quinta-feira, 7 de maio de 2020
segunda-feira, 4 de maio de 2020
domingo, 3 de maio de 2020
Estadão: Um vírus derruba gigantes.
Um gigante de tamanho difícil de imaginar, a economia global, estimada em US$ 87 trilhões no ano passado, está sendo derrubado por seres microscópicos, os coronavírus, num desastre muito pior e mais doloroso que a crise financeira de 2008-2009. A extensão dos danos começa a aparecer nos maiores mercados, o americano, o chinês e o europeu, com os primeiros dados trimestrais de consumo, produção, investimento e emprego. O drama dessas potências afeta o Brasil pela redução do comércio internacional, já enfraquecido em 2019. Na melhor hipótese, as vendas de alimentos, componente mais importante das exportações brasileiras, serão menos prejudicadas que as de outros produtos.
Nos Estados Unidos, maior potência econômica, o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu à taxa anual de 4,8% no primeiro trimestre, segundo a primeira estimativa. Fechadas em casa, famílias cortaram os gastos de consumo, empresas diminuíram investimentos e as exportações caíram. Diante da emergência, governo central e governos locais aumentaram suas despesas, mas em proporção insuficiente para equilibrar o conjunto.
Em seis semanas 30,3 milhões de pessoas pediram auxílio-desemprego nos Estados Unidos. Antes da nova crise, a desocupação abrangia cerca de 3,4% da força de trabalho, como efeito de 113 meses consecutivos de criação de empregos. Ainda é difícil determinar a nova taxa de desemprego, porque pessoas desocupadas apenas temporariamente foram autorizadas a buscar o auxílio, mas a piora do quadro é inegável. No quarto trimestre do ano passado o PIB americano cresceu ao ritmo anual de 3,5%, na última etapa de um longo período de prosperidade, iniciado no primeiro mandato do presidente Barack Obama.
A segunda maior economia, a chinesa, sofreu no primeiro trimestre de 2020 a primeira contração em quase 30 anos, desde o início da publicação dos dados trimestrais do PIB, em 1992. Mesmo abalada, a economia da China ainda pode ter um desempenho invejável depois do impacto da covid-19. O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta para a China 1,2% de expansão econômica neste ano, enquanto estima contração de 3% para o produto global e de 6,1% para as economias avançadas. Mas, por enquanto, o balanço inicial da crise mostra grandes estragos.
No primeiro trimestre o PIB chinês foi 6,8% menor que o do período janeiro-março de 2019, segundo a Agência Nacional de Estatísticas. Em relação aos três meses finais do ano passado a queda foi de 9,8%. De acordo com o governo, o desempenho deve ser muito melhor a partir do segundo trimestre, mas economistas apontam muita insegurança quanto à reação do consumo familiar.
Com a reorganização estratégica iniciada há alguns anos, o consumo ganhou importância relativa no papel de motor da economia, tomando parte do espaço tradicionalmente ocupado pelo investimento em capacidade produtiva.
Maior parceira comercial do Brasil, a China é o destino principal das exportações do agronegócio brasileiro. A demanda chinesa tem grande importância para o superávit comercial e para a segurança das contas externas do Brasil. Os Estados Unidos, segundo maior importador de mercadorias brasileiras, têm relevância especial para as vendas de manufaturados. O terceiro maior parceiro individual, a Argentina, já estava em crise em 2019 e assim deve continuar neste ano.
Na zona do euro, também muito relevante para o comércio brasileiro, o PIB do primeiro trimestre foi 3,3% menor que o de um ano antes. Em relação aos três meses finais de 2019 a queda foi de 3,8%, a maior, nesse tipo de comparação, na série iniciada em 1995.
Segundo o FMI, o produto da zona do euro deve diminuir 7,5% neste ano. Para os Estados Unidos está projetada retração de 5,9%. Para o Brasil os cálculos indicam um PIB 5,3% menor que o de 2019. Mas o repique esperado para a economia brasileira, de 2,9% em 2021, é bem menor que o previsto para os países avançados (4,5%) e emergentes (6,6%). Falta resolver, no Brasil, um problema bem anterior à covid-19, o baixo potencial de crescimento.
Monica de Bolle: O Brasil com vírus.
Aumentam as chances de que a queda do PIB seja maior do que deveria e também a probabilidade de que a taxa de desemprego fique extremamente elevada.
Tratemos de reconhecer que o vírus derruba tetos e PIBs, aumenta dívidas e desemprego. Tratemos de entender que ele é soberano.
sexta-feira, 1 de maio de 2020
“Band of Brothers”: a joia da coroa da HBO de graça por 15 dias.
Se você nunca viu ou há tempo não vê, recomendo aproveitar que, até 13 de maio, Band of Brothers vai estar disponível de graça para não-assinantes na HBO Go.
quinta-feira, 30 de abril de 2020
30/04/2020, dia nº 46 da minha quarentena!
Hoje é 30 de abril de 2020 num dos tempos mais estranhos que vivi!
Desde o dia 15 de março que
estou em quarentena, com raríssimas saídas. Hoje é o meu dia nº 46!
Lembro que o primeiro caso da
Covid-19 no Brasil foi registrado em 26 de fevereiro com a primeira morte em 17
de março.
Diariamente tenho a pachorra
de anotar os números que são divulgados e, por exemplo, dos 98 casos brasileiros
em 15/3, neste 30/4 já temos 85.380 casos e 5.901 mortes.
O meu Ceará registrava 68
casos em 20/3 e neste 30/4 apresenta 7.606 casos e 482 mortes.
No mundo, em 20/3 tínhamos
260.476 casos e 11.286 mortes. Em 30/4 temos 3.260.964 casos e 231.808 mortes.
Bem, amanhã, 1º de maio de
2020, mês de Maria, que Ela nos proteja e salve-nos desta pandemia.
Amém!
quarta-feira, 29 de abril de 2020
terça-feira, 28 de abril de 2020
Crítica Homeland – 8X12: Prisoners of War.
https://www.planocritico.com/critica-homeland-8x12-prisoners-of-war/
O momento mais importante de Prisoners of War – o título é uma homenagem à série de Gideo Raff que serviu de base para Homeland – é, sem dúvida alguma, o embate verbal entre Carrie e Saul que começa com Réquiem, de Mozart, abafando a conversa e marcando seu tom. A missa fúnebre do compositor austríaco não só é uma de suas peças mais conhecidas, como também é sua última, com ele falecendo antes de terminá-la, o que ficou ao encargo de diversas outras pessoas. A morte é o tema, mas a sucessão é o verdadeiro pano de fundo narrativo que justifica a música. Carrie, como uma filha deserdada, é expulsa de casa por seu “pai” Saul, depois que ela exige o impensável.
Reuters: PIB do Brasil vai recuar 10,1% em 2020 em pior cenário, prevê UBS.
https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN22A2KC-OBRBS
SÃO PAULO (Reuters) - O UBS cortou para 5,5% a estimativa para a retração da economia brasileira em 2020, depois de no começo do mês prever queda de 2%, mas, a depender do cenário analisado, o tombo pode ser ainda maior, de 10,1%.
No cenário um, a economia cai 5,5%. No dois, 7,2%. E no três sofre o recuo de dois dígitos.
No cenário um, as restrições de distanciamento social existentes permanecem em vigor até meados de maio, com atividades voltando ao normal em grande parte até o final de junho.
No dois, as restrições só começam a ser retiradas até o final de junho, com normalização até o término de agosto.
Já no três, a pandemia de coronavírus não é efetivamente controlada até meados de 2021, e, com isso, as restrições são apenas parcialmente removidas.
Mas os economistas Tony Volpon e Fabio Ramos, que assinam o relatório desta terça-feira, ponderaram que mesmo fora do cenário três a economia pode sofrer uma queda mais forte que o previsto, afetada por questões políticas.
Os profissionais destacam o risco da pandemia levar a níveis elevados de incerteza política e de política, com impactos negativos sobre a confiança do investidor, o que poderia gerar um estado de prêmio de risco permanentemente mais alto nos preços dos ativos.
Nesse caso, “podemos ver o resultado parecido com o do cenário três mesmo que a pandemia esteja sob controle”, disseram Volpon e Ramos.
Em 2021, o UBS vê a economia em expansão de 6,5% (cenário um), 8,3% (cenário dois) e 5,4% (cenário três).
Por José de Castro
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Mercado financeiro projeta queda de 3,34% na economia brasileira neste 2020.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-04/mercado-financeiro-projeta-queda-de-334-na-economia-este-ano
Somente 3,34% a previsão de queda do PIB brasileiro neste 2020?
Meu Deus!!!
Que bom saber que a maioria de meus colegas brasileiros registra um otimismo que não consigo perceber daqui deste meu cenário...
DW: Alemanha projeta maior queda na economia desde 1949.
Para 2020, governo estima PIB 6,3% menor do que no ano passado devido às medidas adotadas para conter a propagação do novo coronavírus. Previsão é de onda de falências e três milhões de desempregados.
Delfim Netto no Estadão: ‘‘Querem cortar combustível do Posto Ipiranga”.
https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-fonte/querem-cortar-combustivel-do-posto-ipiranga-afirma-delfim-neto/
Sonia Racy
27 de abril de 2020 | 00h40
Ex-ministro da Fazenda, Agricultura e do Planejamento (cargos exercidos durante a ditadura militar), Antonio Delfim Netto está atônito com as últimas notícias vindas de Brasília, inclusive a que levanta a possibilidade de Paulo Guedes deixar o ministério da Economia. “Como a gente costuma brincar aqui, parece que querem cortar o combustível do Posto Ipiranga”, diz.
Questionado sobre o programa Pró-Brasil da ala militar do governo Bolsonaro, lançado terça-feira e apoiado em cinco power points, o pai do “milagre econômico” dos anos 70 avalia: “Permita-me dizer, primeiro, que nunca houve milagres, seria um efeito sem causa. Houve sim, o duro trabalho. No caso desse projeto, trata-se de coisa de amador produzidas por mágicos atacados por um keynesianismo hidráulico, semelhante aos planos do governo Geisel”, explica o economista.
Ele relembra que o general- presidente adorava gráficos exponenciais no papel e que nunca viraram realidade. “Toda vez que os militares se envolvem em programas econômicos, revelam saudades do velho ‘tenentismo’ e terminam muito mal”. Para Delfim, o último a tentar um projeto deste tipo foi o general Albuquerque Lima, que “fez um curso madureza na Cepal e formulou o programa que encantou a famosa linha dura. Se tivesse ido à frente, o País tinha afundado”.
O economista de 91 anos pondera que o Brasil inicia um processo que “vai se desenrolar dolorosamente”, acreditando que Bolsonaro até pode sofrer impeachment mas jamais vai renunciar. “Minha convicção é que o MPF, juntando o que é conhecido pelo STF, vai saber quem financia e quem financiou, quem promoveu e quem continua promovendo os ataques às instituições, quem estava por trás das fake news. Os porões do Planalto e os filhos de Bolsonaro estão nisso até a cabeça”, desconfia.
Amparado também pela experiência de 20 anos como deputado federal por São Paulo (de 1987 a 2007), Delfim Netto salienta que o grande problema de Bolsonaro diante da crise (não a da covid-19) é que, apesar do vasto passado como deputado, pouco fez.
domingo, 26 de abril de 2020
Affonso Celso Pastore no Estadão: Estadistas, populistas e a pandemia.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,estadistas-populistas-e-a-pandemia,70003283145
Em um momento difícil como este, é natural que no Brasil haja divergências. Empresários que construíram suas empresas com o duro trabalho de décadas temem perdê-las ou a duras penas ter de reconstruí-las. Pessoas humildes em cujas casas pobres vivem inúmeros familiares perderam sua renda, passando a viver de transferências do governo. Nos dois casos, a tentação é atribuir a culpa ao distanciamento social e, quando cai o número de mortes, ambos lutam para que este acabe, sem se dar conta que a queda do número de mortes é a consequência do afastamento ocorrido anteriormente. A experiência do Japão e de Cingapura mostraram que é um erro abandonar precocemente a quarentena. Caberia ao governo explicar à sociedade a inevitabilidade da quarentena, trabalhando em um protocolo de saída que evite um aumento do contágio, e não se acovardando em tomar as medidas compensatórias que reduzam o custo durante o período de isolamento.
Michael Sandel no Estadão de 26/04/2020!
https://www.estadao.com.br/infograficos/cultura,precisamos-repensar-nossa-sociedade-para-reconstruir-um-senso-de-solidariedade,1091079
Michael Sandel: Penso que a sociedade civil tem um papel extremamente importante a desempenhar. Nós falamos sobre política e governo e tentamos encontrar alternativas para as perigosas tendências autoritárias que estamos vendo agora. E tudo isso é muito importante. Mas vimos como os principais partidos políticos falharam e como esse fracasso levou à eleição de figuras autoritárias hiper nacionalistas no Brasil e em outras partes do mundo, inclusive nos EUA, meu país. Acho que precisamos procurar a sociedade civil para ajudar a criar fontes de solidariedade, porque não são apenas as políticas do governo que nos mantêm unidos, mas também as organizações, incluindo organizações locais, que podem trabalhar para promover o acesso à educação, podem tentar levar cuidados de saúde para pessoas que não podem pagar por isso, que podem tentar lidar com o problema da violência nas favelas e outras comunidades... As instituições locais da sociedade civil são muito importantes. Especialmente nas áreas de saúde e educação, as organizações comunitárias têm um papel muito importante a desempenhar na construção do tipo de solidariedade que, com muita freqüência, nossos políticos deixam de apoiar e promover. A mídia também tem um papel muito importante na tentativa de promover um diálogo civil mais substantivo, respeitoso. A democracia precisa desse diálogo. Ele precisa chamar a atenção de pessoas de todas as origens sociais e econômicas. E, se a mídia presta atenção apenas aos tipos de provocações mais sensacionalistas e ultrajantes, o discurso público se transforma em uma espécie de jogo de gritos onde ninguém está ouvindo um ao outro. As pessoas estão simplesmente reforçando e gritando sua própria opinião. A mídia tem um papel importante a desempenhar na criação de um tipo melhor de discurso público.
O Globo: Persio Arida aponta os erros na economia.
https://blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/post/persio-aponta-os-erros-na-economia.html
– Do outro lado, é a ideia do crowding out, de que quando retrai o PIB do governo aumenta o PIB privado, ou seja, basta conter o governo que a iniciativa privada floresce e, como a iniciativa privada é mais produtiva que o gasto do governo, o PIB cresce. Isso é uma agenda simplória, errada macroeconomicamente. Para crescer você precisa de uma outra agenda, que é a abertura de bens comerciais e serviços, privatizações, reforma do Estado e reforma tributária. São essas quatro coisas que fazem o país crescer rápido. Curiosamente o governo não tocou em nenhuma delas. Nunca enviou uma reforma tributária, nem a administrativa, para o Congresso. Não fez abertura alguma, assinou um acordo com a União Europeia que já nasceu velho e não será ratificado porque Bolsonaro atacou o Macron, então esquece – diz Persio.
Gustavo Franco no ESTADÃO - Economia: 45 dias de corona.
Gustavo H.B. Franco, O Estado de S.Paulo
26 de abril de 2020 | 04h00
Com um mês e meio do início oficial da pandemia (a declaração da Organização Mundial da Saúde é de 11 de março), o estrago sobre a economia é imenso e, pior, não está completo.
As primeiras projeções para o crescimento do PIB em 2020 começaram a aparecer, o aspecto é péssimo, mesmo considerando as dosagens elevadas de pudor e genuína contrição nesses primeiros esforços.
Estamos falando de quedas superiores a 5% para 2020, mas, na hipótese otimista e irreal, que no segundo semestre de 2020 voltaremos à “normalidade pré-corona”, o que nem mesmo a Militância Bolsonarista da Terceira Idade de Taubaté acredita que vá acontecer.
Na verdade, se os números do segundo semestre forem afetados por alguma restrição espontânea de mobilidade e consumo, o que é bem provável, a conta para o PIB em 2020 vai ficar mais próxima de uma queda de dois dígitos.
A mesma dinâmica se observa para o resto do mundo, para o qual a projeção do FMI é de 3% de queda, mas na improvável hipótese de uma recuperação forte no segundo semestre.
Terrível.
Além de terrível, pode-se certamente acrescentar “inesperado” e talvez um “imerecido”. Mas não vale discutir, nem tem muita importância mesmo, pois é o que temos para hoje e o que vale, para a política, é o que os advogados designam como “responsabilidade objetiva”, ou, na linguagem do Conselheiro Acácio, a responsabilidade é do responsável independentemente de culpa ou merecimento. Vai para a conta da liderança.
De acordo com um velho teorema que aprendi em Brasília, e de aplicação global, é muito difícil a liderança política se aguentar (na próxima eleição) com a economia naufragando desse jeito, independentemente de culpa e dolo.
Isso é mais ou menos como dizer que nenhum tripulante graduado do Titanic tem muita chance de ser popular junto aos passageiros e seus familiares. Fica ainda mais difícil quando houver gente morrendo sem conseguir entrar nas UTIs, sobretudo na periferia da Belíndia. Por ora, vamos lembrar, a “curva” brasileira reflete a evolução na nossa população belga, daqui para frente, no entanto, vai ser como na Índia.
Claro que um ou outro líder pode destoar: Boris Johnson, por exemplo, ao ficar doente, experimentou o equivalente à facada de Bolsonaro durante a eleição, e vai sair da crise melhor que a média, assim como Jair Bolsonaro, por conta da “gripezinha”, entre outras malcriações e maus exemplos, vai sair pior, muito pior.
Sendo assim, e considerando que o fenômeno é global, o prognóstico é ruim para os políticos no poder, de modo que, provavelmente, vamos ter o encerramento desses populismos de quinta categoria ocorrendo em vários países, incluindo este aqui onde estamos. A ver.
Há algo de perverso, todavia, nessas más notícias do PIB saindo justamente no ápice do debate sobre a transição do confinamento geral para algo diferente, cujos protocolos estão ainda em discussão. A sofreguidão com as consequências políticas de um PIB muito ruim pode enviesar a decisão para uma abertura muito grande ou muito rápida, o que pode custar vidas e levar à volta de medidas mais restritivas no segundo semestre do ano, arruinando de vez o PIB de 2020.
Tudo isso não obstante, o presidente, neste mês e no meio da pandemia, deu duas demonstrações de desapreço à autonomia dos órgãos de Estado que lidam com a Saúde e com a Polícia, e que resultaram nas demissões dos ministros Mandetta e Moro.
É natural que o mercado financeiro volte a flertar um terceiro pavor que seria o desapreço à autonomia dos órgãos de Estado que lidam com a Economia e a possível substituição do ministro Paulo Guedes por “alguém mais afinado”, e “que possa interagir” com o presidente. Essa possibilidade precisaria ser afastada o mais rápido possível: o presidente teve 40 minutos em cadeia nacional para fazê-lo, mas, quando não falou de Sérgio Moro, tratou de aquecimento da piscina.
Por tudo isso, o ministro Guedes precisa ficar maior, e a turma do gabinete do ódio precisa ficar menor. Não existe outra receita para baixar a temperatura dessa crise.
* EX-PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL E SÓCIO DA RIO BRAVO INVESTIMENTOS. ESCREVE NO ÚLTIMO DOMINGO DO MÊS
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,economia-45-dias-de-corona,70003282903
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,economia-45-dias-de-corona,70003282903
sábado, 25 de abril de 2020
quinta-feira, 23 de abril de 2020
quarta-feira, 22 de abril de 2020
terça-feira, 21 de abril de 2020
Yuval Noah Harari: 'Will coronavirus change our attitudes to death? Quite the opposite.
Will the coronavirus pandemic return us to more traditional and accepting, attitudes towards dying – or reinforce our attempts to prolong life?
segunda-feira, 20 de abril de 2020
50 dicas do que assistir no streaming para tornar a quarentena menos monótona.
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/04/confira-50-dicas-do-que-assistir-no-streaming-para-tornar-a-quarentena-menos-monotona.shtml
Junto com a Covid-19 e o isolamento social que ela impôs, veio também a oportunidade de conhecer novos filmes e séries, recuperar temporadas abandonadas e revisitar clássicos queridos, já que agora boa parte do tempo é dedicado às telas que nos cercam.
Graças à revolução que o streaming causou na indústria do audiovisual, hoje não faltam opções de lazer para quem não pode sair de casa. A oferta de conteúdos é gigantesca.
Pensando nisso, a Folha reuniu críticos e jornalistas das áreas de cinema e televisão para selecionar dicas do que assistir em diferentes plataformas e, assim, tornar a quarentena menos sofrida. É só apagar a luz, acomodar-se no sofá, estourar a pipoca e escapar da crise que assola o mundo.
domingo, 19 de abril de 2020
André Lara Resende no O GLOBO de 19/04/2020.
André Lara Resende, um dos autores do Plano Real, avalia que, no mundo pós-pandemia, abre-se a oportunidade para a revalorização do Estado, tornando-o “mais eficiente e a favor da população”. Em entrevista por e-mail, ele prevê um reequilíbrio entre produção nacional e externa e que “o liberalismo econômico primário” será “imperiosamente revertido”.
sexta-feira, 17 de abril de 2020
Watch One World: Together At Home - April 18.
Where: Brazil
How: Watch on TV, Online and VOD
When: April 18 | 8-10P ET
April 18 | 11:45P-1:45A ET (TV Globo)
TV: Multishow, TV Globo
Online: Globoplay, Música Multishow on Youtube
quinta-feira, 16 de abril de 2020
Estadão: A pandemia nas contas públicas.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,a-pandemia-nas-contas-publicas,70003272547
Quando a pandemia ceder e a mortandade cair, o Brasil começará a pagar a conta dos gastos emergenciais para proteção da vida e apoio aos trabalhadores. Até dezembro o rombo nas contas públicas poderá chegar a R$ 600 bilhões, sem contar os juros. O buraco previsto no começo do ano será multiplicado por quatro ou cinco. O governo geral estará muito mais endividado. No fim de 2020 a dívida bruta poderá estar entre 85% e 90% do Produto Interno Bruto (PIB). Em fevereiro, estava em R$ 611 bilhões e a proporção era de 76,5%. Com muito trabalho, a equipe econômica tentava mantê-la abaixo de 80%.
quarta-feira, 15 de abril de 2020
Reuters: Governo define meta de déficit primário de R$149,6 bi para 2021 e indica 10 anos de contas no vermelho.
BRASÍLIA (Reuters) - O governo definiu nesta quarta-feira a meta de déficit primário para 2021 em 149,61 bilhões de reais, ante indicação anterior de 68,5 bilhões de reais, oitavo rombo consecutivo nas contas públicas do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência), conforme projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias enviado ao Congresso.
A meta veio em linha com número divulgado na véspera pela Reuters.
Em apresentação divulgada pelo Ministério da Economia, o governo mencionou a permissão no texto para “atualização da meta de déficit primário pelas estimativas de receita e de despesas definidas pela regra do Teto dos Gastos no projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA-2021), LOA e relatórios bimestrais e extemporâneos.
“A política fiscal se apoia no teto dos gastos, que atua pelo lado da despesa, dada a incerteza para previsão da receita para 2021, mitigando os riscos de shutdown e garantindo o compromisso com a solvência das contas públicas”, afirmou o Ministério da Economia.
O Globo: Por que é preciso tornar a ler Sartre, quarenta anos depois de sua morte.
Assim, Sartre, o homem que morreu há exatos quarenta anos, um dos mais influentes pensadores de sua época, soube expressar a revolta do inconformismo servindo-se de sua pena e de seu pensamento em registros diversos. Filósofo, concebeu uma das grandes obras do existencialismo, “O ser e o nada” (1943), percorrendo algo como 600 páginas de recusa a toda forma de determinismo e de sentido pré-fixados em nossa condição existenciária. Ficcionista, redigiu “A náusea” (1938), seu mais célebre romance, no qual a personagem principal faz a experiência da radical gratuidade da existência e a descoberta do assédio da objetividade indiferenciada das coisas sobre a consciência. Dramaturgo, compôs peças teatrais nas quais suas personagens se entregam de má-fé a uma vontade alheia, fixando-se em determinações que lhe são dadas em exterioridade em lugar de assumirem a responsabilidade por suas próprias existências. Jornalista, foi um dos fundadores da revista “Os tempos modernos” (1945), publicação destinada à realização de uma experiência concreta da liberdade por meio do radical compromisso do escritor com sua própria época. Ativista, intelectual militante, engajou-se politicamente na causa da revolução, mas preservou independência ao definir-se como um “companheiro de rota” dos comunistas, produzindo uma crítica severa ao “método de Terror” da burocracia stalinista e seu empreendimento de eliminação violenta de toda dissidência.
terça-feira, 14 de abril de 2020
Yuval Noah Harari no El País: Na batalha contra o coronavírus, a humanidade carece de líderes.
Neste momento de crise, a batalha crucial está sendo travada dentro da própria humanidade. Se a epidemia criar mais desunião e desconfiança entre os seres humanos, o vírus terá obtido sua maior vitória. Quando os humanos brigam, os vírus se duplicam. Em troca, se a epidemia produzir uma maior cooperação mundial, essa será uma vitória não só contra o coronavírus, mas contra todos os futuros agentes patogênicos.
Yuval Noah Harari é historiador e filósofo.
© Yuval Noah Harari 2020. Publicado na TIME.
Paul Krugman: Cronies, cranks and the coronavirus - April 14, 2020 - NYT.
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Estadão: Lições de Winston Churchill para líderes globais em tempos de crise.
Era 1945. A segunda grande guerra havia acabado. Havia acabado! E esse foi o sinal para uma explosão de alegria em todo mundo. O dever de deter o inimigo maior havia sido concluído com um desfecho pouco provável cinco anos antes, quando poucos se colocaram à frente de Hitler. Um desses homens era Winston Churchill. Naquele momento de vitória, se dirigindo à nação que havia sofrido o impensável, o primeiro-ministro surpreendeu. Como era habitual. “Gostaria de poder dizer-lhes esta noite que toda a nossa labuta e todos os nossos problemas estão terminados.” Não estavam, como a maioria testemunharia pelas décadas seguintes.
segunda-feira, 13 de abril de 2020
Russian alarm on imported infection risk: Global Times editorial.
https://www.globaltimes.cn/content/1185509.shtml
China and Russia are comprehensive strategic partners of coordination for a new era. They should have enough political will and resources to coordinate supporting Russia's anti-epidemic fight and helping the Chinese people in Russia. China and Russia should help and understand each other, and jointly defeating a vicious enemy such as the COVID-19 as they build a high-level strategic relationship.
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