O desempenho dos alunos no Brasil está abaixo da média dos alunos em
países da OCDE em ciências (401 pontos, comparados à média de 493 pontos), em
leitura (407 pontos, comparados à média de 493 points) e em matemática (377
pontos, comparados à média de 490 pontos). • A média do Brasil na área de
ciências se manteve estável desde 2006, o último ciclo do PISA com foco em
ciências (uma elevação aproximada de 10 pontos nas notas - que passaram de 390
pontos em 2006 para 401 pontos em 2015 – não representa uma mudança
estatisticamente significativa). Estes resultados são semelhantes à evolução
histórica observada entre os países da OCDE: um leve declínio na média de 498
pontos em 2006 para 493 pontos em 2015 também não representa uma mudança
estatisticamente significativa. • A média do Brasil na área de leitura também
se manteve estável desde o ano 2000. Embora tenha havido uma elevação na
pontuação de 396 pontos em 2000 para 407 pontos em 2015, esta diferença não
representa uma mudança estatisticamente significativa. Na área de matemática, houve
um aumento significativo de 21 pontos na média dos alunos entre 2003 a 2015. Ao
mesmo tempo, houve um declínio de 11 pontos se compararmos a média de 2012 à
média de 2015. • O PIB per capita do Brasil (USD 15 893) corresponde a menos da
metade da média do PIB per capita nos países da OCDE (USD 39 333). O gasto
acumulado por aluno entre 6 e 15 anos de idade no Brasil (USD 38 190) equivale
a 42% da média do gasto por aluno em países da OCDE (USD 90 294). Esta
proporção correspondia a 32% em 2012. Aumentos no investimento em educação
precisam agora ser convertidos em melhores resultados na aprendizagem dos
alunos. Outros países, como a Colômbia, o México e o Uruguai obtiveram
resultados melhores em 2015 em comparação ao Brasil muito embora tenham um
custo médio por aluno inferior. O Chile, com um gasto por aluno semelhante ao
do Brasil (USD 40 607), também obteve uma pontuação melhor (477 pontos) em
ciências. • No Brasil, 71% dos jovens na faixa de 15 anos de idade estão
matriculados na escola a partir da 7a. série, o que corresponde a um acréscimo
de 15 pontos percentuais em relação a 2003, uma ampliação notável de
escolarização. O fato de o Brasil ter expandido o acesso escolar a novas
parcelas da população de jovens sem declínios no desempenho médio dos alunos é
um desenvolvimento bastante positivo. Entre os países da OCDE, o desempenho em ciências de
um aluno de nível sócio-econômico mais elevado é, em média, 38 pontos superior
ao de um aluno com um nível sócioeconômico menor. No Brasil, esta diferença
corresponde a 27 pontos, o que equivale a aproximadamente ao aprendizado de um
ano letivo. • No Brasil, menos de 1% dos jovens do sexo masculino estão entre
os alunos com rendimento mais elevado no PISA em ciências (aqueles com
pontuação no nível de proficiência 5 ou superior). Entre os países da OCDE,
esta proporção corresponde a 8.9% dos jovens do sexo masculino. Apenas 0.5% do
grupo feminino no Brasil alcançou este mesmo nível de desempenho. Entre os
países da OCDE, 6.5% das meninas se destacaram neste nível elevado de
proficiência. No Brasil, entre alunos de baixo rendimento em ciências (aqueles
com pontuação inferior ao nível básico de proficiência, o nível 2), uma
proporção maior entre o grupo feminino espera seguir uma carreira na área de
ciências. • Menos de 10% dos alunos que participaram do PISA 2015 no Brasil são
imigrantes (primeira ou segunda geração). Numa comparação entre alunos de mesmo
nível sócioeconômico, a média dos alunos imigrantes em ciências é 66 pontos
inferior à média de alunos não-imigrantes. • O Brasil tem uma alto percentual
de alunos em camadas desfavorecidas: 43% dos alunos se situam entre os 20% mais
desfavorecidos na escala internacional de níveis sócioeconômicos do PISA, uma
parcela muito superior à media de 12% de alunos nesta faixa entre os países da
OCDE. Esta proporção, no entanto, é semelhante àquela observada na Colômbia.
Apenas dois outros países latino-americanos possuem uma proporção ainda maior
de alunos neste nível sócio-econômico, o México e o Peru. • Uma parcela muito
reduzida de pais de alunos alcançaram o nível superior de ensino no Brasil.
Menos de 15% dos adultos na faixa etária de 35 a 44 anos de idade possuem um
diploma universitário, uma taxa bem menor que a média de 37% observada entre os
países da OCDE. Entre os países que participaram do PISA 2015, o Brasil está
entre os dois países com a menor proporção de adultos com nível superior,
ficando atrás apenas da Indonésia onde menos de 9% dos adultos nesta faixa
etária alcançaram este nível de escolaridade. A faixa etária entre 35 e 44 anos
corresponde aproximadamente à idade dos pais de alunos que participaram do PISA
2015. • No Brasil, 36% dos jovens de 15 anos afirmam ter repetido uma série escolar
ao menos uma vez, uma proporção semelhante à do Uruguai. Entre os países
latino-americanos que participaram do PISA 2015, apenas a Colômbia possui uma
taxa de repetência escolar (43%) superior à do Brasil. Esta prática é mais
comum entre países com um baixo desempenho no PISA e está associada a níveis
mais elevados de desigualdade social na escola. No Brasil, altos índices de
repetência escolar estão ligados a níveis elevados de abandono da escola. Entre
2009 e 2015, houve um declínio de 6% na taxa de repetência escolar no Brasil,
observado principalmente entre os alunos do ensino médio.
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