sábado, 16 de janeiro de 2010

HAITI = TERROR

Precisamos ajudar a mudar este tipo de vida - (?) - que existe no HAITI e por aqui também, tão perto de nós.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

ECONOMIA: HERANÇA BENDITA.

O Economista e Professor CLAUDIO SALM, 67 anos, graduado pela Universidade Federal do Rio, com pós-graduação no Chile e doutorado na Unicamp. Sua tese, Escola e Trabalho, foi publicada pela editora Brasiliense em 1982, em entrevista hoje na FOLHA DE S. PAULO:

FOLHA - Quais são os indícios de que, entre os governos FHC e Lula, houve continuidade, e não ruptura, nas políticas sociais?

CLAUDIO SALM - Do ponto de vista da política econômica já sabemos que não houve qualquer ruptura, como o próprio Lula havia anunciado que não haveria, em 2002, na famosa Carta aos Brasileiros. Eu diria até que, em alguns aspectos, como o da política monetária, Lula é mais conservador que FHC. Conservador no sentido do excessivo cuidado em relação à banca. Quanto à política social, é só conferir os números. O período Lula é uma continuidade do período FHC, com tudo o que tem de bom e de ruim. Houve uma progressão contínua na qualidade de vida dos 25% de brasileiros mais pobres. Desde 1996, vários indicadores melhoram mais ou menos no mesmo ritmo: acesso às redes de água e esgoto, coleta direta de lixo, iluminação elétrica, posse de telefone, máquina de lavar. Essa conversa de herança maldita é pura bobagem.

NOTÍCIAS DA CHINA!

A China alcançou mais um recorde em 2009. Detentora do maior mercado automotivo e siderúrgico do mundo, o país superou a Alemanha e foi o que mais exportou no ano passado. Foram exportados mais de US$ 1,2 trilhão em produtos, acima dos US$ 1,17 trilhão previstos para as exportações da Alemanha. Segundo reportagem do Estado, a crise global acelerou o crescimento da China, estimulada pelo incentivo governamental de US$ 586 bilhões, fazendo com que a economia e o consumo fossem mantidos em alta, enquanto os Estados Unidos e outros mercados enfrentavam dificuldades com a recessão.

domingo, 10 de janeiro de 2010

ECONOMIA: ANÁLISE

A lição da recessão é clara. O ponto fraco do capitalismo não é o mercado de trabalho, mas o mercado financeiro. Na pior das hipóteses, as falhas do mercado de trabalho impõem modestos custos sociais por ineficiência, enquanto as falhas dos mercados de capitais prejudicam severamente a sociedade, e os mais graves problemas são infligidos aos trabalhadores, e não aos responsáveis pelos desastres financeiros.

RICHARD FREEMAN, é professor de Economia na Universidade Harvard e codiretor do programa de mão de obra e vida profissional na Escola de Direito de Harvard. Ele também é pesquisador sênior de mercados de trabalho no Centro de Desempenho Econômico da London School of Economics, dirige o Science and Engineering Workforce Project (SEWP) no Serviço Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos e escreveu hoje na FOLHA DE S. PAULO o artigo “UMA RECUPERAÇÃO SEM EMPREGOS?

ECONOMIA: REVENDO CONCEITOS

ECONOMIA é o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos.

DEZ Princípios de Economia:

Como as Pessoas Tomam Decisões

1 – As pessoas enfrentam tradeoffs

2 – O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la

3 – As pessoas racionais pensam na margem

4 – As pessoas reagem a incentivos

Como as Pessoas Interagem

5 – O comércio pode ser bom para todos

6 – Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica

7 – Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados

Como a Economia Funciona

8 – O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços

9 – Os preços sobem quando o governo emite moeda demais

10 – A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego

sábado, 9 de janeiro de 2010

IT'S THE ECONOMY, STUPID!

Diretamente das melhores bancas do mundo, ao preço de US$ 6,99 nos Estados Unidos, 5,50 na zona do euro e R$ 29,90 no Brasil, acima a capa desta semana da revista mais influente do mundo.

ECONOMIA E IGREJA

Amanhã, dia 10/01/2010, será o lançamento pela Igreja Católica da Campanha da Fraternidade 2010 - "FRATERNIDADE E ECONOMIA", cujo lema será: "Vocês não podem servir a DEUS e ao dinheiro" - Mt 6,24.

SEM ESQUECER O PASSADO

Do blog do colega Leo Martins - http://leomrtns.blogspot.com, com dados da politicamente correta The Economist, vale começar este 2010 sem esquecer o que já passamos neste BRASIL:

  • 1973-79: os choques do petróleo
  • 1982: a dívida
  • 1986: o Plano Cruzado
  • 1990: o Plano Collor
  • 1994: a crise da tequila
  • 1997: a crise asiática
  • 1998-99: a crise russa e dos fundos de cobertura
  • 2001-02: o estouro da bolha das ponto-com e a dívida da Argentina
  • 2007-?: a crise financeira global.

ECONOMIA EM UMA NOVA DÉCADA

Existe agora uma nova Economia? Quando um psicólogo é premiado com o Nobel estamos lidando com uma Neuroeconomia? GEORGE AKERLOF, professor de Economia na Universidade de Berkeley e ROBERT SCHILLER, economista da Universidade Yale escrevem que: “O grande problema com a MACROECONOMIA hoje é que os economistas ainda não entenderam o que move a economia. Muitos imaginaram que eram apenas as mudanças tecnológicas ou as ações dos bancos centrais”.

Afinal, em qual direção irá a ECONOMIA a partir desta década? A crise será um divisor de idéias e soluções? Como um estatístico como NASSIN TALEB brilha no ninho dos economistas?

GRAND HOTEL CA'D'ORO

Quando morei em São Paulo sempre desejei passar uma noite no lendário Grand Hotel Ca’d’Oro, localizado na famosa Rua Augusta, o primeiro cinco estrelas da cidade. Por lá passaram dos monarcas como Juan Carlos, da Espanha e Gustavo Adolfo, da Suécia, ao presidente François Mitterrand, dos poetas Vinicius de Moraes e Pablo Neruda aos prêmios Nobel Linus Pauling e Nelson Mandela, de Luciano Pavarotti a Roberto Carlos, de Jorge Amado a Rachel de Queiroz, passando por Gore Vidal. Realmente acho que somente faltou o meu nome...

É uma parte do charme e da nobre São Paulo que se vai e que deixará saudades.

BRASIL: RESERVAS 2009

O Brasil encerrou o ano de 2009 com US$ 239,054 bilhões nas reservas internacionais. É o nível mais alto já registrado pelo Banco Centra para o último dia útil do ano, considerando a série histórica iniciada em 1970. No final de 2008, o país contava com US$ 206,806 bilhões aplicados no exterior. O crescimento de 15,6% é alto, mas não é o maior registrado: entre 2006 e 2007, as reservas internacionais saltaram de US$ 85,839 bilhões para US$ 180,334 bilhões, aumento de 110,1%.

PAUL SAMUELSON - A LENDA

O colega Marcos Fernandes Gonçalves Da Silva, coordenador pedagógico da Escola de Economia da FGV-SP, escreve na ultima ÉPOCA Negócios sobre o sempre presente Paul Samuelson.

Escrever o obituário de Paul Anthony Samuelson, morto no dia 13 de dezembro, é uma tarefa enriquecedora. Mesmo quem discorda dele, aqui ou acolá, respeita seu trabalho. Samuelson nasceu em Gary, Indiana, em 1915. Graduou-se na Universidade de Chicago, mas foi em Harvard que recebeu o Ph.D. em economia em 1941, com uma tese que, transformada em livro, viria a fundamentar a ciência econômica. Seu título: Fundamentos da Análise Econômica. Junto com Valor e Capital, de John Hicks, Prêmio Nobel de 1972, este livro marca o início da consolidação analítica da teoria neoclássica em economia. Além disso, Samuelson escreveu um manual de introdução à economia que durante décadas foi hegemônico no mercado.

Nas vidas profissional e pessoal de Samuelson sempre estiveram presentes economistas importantes. Um dos maiores do século passado, Joseph Schumpeter, foi seu professor e membro de sua banca de doutorado. Nicholas Georgescu-Roegen, matemático e economista romeno, era seu amigo. E em sua família há economistas de monta, como o sobrinho Larry Summers, ex-secretário do Tesouro americano e atual assessor econômico de Obama.

Samuelson estudou física na graduação e, mais tarde, ao longo de sua formação como economista, carregou para a análise econômica uma visão de processos baseada na termodinâmica. Neste particular, é notável a influência de Georgescu-Roegen, admitida no discurso de aceitação do Prêmio Nobel de Economia, em 1970. Esse documento é uma genealogia intelectual de Samuelson. Sua leitura revela que ele também foi influenciado por Ernst Mach, físico e filósofo austríaco que antecipou a ideia de tempo relativo e foi fundamental na formação tanto de Einstein como de Schumpeter.

Não se entende como Samuelson via a economia e como revolucionou seu estudo sem levar essa influência em conta. Explico: para Mach, o conhecimento científico é meramente empírico, não cabendo ao cientista nenhuma inferência sobre a natureza metafísica do mundo. Matemática é a linguagem da ciência e propicia a “economia de pensamento”, isto é, a construção de modelos elegantes, simples, literalmente econômicos. Esta ideia foi fundamental para Schumpeter, pois ele avaliava que a ciência econômica deveria ser meramente descritiva e que a formalização matemática seria seu sinal de maturidade. Como também fica claro na palestra do Nobel, a influência de Mach foi decisiva para a construção de Fundamentos.

No campo acadêmico, Samuelson travou uma batalha intelectual com vários economistas, entre eles a britânica Joan Robinson, da Universidade de Cambridge. O embate intelectual conhecido como a “controvérsia do capital” abriu espaço para Joan criticar a forma como os economistas neoclássicos, entre eles Samuelson, analisavam o valor e o capital na teoria econômica. A “controvérsia do capital” foi vencida, como o próprio Samuelson reconheceria, por Joan Robinson e seus aliados. Contudo, tal vitória foi pírrica: quem passou para a história como vencedor foi ele. No campo do debate público, Samuelson sempre foi um democrata de esquerda, pelos padrões americanos. Crítico do neoliberalismo de Hayek e Milton Friedman, ele propunha maior ativismo do Estado.

CEARENSE É FORTE E ESTUDIOSO.

Com alegria essa eu li no nosso jornal O POVO, de FORTALEZA: “A barreira para chegar às melhores faculdades tecnológicas do País é do tamanho do vestibular. Que não é qualquer um: poucas vagas, concorrentes dedicados, conteúdo aprofundado de Química, Física e Matemática. Mas os estudantes cearenses têm encarado o desafio à altura. Fortaleza foi a cidade com o maior número de aprovados tanto no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) como no Instituto Militar de Engenharia (IME)."

Cearense é antes de tudo um povo forte. E estudioso.

domingo, 3 de janeiro de 2010

O QUE ESPERAR DEPOIS DA CRISE?

Editorial da Folha de S. Paulo de hoje - "DEPOIS DA CRISE", comenta a atual situação econômica mundial.
Foram dois os desequilíbrios que levaram à debacle financeira deflagrada em setembro de 2008. Durante duas décadas, houve no mundo rico um progressivo endividamento, concentrado nas famílias e nos bancos -a regulação débil, por ideologia e problemas operacionais, foi incapaz de detectar e evitar os excessos.
Além disso, a emergência da China como protagonista na economia mundial perturbou a tradicional ordem das coisas.
Ao longo da década de 2000, a China optou por não permitir a valorização de sua moeda, o que seria o curso natural para um país com forte impulso na produtividade e superavits comerciais crescentes. Pequim adotou uma versão moderna de mercantilismo e logo acumulou reservas internacionais de US$ 2 trilhões, superiores ao PIB do Brasil.
Esse dinheiro foi reciclado no sistema financeiro ocidental e, numa inversão do padrão histórico, direcionado aos países ricos. Contribuiu para manter baixas as taxas de juros nos EUA e na Europa e acelerou o endividamento dessas economias. No fim da corrente de crédito estavam, principalmente, financiamentos imobiliários feitos pelos bancos.
A crise foi desencadeada pelo esgotamento da capacidade de tomar empréstimos das economias ricas, o que levou à interrupção do circuito, à queda nos preços dos imóveis e, por conseguinte, à insolvência dos bancos.
A alternativa no calor da crise foi recorrer a uma profunda intervenção do Estado, por meio de capitalização e injeção ilimitada de recursos no sistema financeiro e na economia em geral, com a forte expansão dos gastos públicos. O primeiro grupo de medidas pretendeu evitar a paralisia do que pode ser descrito como óleo lubrificante do capitalismo. O segundo tentou preencher o vácuo de demanda privada que se seguiu à crise. Em conjunto, tais iniciativas afastaram o risco de depressão.
Passada a fase aguda, ficam os problemas crônicos, que vão balizar a economia mundial a partir deste ano de 2010.
Um dos principais gargalos é o endividamento público nos países ricos. A maioria deles continuará a incorrer em deficits entre 5% e 10% do PIB em 2010 e 2011. A dívida pública chegará a patamares inéditos em tempos de paz, entre 80% e 100% do PIB.
Já está colocada a necessidade de reduzir esses deficits em horizonte não muito longo, sob pena de incorrer-se em riscos financeiros severos para os governos e em inflação. A liberdade da política econômica nesses países centrais ficará, portanto, seriamente restrita no curto prazo.
Em 2010, os capitais despejados em abundância pelos Bancos Centrais serão em parte recolhidos, mas os juros devem continuar baixos. Tal combinação é um risco, no contexto de forte crescimento dos emergentes. Pode alimentar uma nova inflação de "commodities" e sobreaquecer os países mais dinâmicos. Em alguns deles -China, Índia e Brasil-, já está clara a necessidade de políticas mais restritivas.
Até por esse motivo, o potencial de instabilidade da economia global ainda é grande. Ao Brasil convém uma estratégia cautelosa, a fim de evitar desequilíbrio externo significativo.

sábado, 2 de janeiro de 2010

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

31/12/2009 - O FIM DE UMA DÉCADA!

Em sua última coluna de 2009 no NYT, com o título THE BIG ZERO, o Nobel PAUL KRUGMAN, escreve, com PESSIMISMO, que do ponto de vista econômico sua sugestão é que chamássemos a década passada de o Grande Zero. Segundo ele, foi uma década em que nada de bom aconteceu e nenhuma das coisas otimistas nas quais supostamente deveríamos acreditar se concretizaram. E concluindo seu artigo: So let’s bid a not at all fond farewell to the Big Zero — the decade in which we achieved nothing and learned nothing. Will the next decade be better? Stay tuned. Oh, and happy New Year.

Diante disso e com OTIMISMO, que 2010 e seus sucessores nos tragam sempre boas novas...

DICTA&CONTRADICTA - A REVISTA DO ANO

Concordando com o meu colega LUCAS MENDES - http://austriaco.blogspot.com/, que não é o jornalista, a revista DICTA&CONTRADICTA é uma das melhores leituras que fizemos em 2009 e esperamos continuar em 2010.
Além da nossa PIAUÍ, of course.

2009 - O HOMEM DO ANO?

Goste-se ou não do Presidente Lula, é dever reconhecer sua habilidade em tornar-se o mais popular Presidente da história deste país. Como a EXAME registrou em sua edição de final de ano, sua importância histórica como líder é inegável. E como sempre a ECONOMIA é o coração de tudo, ao garantir a estabilidade da moeda brasileira, a autonomia relativa do Banco Central e a permanência de seu presidente, o ortodoxo Henrique Meirelles, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, mesmo com as suas “populares frases”, conseguiu sair-se bem da turbulência financeira que agitou/agita ainda o mundo e foi eleito em diversas ocasiões, O HOMEM DO ANO.

NÓS E ELES - 2009

Enquanto por aqui 2009 foi um bom ano, em certo país mais poderoso do mundo...

O DÓLAR EM 2009

Direto da redação da ÉPOCA, uma das principais notícias de 31/12/2009, e que será muito acompanhada em 2010: Com a intervenção da unidade monetária no câmbio, com um leilão para compra de dólares com taxa de corte de R$ 1,7424 e a postura cautelosa do mercado no ultimo dia de negócios do ano, o dólar fechou estável ontem, 30/12, marcando R$ 1,741 para compra e R$ 1,743 para venda. Com o resultado, a queda do dólar em dezembro foi de 0,63%. De acordo com reportagem do Valor, no ano, a moeda americana apresentou desvalorização de 25,32%, invertendo a alta de 31,34% registrada no ano passado. Segundo estudo da consultoria Economatica, baseado na cotação de ontem, a desvalorização nominal do dólar neste ano é a maior da história, superando as perdas de 18,23% verificadas em 2003.

2009 - 2010: A DIFERENÇA

Diretamente de FORTALEZA-CE, do nosso DIÁRIO DO NORDESTE, o genial SINFRÔNIO nos apresenta o antigo 2009 e o novo 2010. E que venha 2010...

OS NOMES QUE FIZERAM 2009

Sempre gostei de recordar dos principais assuntos que estiveram nas manchetes ao longo do ano que passou. É claro que cada “relação” tem o gosto ou o interesse de quem escreve. Por isso, os principais fatos, por exemplo, citados na TIME, não são os mesmos da VEJA. De qualquer maneira, lendo diversas “listas de 2009”, considerei a abaixo, da FOLHA DE S. PAULO, bastante completa do que realmente vivemos.

Para a nossa recordação, nada como relembrar 2009 nos nomes de:

LULA - Chamado de "o cara" por Obama e eleito personagem do ano pelo espanhol"El País",o petista participou de discussões internacionais sobre o clima,a fome,a crise econômica e foi associado à escolha do Rio para sediar os Jogos de 2016. Internamente, foi alvo de polêmica pelo filme "Lula, o Filho do Brasil", tachado de oportunista, e por ter se empenhado em manter José Sarney na presidência do Senado. Terminou o ano com 72% de aprovação, segundo o Datafolha, um recorde de popularidade.

OBAMA - O casal Obama encabeçou as listas dos mais poderosos, influentes e elegantes. Empossado em janeiro, Barack passou o ano tentando aprovar a reforma no sistema de saúde dos EUA e, externamente, dando justificativas para as ações militares no Afeganistão e no Iraque, que não impediram que ele ganhasse o Prêmio Nobel da Paz. Já Michelle chamou a atenção por suas roupas, quase sempre impecáveis.

JOSÉ SERRA - O governador de São Paulo, que lidera as pesquisas para 2010, passou o ano se esquivando de dizer se vai ser ou não o candidato do PSDB à Presidência. Apesar disso, estendeu sua agenda de viagens para outros Estados e fez propaganda maciça de programas como a lei antifumo e a expansão do metrô. Nos últimos dias do ano, viu Aécio Neves anunciar que desistia de disputar a indicação para o Planalto.

DILMA ROUSSEFF - Escolhida candidata do PT à Presidência por Lula, Dilma aproveitou o ano pré-eleitoral para intensificar sua aparição ao lado do presidente e tentar associar seu nome a programas do governo federal, como o PAC. Foi apresentada como chefe da equipe, mas demorou 40 horas para falar sobre o apagão. Diagnosticada com câncer linfático em abril, anunciou em setembro que tinha terminado o tratamento.

JOSÉ SARNEY - Eleito presidente do Senado em fevereiro, o peemedebista foi o principal personagem da crise que atingiu o Senado por seis meses. Alvo de denúncias de nepotismo, de ter beneficiado parentes por meio de atos secretos e de ter recebido irregularmente o auxílio moradia, Sarney sempre negou as acusações e resistiu no cargo. Escapou, graças ao PT, de processos no Conselho de Ética.

GRIPE SUÍNA - Surgida no México, em março,a nova doença respiratória deixou ao menos 10.582 mortos em mais de 208 países até dezembro, segundo a OMS. No Brasil, o Ministério da Saúde registrou mais de 1.600 mortes no período. Para 2010, o governo promete vacinar os mais vulneráveis ao vírus.

APAGÃO - Cerca de 70 milhões de pessoas de 18 Estados brasileiros ficaram sem energia elétrica por mais de três horas em novembro. O governo culpou o mau tempo pelo ocorrido.

AHMADINEJAD - O iraniano protagonizou a eleição presidencial mais tensa de 2009. A disputa, em junho, teve acusações de fraude e protestos da oposição, reprimidos violentamente pelo governo. Reeleito, Ahmadinejad foi recebido no Brasil por Lula.

CIRO GOMES - Apesar de dizer que é candidato a presidente, o deputado federal (PSB) transferiu seu título de eleitor do Ceará para São Paulo, deixando aberta a possibilidade de concorrer ao governo paulista.

MICHAEL JACKSON - O Rei do Pop morreu em junho, aos 50 anos, em decorrência de uma parada cardíaca provocada por uma quantidade letal de analgésico aplicada por seu médico particular. O cantor se preparava para uma turnê.

RIO-2016 - Após três tentativas frustradas de organizar uma Olimpíada, o Rio ganhou a disputa pela sede dos Jogos de 2016, os primeiros na história a serem organizado sem um país sul-americano. A cidade venceu Madri, Tóquio e Chicago e irá investir R$ 25,9.

LEI ANTIFUMO - Em vigor desde agosto em SP, a lei antifumo baniu a fumaça de ambientes coletivos fechados.Além dos fumantes, donos de bares e restaurantes se queixaram da nova regra, que acabou adotada em outros lugares do país.

AIR FRANCE - O Airbus que cumpria o voo 447 da Air France saiu do Rio em 31 de maio e caiu no oceano Atlântico, deixando 228 mortos. A caixa preta jamais foi localizada e as investigações não esclareceram a causa do acidente.

BERLUSCONI - O premiê deu tanto o que falar em 2009 que acabou até eleito "astro de rock do ano" pela "Rolling Stone" italiana. Suspeito de envolvimento com prostitutas e com a máfia e réu em processos por suborno e fraude fiscal, Silvio Berlusconi fechou o ano se recuperando de uma agressão no rosto.

NELSINHO PIQUET - O piloto fez parte de um dos maiores escândalos da F-1 ao revelar, em julho, que bateu o carro de propósito em 2008, a pedido da Renault, para ajudar seu companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso.

PRÉ-SAL - Foram lançadas em agosto as regras de exploração do pré-sal, coma troca do sistema de concessões pelo modelo de partilha de produção. A mudança prevê capitalização recorde da Petrobras, estimada em até R$ 100 bilhões, a criação de uma estatal do setor e a montagem de um fundo para investir em educação, combate à pobreza, tecnologia, cultura e ambiente.

RONALDO+CORINTHIANS - Ronaldo, que escolheu o Corinthians para voltar a jogar no Brasil, teve papel importante nas conquistas dos títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Fora dos campos, fez uma lipoaspiração na barriga, terá um filho coma mulher, Bia Antony, e, claro, foi visto em algumas noitadas.

TWITTER - O Twitter virou fenômeno da internet e se tornou palco para revelações de políticos, esportistas e celebridades. O sistema de microblog anunciou o nascimento do filho de Ivete Sangalo e a renúncia "irrevogável" de Aloizio Mercadante da liderança do PT no Senado, além de permitir que a população do Irã denunciasse a repressão durante as eleições.

ZELAYA - O então presidente de Honduras, Manuel Zelaya, que tentava reformar a Constituição, sofreu um golpe, em junho, orquestrado por Congresso, Suprema Corte e Forças Armadas. As negociações para reconduzi-lo ao cargo foram frustradas, e ele se refugiou na embaixada brasileira de Tegucigalpa, onde passou o Natal.

COPENHAGUE - Um dos eventos mais esperados do ano, a conferência do clima fracassou ao não formular um acordo para conter o aquecimento global e ao empurrar as expectativas para 2010.

DUNGA - Apesar da desconfiança de parte do público e da imprensa, Dunga classificou a seleção brasileira para a Copa da África do Sul com três rodadas de antecedência e com uma vitória sobre a Argentina.

MARINA SILVA - A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente anunciou sua saída do PT, rumo ao PV, pelo qual vai disputar a Presidência.

CAMPEONATO BRASILEIRO - O torneio mais emocionante da era dos pontos corridos só conheceu seu campeão na última rodada. O Flamengo, líder por apenas uma semana, voltou a ganhar o título do Brasileiro depois de 17 anos, graças a atuações de Adriano, de volta ao Brasil em 2009, Petkovic e do técnico Andrade.

ROGER ABDELMASSIH - Um dos mais famosos especialistas em reprodução assistida do país, Roger Abdelmassih, 65, teve o registro profissional suspenso e foi preso em agosto sob a acusação de ter cometido 56 estupros contra pacientes. Foi solto na antevéspera do Natal por ordem do STF.

ENEM - No ano de sua reformulação para substituir o vestibular de parte das universidades federais, o Enem foi cancelado devido ao vazamento da prova, prevista para outubro.Um novo exame foi aplicado em dezembro, mas quase 40% dos candidatos não compareceram.

HÉLIO OITICICA - Em outubro,um incêndio queimou 30% das obras do artista plástico Hélio Oiticica (1937-1980) que estavam guardadas na casa de seu irmão César, no Rio.

KARZAI - Pela primeira vez em oito anos, o Afeganistão teve eleições para presidente sob responsabilidade das autoridades locais. Numa disputa marcada por fraudes, Hamid Karzai foi reeleito.

GISELE BÜNDCHEN - O casamento da top de 29 anos, em cerimônia reservada, com o jogador de futebol americano Tom Brady, 32, no início do ano, provocou frisson na mídia especializada em celebridades. Em 2010, as atenções devem ir para Benjamin, seu primeiro filho, nascido em dezembro.

BERNANKE - Eleito como"Personalidade do Ano" pela revista americana "Time", Ben Bernanke, presidente do BC americano, foi responsável por conduzir a saída dos EUA da recessão, classificada por ele como "a pior crise financeira desde os anos 30".

CESAR CIELO - O brasileiro se tornou o maior velocista da natação ao ganhar o ouro nos 100m livre, com novo recorde mundial, e nos 50m livre no Mundial de Roma, em julho e agosto. Aos 22 anos, fechou o ano quebrando também o recorde dos 50m livre.

FELIPE MASSA - O piloto da Ferrari foi atingido, durante os treinos para o GP da Hungria, em julho, por uma mola que escapou do carro de Rubens Barrichello. Precisou fazer cirurgias e se recuperou bem, mas só voltará a correrem 2010.

JOSÉ ROBERTO ARRUDA - O governador do Distrito Federal protagonizou o escândalo chamado de "mensalão do DEM", esquema de distribuição de propinas. Único governador eleito pelo DEM, ele acabou se desfiliando da sigla para não ser expulso.

USAIN BOLT - O jamaicano, o homem mais veloz do mundo, se tornou, no Mundial de Berlim, em agosto, o primeiro atleta a quebrar os recordes dos 100m e dos 200m em um mesmo mundial de atletismo.

LÉVI STRAUSS - O antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, pai do estruturalismo, morreu em outubro, a menos de um mês do seu 101º aniversário.

JESUS LUZ - Ao lado de Madonna desde dezembro de 2008, o brasileiro viveu uma alavancada em sua carreira neste ano, atuando como modelo e DJ, o que tem lhe rendido polpudos cachês.

BLOG 2010 - FELIZ ANO NOVO

Para um blog que teve início nas férias de 2008 com o objetivo de ser uma espécie de espaço econômico para divulgação das nossas idéias e de colegas com os quais mantemos semelhanças de pensamento, bem como de outros com os quais divergimos no entendimento econômico e político do que fazer para melhorar o nosso BRASIL, encerramos, neste 31/12/2009, com mais de 500 postagens e quase 1.000 leituras do nosso perfil.

Através deste espaço conhecemos brilhantes colegas e compartilhamos leituras de assuntos que, talvez, por outros meios, deles não teríamos tomado conhecimento. Mesmo com o pouco tempo que dispomos para postar neste espaço ou acessar o blog de outro colega, manter este blog tornou-se uma atividade prazerosa e, quando, por motivos alheios à nossa vontade, deixamos temporariamente o espaço “fora do ar”, essa situação já exige que busquemos alternativas para mantê-lo sempre atualizado e com matérias que sempre sejam úteis aos meus quase dois (milhões de...) fiéis leitores. Afinal, a excelência e a inteligência de nossos leitores é que nos faz sempre buscar o melhor da informação.

Saber da existência de milhões de blogs e ter a certeza que o acesso de um internauta ao nosso blog trouxe uma informação útil ao mesmo, NÃO TEM PREÇO. A todos que nos acompanharam em 2009 e aos que continuarão e, esperamos, virão outros mais em 2010, os melhores desejos de PROSPERIDADE para o ANO NOVO.

UM GOVERNO SÉRIO EM 2010 - ECONOMIA

Agora, diretamente da FOLHA DE S.PAULO, um artigo SÉRIO sobre 2010, do nosso colega PAULO RABELLO DE CASTRO, doutor em economia pela Universidade de Chicago, vice-presidente do Instituto Atlântico e chairman da SR Rating, classificadora de riscos. Preside a RC Consultores, consultoria econômica e o Conselho de Planejamento Estratégico da Fecomercio SP.

Encerro nossas conversas deste ano reproduzindo o apelo da Kamila Umbelino Paiva, estudante do 2º ano do Colégio QI, no Rio de Janeiro, ao concluir sua redação sobre "Uma nova forma de governo", dedicada ao futuro presidente (ele ou ela), e publicada no jornalzinho do Instituto Rogério Steinberg, entidade beneficente: "A verdade é esta", diz Kamila, "o Brasil precisa de um governo que funcione". Mais direto, impossível.

Kamila é muito nova para lembrar que padecemos de males detectados há mais tempo do que ela tem de vida. Mas a garota intui, como milhões de outros jovens, quanto será difícil competir e vencer no mundo. Percebe que suas chances não dependem só dela, mas do conjunto chamado Brasil. Seria bom se o recente surto de crescimento acelerado virasse realidade sustentada. Bom para Kamila e melhor para todos. Mas como podemos almejar 6% de crescimento e dobrar a renda das pessoas nesta década se o país onde Kamila nasceu ainda não conseguiu:

- elevar o investimento, como proporção do PIB, para 24%, na média, de modo a garantir as infraestruturas do progresso almejado;

- "choque de eficiência" na gestão pública de modo a assegurar serviços públicos eficazes sem onerar o cidadão (meta de 5% ao ano de ganho de produtividade no governo);

- reduzir a carga tributária dos quase 40% do PIB que, afinal, vão direto para o custo dos produtos, onerando o trabalhador e eliminando a margem competitiva dos empresários ante os importados (meta seria rebaixar para 30% do PIB até 2020);

- rebaixar os atuais 5% do PIB pagos em juros sobre a dívida pública, que sobe a 70% do PIB em termos brutos, verdadeiro tendão de aquiles da estabilidade;

- controlar melhor os 12% do PIB gastos na rubrica previdenciária pública e do INSS, o dobro da média de países em estágio de renda e idade semelhantes ao nosso (meta seria conter em 10% do PIB, até 2020);

- por último, sair do topo da lista das nações mais burocratizadas do mundo (dados do Banco Mundial), o que duplica o custo de tarefas como pagar impostos e se livrar de multas, notificações e intimações.

Kamila provavelmente nunca ouviu falar de taxa de investimento nem de carga tributária nem de gestão pública nem de impasses burocráticos. Mas provavelmente conhece bem alguns dos efeitos dessa imensa e surda ineficiência, na qualidade da educação, na prestação da saúde, na segurança ausente, na justiça lenta. A próxima geração estará mais atenta do que antes à relação entre promessa de político e resultado de governo. E cobrará mais desenvolvimento efetivo, e não a continuação da prosa solta que disfarça a ineficácia da gestão pública.

Entramos no último ano da era Lula, que melhor se chamaria de "duplo ciclo de estabilização (FHC) e inclusão (Lula)". Foram 16 anos, a provável idade de Kamila. Entramos numa década que pede desenvolvimento mais acelerado, num regime de mais criatividade e menos desperdício, incluídos menos roubos e corrupção. Embora não mentalize, Kamila será capaz de vasculhar, nas promessas de candidatos, quem terá mais capacidade de virar o disco da estabilidade com juro alto e o da inclusão social com ênfase no assistencialismo, para começar a tocar a música do "desenvolvimentismo", termo hoje quase profano que o ministro Mantega teve a coragem de resgatar em recente entrevista. Kamila não sabe, mas é desenvolvimentista, como o resto do país, à procura de uma agenda para crescer. Pede só que o governo funcione.

EM 2009 SOMENTE DEU LULA

Nunca antes neste blog postei um texto do culto RUY CASTRO, sempre na FOLHA DE S. PAULO. Porém, final de ano, nada melhor do que ler com humor algo que nos faça sorrir para o que vem em 2010. Com vocês, SÓ FALTA O MOTO RÁDIO...

Grande ano, 2009, para o presidente Lula. Só não se pode dizer que melhor, impossível, porque, quando se trata de Lula, nada é impossível. Com seus poderes e uma estrela que vou te contar, ele deverá prolongar 2009 até a Copa do Mundo ou tornar 2010 ainda melhor para ele.

O jornal francês "Le Monde" elegeu-o "o homem do ano". O espanhol "El País", "a personalidade" idem. O inglês "Financial Times", um dos 50 da década. Antes disso, Barack Obama disse que ele era "o seu cara", o que o Brasil entendeu como se ele fosse "o cara". E o que dizer dos 72% de aprovação popular no sétimo ano de governo? Quando, normalmente, os mandatos presidenciais já começam a azedar, o de Lula está mais fresco e perfumado do que nunca.

Por estes dias estreia "Lula, O Filho do Brasil", o primeiro documentário de ficção do cinema nacional. É um blockbuster nato - milhões já gostaram antes até de vê-lo. Por sua causa, cidades brasileiras que há décadas não tinham um cinema, nem mesmo para fins pornô, voltarão a contar com eles, instalados pelo Ministério da Cultura - espera-se que continuem abertos depois que "Lula, O Filho do Brasil" seguir viagem rumo a outras telas. E, para não haver dúvida, promete-se para 2010 uma minissérie da Globo com o mesmo herói e o mesmo título.

Já se disse que "Lula, O Filho do Brasil" é a estátua equestre de Lula. Pode ser. Mas o que o impede de querer uma estátua equestre de verdade? E, a exemplo daquele outro cultor da própria personalidade, Getulio Vargas, não será surpresa se Lula cunhar sua efígie no verso da moeda de 10 centavos (como nos "getulinhos") ou imprimi-la na nota de R$ 10, como Getulio fez na de dez cruzeiros.

Neste momento, para fechar um ano perfeito, só falta a Lula ganhar o Moto Rádio.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...