 países que possuem APENAS 25% da riqueza?
O DÓLAR AINDA É MOEDA FORTE?
Clóvis Rossi é um dos jornalistas mais respeitados no meio e em seu texto de 27/03/09 na Folha de S. Paulo, traz mais uma preocupação para os tempos atuais. Para os meus quase dois leitores, o título do texto é bastante sugestivo "Aquelas notas verdes". E como gostamos dela...
LONDRES - Editorial desta Folha demonstrava faz pouco a fortaleza do dólar, apesar de toda a crise, apesar de todo o colossal déficit externo norte-americano. Um número bastava: o mundo comprou no ano passado US$ 815 bilhões em títulos norte-americanos. Significa, grosso modo, transferir para os EUA três quartas partes de tudo o que o Brasil produz por ano de bens e serviços. Mas as coisas começam a ficar esquisitas. Primeiro foi o premiê chinês, Wen Jiabao, a desconfiar publicamente da solvência dos EUA. Depois foi outro líder chinês, o presidente de seu Banco Central, a sugerir a troca do dólar pelos Direitos Especiais de Saque (moeda contábil do FMI) como moeda de reserva do planeta.
Ontem, foi a vez de Andrei Denisov, vice-ministro russo de Exteriores, a endossar a proposta chinesa. Denisov foi além: propôs uma conferência internacional para estudar a adoção da nova moeda, o que, de quebra, já mina a cúpula do G20 marcada para dia 2
Em tempo: Atualizando a nota acima, o presidente Lula já propôs ao seu colega chinês Hu Jintao a utilização de suas respectivas moedas, real e yuan no comércio.(Não acredito na "quebra" do dólar, apesar do estado atual da economia norte-americana). A confirmar.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
OS MAIS RICOS DO MUNDO - RESULTADOS?
Do blog do Joemir Beting, um comentário sobre a reunião de hoje do G-20, em Londres:
Os países ricos vão ficar 4,3% menos ricos em 2009. Vulgo recessão em bloco dos 30 países mais desenvolvidos economicamente, politicamente, socialmente. E os 30 maiores países emergentes? Também estão em marcha à ré? Não! Estão em desaceleração, como que rodando em terceira ou segunda marcha e não mais em quinta ou sexta. O Brasil estaria ou já teria passado da quinta para a segunda. A crise é dos ricos - diria o presidente Lula. Eles produziram a bolha e explodiram a bolha. Os países emergentes - sem contar os submergentes, os que ainda não emergiram - acabaram atingidos, em maior ou menos escala, pelos estilhaços da bolha financeira nos flancos da economia real de cada um. O dado curioso é que os emergentes perderam os dedos, enquanto os opulentos perderam os dedos, as mãos e os braços. . Nesta crise, os emergentes passaram a ter uma fatia maior no bolo da economia mundial, recalculado na semana passada, a dólar de hoje, em US$ 62 tri. O planeta China, por exemplo, já é a terceira maior economia do mundo e ensaia ganhar a medalha de prata, já em 2011 ou 2012. É do Banco Central da China comunista a maior reserva internacional do capitalismo. Ou, se preferem: os EUA, primeira potência, desfilam dívida externa de US$ 4,4 tri. E o seu maior credor, brandindo cobrança de US$ 786 bi, é justamente o Tesouro Nacional da China. Pois o acordo global do G-20, afinal, tem apenas um defeito: entra hoje em órbita, com pelo menos 20 anos de atraso. Mas quais são os parceiros do G-20? Os do G-8 e os do G-12. No G-8, os 7 países ricos,m dando carona à Rússia do poder nuclear. No G-12, os emergentes de maior afluência no mercado globalizado. Anote aí: no G-8, pela ordem de tamanho do PIB, EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia. No G-12, China, Brasil, Índia, Coréia do Sul, México, Austrália, Turquia, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul e Argentina. Na soma de 2008, o PIB conjunto do G-20 foi de exatos US$ 45 tri., sendo US$ 31,5 tri do G-8 e US$ 10,5 tri do G-12.
A MELHOR REVISTA DO MUNDO
DO INTERIOR DO BRASIL AO MUNDO
domingo, 29 de março de 2009
PREVISÕES: ACERTOS E ERROS
Esta está no site/blog do KANITZ http://brasil.melhores.com.br/ e, de verdade, gostaria de saber a opinião dos meus colegas econometristas blogueiros. Então vamos lá:
"Previsões são meros exercícios de vontade, cujo resultado depende da disposição psicológica mais ou menos otimista dos seus autores. Não existe nenhum mecanismo de 'previsor antecedente' [de um ano] aceitável. Na melhor das hipóteses, pode-se estimar precariamente o crescimento do PIB num trimestre quando SE ESTÁ NA METADE dele". (Delfim Netto, na Folha de São Paulo, de 25 de Março de 2009.)
Então por que continuamos a publicar estas previsões de economistas neo-clássicos, monetaristas e keynesianos, se o melhor economista deste país afirma que são meros exercícios de vontade? Atenção jornalistas econômicos e professores de jornalismo: esta frase do Delfim diz muita coisa e precisa ser lembrada.
Vai ser um verdadeiro "choque": o crescimento anual do primeiro trimestre de 2009 será muito próximo de zero, mas isso não nos permite saber o que serão os próximos nove meses. Logo, não podemos saber qual será o crescimento do ano.
Portanto leitores de O Brasil Que Dá Certo: não se assustem nem se desesperem.
Segundo Delfim, publicar na manchete de um jornal a previsão de queda no crescimento do PIB não é informação, e sim barulho. Falou de Delfim Netto, o economista-chefe deste país
Nota deste blog: Eu não concordo integralmente com o texto acima.
DA SÉRIE "TEXTO DE QUEM ESCREVE BEM"
A mística do mercado é o título do artigo publicado por PAUL KRUGMAN no "NEW YORK TIMES" e aqui no Brasil na FOLHA DE S.PAULO. Nada como um Nobel para facilitar e apontar como esta a crise atualmente, apesar de não necessariamente todo Nobel esteja correto em seu entendimento econômico. Nem mesmo um KRUGMAN...
Na segunda-feira, Lawrence Summers, o chefe do Conselho Econômico Nacional, respondeu às críticas ao plano do governo Obama para subsidiar a compra privada de ativos tóxicos. "Não conheço nenhum economista que não acredite que mercados de capitais funcionando melhor, nos quais os ativos possam ser negociados, não sejam uma boa ideia." Deixe de lado por um momento a questão de se um mercado em que os compradores têm de ser subornados para participar pode realmente ser descrito como "funcionando melhor". Mesmo assim, Summers precisa sair mais. Alguns economistas reconsideraram sua opinião favorável sobre os mercados de capitais e a negociação de ativos à luz da crise atual. Mas ficou cada vez mais claro nos últimos dias que autoridades graduadas do governo Obama ainda estão presas à mística do mercado. Elas ainda acreditam na magia do mercado financeiro e na proeza dos magos que a executam. A mística do mercado nem sempre dirigiu a política financeira. A América saiu da Grande Depressão com um sistema bancário rigidamente regulamentado, que fez das finanças um negócio sóbrio e até aborrecido. Os bancos atraíam os depositantes fornecendo localizações convenientes de agências e talvez uma ou duas torradeiras de brinde; usavam o dinheiro assim captado para fazer empréstimos, e era isso. E o sistema financeiro não era apenas aborrecido. Também era, pelos padrões de hoje, pequeno. Mesmo durante os "anos go-go", o mercado altista da década de 1960, finanças e seguros juntos representavam menos de 4% do PIB. A relativa desimportância das finanças se refletia na lista de ações que formavam a Média Industrial Dow Jones, que até 1982 não continha uma única companhia financeira. Tudo parece primitivo pelos padrões de hoje. Mas aquele sistema financeiro aborrecido e primitivo serviu a uma economia que duplicou os índices de padrão de vida no período de uma geração. Depois de 1980, é claro, surgiu um sistema financeiro muito diferente. Na era Reagan, de mentalidade desregulamentadora, a banca à moda antiga foi cada vez mais substituída pela especulação em grande escala. O novo sistema era muito maior que o antigo regime: à véspera da crise atual, finanças e seguros representavam 8% do PIB, mais que o dobro de sua participação nos anos 60. No início do ano passado, o Dow Jones incluía cinco companhias financeiras - entre elas gigantes como AIG, Citigroup e Bank of America. E as finanças tornaram-se nada aborrecidas. Atraíram muitas de nossas mentes mais agudas e fizeram algumas pessoas imensamente ricas. Sob o novo mundo glamouroso das finanças estava o processo de securitização. Os empréstimos não ficavam mais com o credor. Em vez disso, eram vendidos para outros, que cortavam em fatias, picavam e faziam purê das dívidas individuais para sintetizar novos ativos. Hipotecas "subprime", dívidas de cartão de crédito, empréstimos para carros - tudo entrava na processadora do sistema financeiro.Do outro lado, supostamente, saíam doces investimentos AAA. E os magos financeiros foram generosamente recompensados pela condução desse processo. Mas os magos eram fraudes, quer eles soubessem disso quer não, e sua magia veio a ser nada mais que uma coleção de truques baratos. Acima de tudo, a promessa chave da securitização - que tornaria o sistema financeiro mais robusto ao espalhar mais os riscos - veio a ser uma mentira. Os bancos usaram a securitização para aumentar seu risco, e não para reduzi-lo. Nesse processo tornaram a economia mais, e não menos, vulnerável aos distúrbios financeiros. Mais cedo ou mais tarde as coisas tinham de dar errado, e acabaram dando. O Bear Stearns faliu; o Lehman faliu; mas principalmente a securitização faliu. O que nos traz de volta à abordagem do governo Obama para a crise financeira. Grande parte da discussão sobre o plano de ativos tóxicos se concentrou nos detalhes e na aritmética, e com razão. Além disso, no entanto, o que é marcante é a visão manifestada tanto no conteúdo do plano financeiro como em declarações de autoridades do governo. Na essência, o governo parece acreditar que quando os investidores se acalmarem a securitização e os negócios financeiros poderão retomar de onde pararam um ou dois anos atrás. Para ser justo, as autoridades estão pedindo mais regulamentação. Na verdade, na quinta-feira Tim Geithner, o secretário do Tesouro, explicou planos para aumentar a regulamentação que teriam sido considerados radicais pouco tempo atrás. Mas a visão subjacente permanece a de um sistema financeiro mais ou menos igual ao que havia dois anos atrás, embora um pouco mais controlado por novas regras. Como você pode adivinhar, eu não compartilho essa visão. Não acho que isso seja apenas um pânico financeiro; eu acredito que representa o fracasso de todo um modelo de banca, de um setor financeiro que cresceu demais e causou mais dano que bem. Não acho que o governo Obama seja capaz de trazer a securitização de volta à vida, e não acredito que deva tentar isso.
REVISTA ÉPOCA - EDIÇÃO DE 30/03/2009
POLÍTICA BRASILEIRA - ELEIÇÕES 2010
quinta-feira, 26 de março de 2009
CRISE 2009 - BOAS NOTÍCIAS. E AINDA ESTAMOS EM MARÇO...
quarta-feira, 25 de março de 2009
BLOG NOVO NA REDE - LEIA E FIQUE FELIZ
Apesar de ser um brasileiro que procura ter os pés no chão e não se ufana com Copa do Mundo e casas populares a R$ 50,00/mês, nestes tempos de tantas notícias ruins, devemos a iniciativa do brilhante STEPHEN KANITZ pela criação de seu blog http://brasil.melhores.com.br/, que, por incrível que parece, somente traz notícias boas. (Sim, elas existem, apesar de nós, Economistas e Auditores, nem sempre encontrá-las).
Parece até conto da carochinha, mas Kanitz é um excepcional criador de ótimos textos na VEJA e agora, no blog, continua a demonstrar todo o seu conhecimento.
Boas vindas ao novo colega e sucesso neste mundo virtual, mas também, REAL.
domingo, 22 de março de 2009
LULA NA NEWSWEEK - EDIÇÃO DE 30/03/2009
Lula Wants to Fight Invigorated by the crisis, Brazil's president says he's praying for Obama. From the magazine issue dated Mar 30, 2009
Once a leftist firebrand, brazil's president Luiz Inácio Lula da Silva turned to free-market liberalism and helped make his country Latin America's biggest economic success. Earlier this month he became the first Latin leader to visit President Barack Obama at the White House, and in April he'll head to London for the G20 summit on the global financial crisis. He met with NEWSWEEK's Fareed Zakaria in New York. Excerpts:
Zakaria:Your meeting with President Obama went longer than expected. What did you talk about?
Da Silva: We talked a lot about the economic crisis. We also decided to create a working group between the U.S. and Brazil to participate in the G20 summit meeting. I told Obama that I'm praying more for him than I pray for myself, because he has much more delicate problems than I. He left a huge impression on me, and he has everything it takes to build a new image for the U.S. with relation to the rest of the world.
You got on pretty well with President Bush. How are they different?
Look, I did have a good relationship with President Bush, it's true. But there are political problems, cultural problems, energy-grid problems, and I hope that President Obama will be the next step forward. I believe that Obama doesn't have to be so concerned with the Iraq War. This will permit him to explore the possibility of building peace policies where there is no war, which is Latin America and Africa.
You are probably the most popular leader in the world, with an 80 percent approval rating. Why?
Brazil is a country that has rich people, as you have in New York City. But we also have poor people, like in Bangladesh. So we tried to prove it was possible to develop economic growth while simultaneously improving income distribution. In six years we have lifted 20 million people out of poverty and into the middle class, brought electricity into 10 million households and increased the minimum wage every year. All without hurting anyone, without insulting anyone, without picking fights. The poor person in Brazil is now less poor. And this is everything we want.
There are people who credit high oil, gas and agriculture prices. Can you manage with prices going down rather than up?
The recent discovery of oil is very important, because part of the oil we find will help resolve the problem of poverty and the problem of education. Brazil does not want to become an exporter of crude oil. We want to be a country that exports oil byproducts—more gasoline, high-quality oil. The investments were calculated at the price of $35 per barrel. Now, at $40, we still have enough margin.
Critics say that during this period of high commodity prices, you did not position Brazil to move economically up to the next level.
This doesn't make sense. When I became president of Brazil, the public debt was 55 percent of GDP. Today it is 35 percent. Inflation was 12 percent, and today it's 4.5 percent. We have economic stability. Our exports have quadrupled. The fact is that the growth of the Brazilian economy is the highest it has been in 30 years.
Will Brazil's economy grow this year?
I'm convinced we'll reach the end of the year with a positive growth rate. But we did not foresee that the crisis would have either the size or the depth that it has today in the U.S. Now we need new political decisions that depend on the rich countries' governments. How are we going to reestablish credit, reestablish the American consumer and the European consumer? Now we have to prove we are worthy. I was even getting a little bit disappointed in political life. I've already had my sixth year of my term, and you start getting tired. But this crisis is almost like something—a provocative thing for us, to wake us up. It's giving me enthusiasm. I want to fight. The more crises, the more investment you have to make. So we're investing today in what we never invested in for the last 30 years, in railroads, highways, waterways, dams, bridges, airports, ports, housing projects, basic sanitation. We have to be bold, because in Brazil we have many things to do that in other countries were already done many years ago.
Last December you had a meeting of the 33 countries of the Americas except the United States. Why?
It seemed that the United States was pointedly excluded.We have never had such a meeting among only the Latin American and Caribbean countries. So it was necessary to have this meeting without super economic powers, a meeting of countries that face the same problems.
You've said you hope this crisis will change the politics of the world, to give countries like Brazil and India and China a greater say. What specifically—what power do you want that you don't have now for Brazil?
We want to have much more influence in world politics. For example, we want that the multilateral financial institutions not be open only to the Americans and Europeans—institutions like the IMF and World Bank. We want more continents to participate in the Security Council. Brazil should have a seat, and the African continent should have one or two.
You are regarded as a great symbol of democracy in the Americas. And yet some people say you have been quiet as Hugo Chávez has destroyed democracy in Venezuela. Why not speak out?
If Brazil wants a greater role in the world, wouldn't that be one part, to stand for certain values?Well, maybe we cannot agree with Venezuelan democracy, but no one can say that there is no democracy in Venezuela. He has been through five, six elections. I've only had two.
He has gangs out on the street. This is not real democracy.
Look, we have to respect the local cultures, the political traditions of each country. Given that I have 84 percent support in the public-opinion polls, I could propose an amendment to the Constitution for a third term. I don't believe in that. But Chávez wanted to stay … I believe that changing the president is important for the strengthening of democracy itself. URL: http://www.newsweek.com/id/190352
DA SÉRIE "TEXTO DE QUEM ESCREVE BEM" - II
Em 18/03/2009, ANTONIO DELFIM NETTO, escreveu em sua coluna na Folha de S. Paulo, o texto abaixo, com o título "Dura realidade."
O BRASIL só muito recentemente havia se reconciliado com o verdadeiro crescimento, que, para os países emergentes, é aquele que o faz convergir e superar a média do crescimento mundial. Depois de 20 anos de taxas de crescimento inferiores à do mundo, o terceiro trimestre de 2006 mostrou importante mudança: voltamos a crescer mais do que ele. Entre 1950 e 1985, o Brasil cresceu, por ano, 2,2% acima do mundo; entre 1986 e 2006, cresceu, em média, 0,7% por ano abaixo do mundo. A tabela mostra o crescimento trimestral em 2008 comparado a cada trimestre de 2007: Trata-se de verdadeiro colapso, que nem os mais pessimistas ousavam prever. Esse enorme desastre "na margem" é relativizado quando se verifica que, na média, nosso crescimento de 2008 foi muito superior ao do mundo (cerca de 1,6%) e praticamente igual ao dos países emergentes (5%). É claro que há mil razões para explicar o fato, mas é ainda mais claro que nem a soma de 999 delas chega a ter a importância da "morte súbita" do crédito interbancário no Brasil. Por que um país que tem um sistema bancário hígido, com alavancagem razoável e controlada e economia relativamente fechada, assistiu à queda do seu recém-redescoberto desenvolvimento? A resposta desagradável é uma só: o Banco Central, perdido no labirinto de seus modelos, demorou a entender o que se passava após a barbeiragem do Tesouro americano e do Fed na desastrada operação Lehman Brothers, em setembro. Quando entendeu, agiu na direção certa, mas com atraso e tibieza. Há fatos fora de nosso controle, como a queda de demanda das exportações e a evolução das relações de troca (preços de exportação/ preços de importação), que cobrarão seu preço sobre nosso desenvolvimento. Mas as preocupações do nosso sistema bancário em relação ao capital subordinado e ao seu "funding" externo deveriam (e poderiam!) ter sido reduzidas pelo BC ainda em setembro. Em vez disso, perdemos meses construindo a perversa teoria de que banco "grande" é melhor do que "pequeno" e que o pior dos bancos "públicos" é melhor do que o melhor dos "privados", o que compromete ainda mais a restauração do crédito interbancário. Se continuarmos "filosofando", o Brasil poderá encolher em 2009. Felizmente temos os próximos nove meses para trabalhar duro e com inteligência para evitar a tragédia.
Uma pergunta deste colega aqui na floresta ao grande Mestre Delfim: e os gastos do governo brasileiro não comprometem o que estavamos vendo hoje? (Ficamos aguardando resposta).
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
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O genial Sinfrônio , no cearense Diário do Nordeste , sempre consegue nos fazer rir mesmo no meio da diária tragédia econômica e políti...
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Um ranking elaborado pela revista americana " Harvard Business Review ", especializada em administração e negócios , mostrou 26 ...