quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Brasil: em mais de 500 anos, nada mudou?

Definitivamente, reconhecemos que o Brasil não é para principiantes, como bem lembrou o maestro Tom Jobim. Senão vejamos:
Somente numa única quarta-feira do último mês do ano, a sociedade acompanha paralelamente os seguintes assuntos, dentre os milhares que ocorrem na data:
Ministros do Supremo Tribunal Federal discutem o rito do eventual impeachment da Presidente da República;
Depois de quase uma década, o FED - Banco Central americano, eleva a taxa de juros e sinaliza aumento gradual;
A Fitch Ratings rebaixa a avaliação do Brasil citando o quadro fiscal e a incerteza política e o país perde o grau de investimento;
A meta fiscal do governo para 2016 foi reduzida para 0,5% do PIB e mesmo assim, provavelmente, não será atingida;
E o probo Joaquim Levy deve deixar o Ministério da Fazenda.
Com a economia em queda nos principais indicadores e com um cenário complicado, no momento, para 2016, quando poderemos respirar sem a ajuda de aparelhos?  
E nem vamos comentar da tragédia em Mariana, da crise na saúde e na segurança pública, no que ainda falta apurar na Operação Lava Jato etc!
Que venha então, a nova temporada de House of Cards!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Brasil: IDH 2014 0,755 - 75º do mundo!

Sem surpresa o resultado do Índice de Desenvolvimento Humano - IDH do Brasil divulgado hoje pela Organização das Nações Unidas - ONU o IDH brasileiro passou de 0,752 em 2013 para 0,755 no ano passado. Dentre os 188 países avaliados, o Brasil ocupa a 75ª posição.
O Brasil ainda está muito distante de ser um país onde a sociedade tenha renda, saúde e educação de primeiro mundo.
E que venha 2017!

A lucidez de Armínio Fraga no meio do caos brasileiro.

Hoje assisti a entrevista de Armínio Fraga à Miriam Leitão sobre a situação econômica e política brasileira. É extraordinário o conhecimento e a visão do ex-presidente do Banco Central no período de 1999 a 2003, aliada a sua percepção do que deve ser feito para tirar o Brasil deste caos econômico e político. Na conversa, ele reconhece a competência do Joaquim Levy e sinaliza que tudo tende a piorar caso o governo não retorne as boas práticas da política econômica já praticada anteriormente.       
A entrevista completa está no GloboNews Play.


sábado, 12 de dezembro de 2015

The Voice: Celebrate Frank Sinatra's 100th birthday.

 

Em 2015, o melhor continua sendo Frank Sinatra. 

Revendo hoje uma apresentação do mesmo que foi ao ar em 13 de Novembro de 1966, cantando com Ella Fitzgerald e o único encontro filmado com Antonio Carlos Jobim, evidencio como "A VOZ" é imortal.

100 anos, um personagem inesquecível! 

   

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Moody's ameça rebaixar a nota do Brasil. E 2015 ainda nem acabou...

New York, December 09, 2015.

Moody's Investors Service has placed Brazil's Baa3 issuer and bond ratings on review for downgrade. The review for downgrade is driven by i) rapidly and materially deteriorating macroeconomic and fiscal trends and diminished likelihood of trend reversal in the next 2-3 years; and ii) worsening governability conditions and increased risk of policy paralysis. During the review, Moody's will assess the likelihood of further deterioration in the government's fiscal position against the agency's baseline assumptions supporting the current Baa3 rating, and the prospect of a faster and more significant rise in the government's debt trajectory, in the context of heightened political uncertainty, declining investor confidence and deeper than expected recession.

Time: Angela Merkel - Person of the year 2015.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Ruy Castro: A coisa pública - o belo exemplo de Dom Pedro II.

Ruy Castro e o excelente exemplo de Dom Pedro II, hoje na FSP. 
Ao contemplar de lá de cima (ou de onde quer que esteja, se estiver) o país que foi obrigado a deixar há 126 anos, D. Pedro 2º deve se perguntar como o Brasil conseguiu avacalhar até o fundamento básico da República: o conceito de "res publica", a coisa pública, que, por ser de todos, não é de ninguém. E como um país tão grande aceita se curvar à mesquinha disputa entre Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, ambos tentando salvar a pele pelas lambanças que fizeram com o dinheiro público.
Ele, D. Pedro, foi impecável nesse departamento. Imperou de verdade durante 48 anos, de 1841 a 1889, sem deixar que aumentassem sua dotação. Era com este dinheiro que sustentava a si próprio e à sua família, pagava os estudos no Exterior de brasileirinhos em quem acreditava (como o músico Carlos Gomes e o pintor Pedro Américo) e financiou suas duas viagens aos EUA, Europa e Oriente Médio, com comitivas de apenas quatro ou cinco pessoas –para a segunda dessas viagens, teve de tomar dinheiro emprestado.
Em vez de criar impostos, cortava despesas. Seu palácio imperial, em São Cristóvão, era o mais desmobiliado do planeta. Seus trajes oficiais, puídos de fazer dó. Ao ser deposto pelos militares e ter de ir embora em 24 horas, D. Pedro recusou o dinheiro que o governo da República lhe ofereceu para seu exílio em Paris. E ainda lhes passou uma descompostura por estarem dispondo de recursos que não lhes pertenciam, mas ao povo brasileiro.
Poucos dos sucessores republicanos de D. Pedro seguiram o seu exemplo de austeridade. Prevaleceu a ideia de que a coisa pública é para isto mesmo –para se meter a mão em benefício pessoal (Cunha) ou para falsificar contas, disfarçar a incompetência e avalizar mentiras (Dilma).

D. Pedro nasceu há 190 anos na última quarta-feira. Fará 124 de morte amanhã. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Antologia da Maldade: Gustavo Franco e Fabio Giambiagi.

Aproveitando os feriados deste final de ano, recomendo a leitura do ótimo "Antologia da Maldade - Um dicionário de citações, associações ilícitas e ligações perigosas", livro organizado pelos economistas Gustavo Franco e Fabio Giambiagi

Uma leitura para fazer bem a mente e a alma! 


domingo, 29 de novembro de 2015

A imagem de Dilma no La Nacion.

No LA NACION

Dilma busca opciones para evitar el derrumbe.



Gustavo Franco: a fórmula da corrupção.

O colega Gustavo Franco, extremamente cáustico hoje no ESTADÃO, definitivamente explica o que está acontecendo no Brasil. 
Num livro de 1988, o professor Robert Klitgaard, de Harvard, definiu o grande problema nacional em uma simples equação:
Corrupção = Monopólio + Arbitrariedade – Transparência.
Ou seja, quanto mais distantes do mercado estiverem as relações entre o público e o privado, quanto mais discricionárias as decisões, e quanto menor a transparência, maior será a corrupção.

sábado, 28 de novembro de 2015

Brasil: interesses conflitantes entre governo e sociedade.

Com 2015 no seu final, a presidente Dilma aproveita a necessária viagem à Paris para a 21ª Conferência do Clima (COP 21) para encontrar-se com líderes do Equador e da Bolívia.
Com a devida vênia, o país passando por uma situação econômica e política insustentável, e ainda temos tempo para conversas em Paris com relevantes países que estão aqui ao lado da nossa fronteira?!
No pior outubro da série histórica as contas do governo tiveram no mês déficit primário de R$ 12 bilhões,  já acumulando neste 2015 R$ 33 bilhões, ou seja, 0,7% do PIB. E isso é apenas um destaque econômico nesta difícil semana, sem considerar os atuais péssimos indicadores para o PIB, a inflação, o desemprego etc.

O Brasil vai caminhando em direção ao abismo e a desunião política nacional impede a adoção de medidas que recoloquem o país na apropriada rota. É muito importante que as lideranças existentes lembrem que uma democracia não se faz com uma economia em desmoronamento. Como discursou o revolucionário Saint-Just no julgamento de Luís XVI, “não se pode reinar inocentemente”. A sociedade brasileira não merece conviver com a ausência de um mínimo de organização pública.     

Adam Smith e o trabalho.

O trabalho é a única medida universal, assim com a única exata, dos valores, o único padrão que pode nos servir para comparar os valores de diferentes mercadorias em todas as épocas e em todos os lugares. 

Fonte
Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

2014: Feliz ano velho. Em 2015: que venha 2017!!!

Editorial da FOLHA DE S. PAULO: hoje, um resumo de 2014, o ano que 2015 não será. Então, que venha logo 2017. 

O ano de 2015 foi consumido tão rapidamente pela regressão econômica e pela frustração contínua de qualquer otimismo que estatísticas de 2014 parecem agora muito remotas. Os indicadores da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) referentes ao ano passado, recém-divulgados, padecem desse anacronismo.

No entanto a Pnad também mostra que os rendimentos e a distribuição da renda resistiram mesmo a um ano em que o PIB per capita se retraiu. Por um lado, é um sinal de que devastações estão por vir; por outro, há indícios neste ano de que os rendimentos pessoais suportavam o impacto da maior recessão em 25 anos.

A desigualdade de rendimentos ainda baixou em 2014, desta vez um tanto mais devido a uma rara retração dos ganhos do décimo mais rico da população.

Quando se consideram os rendimentos pela ótica dos domicílios, ainda houve avanços para todos os décimos em que se convencionalmente divide a população para fins de análise mais rápida da equidade. A renda domiciliar per capita cresceu para todos.

De qualquer modo, a renda dos mais pobres foi a que cresceu mais depressa na década iniciada em 2004. Porém, no ano passado, a renda domiciliar per capita do décimo mais rico era ainda 33,4 vezes a do décimo mais pobre.

É preciso, contudo, ressaltar a que se chegou depois de uma década de progresso: entre o décimo mais pobre dos brasileiros, a renda média por cabeça, em cada casa, era ainda de R$ 155 por mês.

Um indicador preocupante de degradação social foi o aumento de 9,3% no número de trabalhadores infantis. Cerca de 554 mil crianças de 5 a 13 anos trabalhavam no ano passado para ganhar R$ 215 por mês, em média –45,6% nem renda auferiam.

Há nova e ligeira melhora quantitativa na educação, mas ainda quase 44% dos brasileiros maiores de 25 anos e 33% dos empregados não haviam completado nem ao menos o ensino fundamental.

Assustador mesmo é que, uma década depois de avanços um tanto mais rápidos, o país ainda esteja em condições tão precárias para enfrentar a maior regressão econômica desde o início dos anos 1990.

O colchão social hoje é mais alto, decerto, mas não o bastante para amortecer o golpe da recessão e do atual desgoverno.

domingo, 15 de novembro de 2015

Papa Francisco: novo beato brasileiro Francisco de Paula Victor.


Cari fratelli e sorelle,

desidero esprimere il mio dolore per gli attacchi terroristici che nella tarda serata di venerdì hanno insanguinato la Francia, causando numerose vittime. Al Presidente della Repubblica Francese e a tutti i cittadini porgo l’espressione del mio fraterno cordoglio. Sono vicino in particolare ai familiari di quanti hanno perso la vita e ai feriti.

Tanta barbarie ci lascia sgomenti e ci si chiede come possa il cuore dell’uomo ideare e realizzare eventi così orribili, che hanno sconvolto non solo la Francia ma il mondo intero. Dinanzi a tali atti, non si può non condannare l’inqualificabile affronto alla dignità della persona umana. Voglio riaffermare con vigore che la strada della violenza e dell’odio non risolve i problemi dell’umanità e che utilizzare il nome di Dio per giustificare questa strada è una bestemmia!

Vi invito ad unirvi alla mia preghiera: affidiamo alla misericordia di Dio le inermi vittime di questa tragedia. La Vergine Maria, Madre di misericordia, susciti nei cuori di tutti pensieri di saggezza e propositi di pace. A Lei chiediamo di proteggere e vegliare sulla cara Nazione francese, la prima figlia della Chiesa, sull’Europa e sul mondo intero. Tutti insieme preghiamo un po’ in silenzio e poi recitiamo l’Ave Maria.

[Ave Maria…]

Ieri, a Três Pontas, nello Stato di Minas Gerais in Brasile, è stato proclamato beato don Francisco de Paula Victor, sacerdote brasiliano di origine africana, figlio di una schiava. Parroco generoso e zelante nella catechesi e nell’amministrazione dei sacramenti, si distinse soprattutto per la sua grande umiltà. Possa la sua straordinaria testimonianza essere di modello per tanti sacerdoti, chiamati ad essere umili servitori del popolo di Dio.

Saluto tutti voi, famiglie, parrocchie, associazioni e singoli fedeli, che siete venuti dall’Italia e da tante parti del mondo. In particolare, saluto i pellegrini provenienti da Granada, Málaga, Valencia e Murcia (Spagna), San Salvador e Malta; l’associazione “Accompagnatori Santuari Mariani nel Mondo” e l’Istituto secolare “Cristo Re”.

A tutti auguro una buona domenica. E per favore, non dimenticate di pregare per me. Buon pranzo e arrivederci!

15/11/2015.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Samarco: quando a ausência do Estado é falha.

Na edição da EXAME de 11/11/2015, Ricardo Vescovi, presidente da Samarco diz que “as mudanças climáticas estão ocorrendo, só não ver que não quer. Nossa responsabilidade diante disso cresce e temos trabalhado com a ecoeficiência em mente sempre.”
A revista comenta que na Samarco 100% de sua geração térmica para o funcionamento de fornos à base de óleo fora substituído por gás natural. O investimento de R$ 38 milhões nessa conversão, gerou uma economia de R$ 80 milhões ao ano e ajudou a reduzir 10% do nível de emissões de gases de efeito estufa da empresa.
Hoje, a mineradora Samarco, que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton, é responsável por um desastre ambiental em Minas Gerais de impactos ainda incalculáveis.

É preocupante que isso ocorra numa empresa que, a princípio, evidencia ter responsabilidade socioambiental. E lamentável descobrir somente agora, durante as apurações, que unidades da empresa funcionavam com Licenças de Operação vencidas. 
Quando o Estado falha onde não deveria falhar! 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

The Economist: The never-ending story.


Santander e Bradesco: onde aplicar o seu dinheiro?

Normalmente é comum a pesquisa pelo menor preço na compra de itens domésticos, por exemplo. No entanto, pelo exemplo abaixo, evidencia-se que também os consumidores, agora clientes, também devem pesquisar junto aos bancos, qual deles oferece a melhor rentabilidade para o seu investimento.  

A título meramente ilustrativo obtido nos sites dos bancos BRADESCO e SANTANDER, hoje, para uma simples aplicação em CDB (certificado de depósito bancário) pós-fixado indexado pelo CDI (certificado de depósito interbancário), que é uma taxa bem próxima da Selic, esses bancos ofertam as seguintes taxas para o valor de R$ 100.000,00:

BRADESCO
CDB Fidelidade: prazo de 720 dias e taxa de 98,50% do CDI. 

SANTANDER
CDB DI: prazo de 722 dias e taxa de 89,33% do CDI. 

Mesmo lembrando que na conversa com o seu gerente o mesmo, com certeza, melhorará as taxas acima, a princípio, você já tem um cenário onde a sua rentabilidade será melhor.  

Agora, o importante é negociar!

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

V SIM - Pecege Esalq/USP: Piracicaba - SP.

Inscrições abertas para o V SIM - Simpósio de Agronegócios e Gestão

O evento acontecerá em Dezembro, nos dias 10, 11 e 12, no auditório de Engenharia da Esalq (Piracicaba -SP), e reunirá, no campus da universidade os alunos dos MBAs Esalq/USP para defesas de monografias, tour pelo campus e outras atividades.

Dilma, sem ordem econômica a casa cai! !"Lembrai-vos de 37".


Hoje em sua coluna no ESTADÃO, a competente Eliana Cantanhêde nos recorda o Brasil de 1930/31 ao escrever sobre a situação do ministro Joaquim Levy.
De maneira geral, os péssimos números atuais da economia brasileira não são de responsabilidade do Levy, mas, sim, resultado da condução política ou, provavelmente, da ausência de um gestor político capaz de monopolizar as difíceis decisões que o Executivo deve tomar, sem preocupações com partidos ou tutores.
Qualquer governo não tem sustentação política se a situação econômica não oferece à sociedade bons números. E aí, também como Cantanhêde, temos que recordar dos tempos de Getúlio Vargas.  
Ao final de 1952, os “trabalhadores do Brasil” conviviam com uma inflação de 12,7% ao ano, com viés de alta e a balança comercial amargava um déficit de US$ 280 milhões. O “Diário de Notícias” informava que “o custo de vida disparou no rodopio da espiral inflacionária”.
Com razão, na campanha presidencial de Bill Clinton em 1992, seu marqueteiro produziu a hoje conhecida e verdadeira frase: “É a economia, estúpido! ”.
Por isso, é imperioso que Dilma faça o que deve ser feito no sentido de estabelecer uma economia saudável com a inflação em até 4,5% ao ano, contas públicas em ordem e o câmbio flutuante. Será que isso é pedir demais?     

terça-feira, 10 de novembro de 2015

"Mar de lama": 1953 - Carlos Lacerda.


Sinfrônio, em 2015, traz a sua sensibilidade para todas as lamas que estão sempre presentes no Brasil, não importa o ano e a origem. 

As expectativas.

* O melhor seria que conhecêssemos o futuro - John Maynard Keynes.

* O futuro me preocupa porque é o lugar onde penso passar o resto da minha vida - Woody Allen.

* No Brasil, até o passado é incerto - Pedro Malan.

Esperar depende de cada um, exceto a morte - João Melo.

* Cristiane Schmidt e Fabio Giambiagi


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

PIB em queda e inflação em alta: Brasil hoje.

Os últimos dados do mercado evidenciam um cenário de queda no PIB e de aumento da inflação, estimando para os finais de 2015 e 2016 os números abaixo:

PIB
2015: -3,10%
2016: -1,90%

IPCA
2015: 9,99%
2016: 6,47%

Enquanto isso, ninguém se entende em Brasília...   

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

“Pela democracia, contra a corrupção”


Lendo Lira Neto na ótima biografia de Getúlio Vargas, um trecho cita que “a cada dia pipocavam escândalos, uns maiores, outros menores, nos mais diversos setores da administração pública – fato que levou Carlos Lacerda a cunhar a expressão ‘“mar de lama””.
Isso ocorreu em meados de 1952 e 1953, com a economia em pífio desempenho.  
Estamos em 2015 e parece que voltamos à “Além do Tempo”?!
Que Brasil!?!?!?    

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Onde Bismarck encontrou Delfim e Dilma!

Delfim Netto, hoje no VALOR ECONÔMICO, cita Otto von Bismarck, o maior estadista alemão do século XIX: “nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra ou depois de uma caçada
Em seu artigo Delfim registra que “a campanha eleitoral foi terrível” e “houve um abuso desarrazoado de poder”.

O reconhecimento de Delfim para o que ocorreu na eleição de Dilma Rousseff é um fato que engrandece o Professor e rebaixa a política brasileira como nunca antes neste país.        

Governo: quando até o Simples é complicado.


Parecia até Simples, mas até nisso o governo consegue ser complicado. O Brasil precisa urgentemente de lideranças capazes de fazer a “máquina” funcionar no que ela tem de básico. É impossível continuar neste estado de entorpecimento onde resta evidente que o único esforço do governo é tentar ser governo até o final do mandato. Isso é muito pouco e os brasileiros precisam de muito mais. 
Sinfrônio, hoje, no cearense Diário do Nordeste, foi direto ao ponto. 

domingo, 1 de novembro de 2015

FHC: Por uma agenda nacional.

Nestes últimos tempos tenho procurado me inspirar na recomendação bíblica: olhai os lírios do campo. Diante de tanto escândalo, tanta ladeira abaixo da economia, é melhor olhar para o mais simples e mais sublime. Tive a oportunidade de ouvir Beethoven na Filarmônica de Berlim, regida por Simon Rattle. A “Nona” foi soberba, mas a “Sétima sinfonia” envolveu o auditório em tamanha beleza que me reconciliei com as agruras que me esperariam na volta. Mal chegado, ainda quentes os debates que havia feito para o lançamento de meu livro “A miséria da política”, entrei no ciclo das entrevistas e apresentações na TV sobre outro livro, este mais de recordações, desabafos momentâneos e sensações ambivalentes, “Diários da Presidência – 1995-1996”. Tornou-se inevitável que a pequena e a grande política se misturassem. Eis-me, pois, de novo no labirinto do noticiário cotidiano. Daí a refletir sobre o modo de como sair do ramerrão da política partidária, vai um passo. De que vale eu dizer novamente que impeachment não é alvo desejável, mas, sendo o caso, torna-se circunstância impositiva diante de fatos e de reações populares? Certamente não se trata de golpe, mas de processo prescrito pela Constituição. Para que serve eu dizer que uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral abriu uma investigação sobre os abusos do poder econômico para assegurar a reeleição presidencial só resta aguardar as investigações e a palavra dos juízes? Ou que há momentos em que o interesse da pátria pode exigir que a grandeza dos governantes acolha até o gesto dramático da renúncia, desde que com ele venham embutidas exigências para que os principais nós que emperram o país sejam cortados?
A saída da crise requer a formação de uma nova conjuntura na qual seja possível colocar na ordem do dia os cinco ou seis pontos fundamentais ao redor dos quais se forme um novo consenso nacional. Não se trata de aliança entre partidos, grupelhos e setores da sociedade. Trata-se de dar novo rumo ao país na busca de melhor sociedade futura. Não precisamos de salvacionismos, mas da elaboração de ideias que se possam substantivar em políticas que atendam ao interesse nacional e aos anseios populares. Não é possível que não tenhamos aprendido como nação que a demanda contínua de mais políticas públicas benéficas para certos setores e a recusa, ou impossibilidade, de maior tributação são incompatíveis. Num só exemplo: ou se volta a discutir a idade mínima de aposentadoria ou as contas da Previdência, que já não fecham, apresentarão déficits crescentes e insustentáveis. Ou, em outro terreno: já não se viu que a mágica de botequim de aumentar o endividamento público (já chegamos a R$ 2,7 trilhões!) e de continuar expandindo o crédito para incentivar o consumo pode apenas criar “bolhas”? Estas, uma vez estouradas, pela falta de meios tanto para emprestar quanto para pagar, levam a economia e as pessoas à ruína, como agora acontece. Já não passou da hora de aprovar, como foi sugerido no passado, medida que limite a expansão do gasto abaixo do crescimento do PIB, salvo em situações de retração econômica? Ou de aprovar, como proposto em projeto em curso, limites para o endividamento federal? Ou ainda se acredita que manter o Orçamento em relativo equilíbrio, com uma dívida pública não explosiva, é um imperativo apenas da ortodoxia “neoliberal”?
Mudando de tema, por que não voltarmos à proposta, hoje apoiada pelo Sindicado dos Metalúrgicos de São Bernardo e pela prática corriqueira em muitos setores produtivos, que aceita as negociações entre sindicatos, mesmo a despeito do legislado, sem que se alterem os itens constitucionais da CLT? O fantasma do desemprego está alertando para a necessidade de maior realismo no mercado de trabalho. Assim como a dura experiência de a crise nos ter levado às portas da “dominância fiscal” mostra que o crescimento da taxa de juros Selic, sem um efetivo ajuste fiscal, não funciona para conter a inflação e apenas aumenta o montante de juros da dívida pública quando se passa de certo umbral de razoabilidade pelos impulsos do voluntarismo político.
Mais ainda, e apenas a título ilustrativo de mais um entre os muitos itens da agenda necessária para tirar o país do atoleiro, é preciso reconhecer que não houve percepção de que o mundo marcha para uma economia de baixo carbono, e que o Brasil entrou numa sucessão de erros na política energética. Assentou mal as bases de exploração do pré-sal, restringindo nossa enorme vantagem comparativa com o etanol, e errou pela falta de uma política de tarifas adequadas, a ser conduzida por agências reguladoras livres da influência partidária. As relações intrínsecas entre desenvolvimento econômico e meio ambiente devem ser outro tema da nova agenda nacional. Por fim, o ponto focal é a recuperação da credibilidade das instituições políticas. Cinco ou seis itens básicos podem ser definidos para desatar o impasse da legislação eleitoral e partidária. Esta, somada à permissividade com práticas corruptas, levou à proliferação de falsos partidos e, consequentemente, de ministérios para atender à sanha de alguns deles para abocanhar pedaços do Estado e do Orçamento. Daí a crise moral em que estamos mergulhados.

É para conduzir uma agenda nacional deste tipo, ou do que mais pareça necessário ao país, que precisamos de lideranças e do apoio da sociedade e de alguns partidos. Não sairemos da paralisia nem da sensação de estarmos à beira do despenhadeiro se a discussão continuar limitada a pessoas e a interesses imediatistas delas ou de seus partidos. Como quem tem a responsabilidade de unir porque foi eleita para conduzir o país (e não uma facção) está com poucas condições para tal, é que se dá a discussão, infausta, mas necessária, dos caminhos constitucionais para sairmos da crise. Não se dá um passo maior sem saber o que vem depois. Daí a necessidade de um consenso nacional para juntarmos forças ao redor de um caminho mais claro para o futuro. 
Fernando Henrique Cardoso.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Voo MH17: com 298 mortos, um crime monstruoso sem autor?


As notícias, todas, estão disputando para ver qual a pior do dia, que deixamos passar sem uma reflexão, a queda de um avião com 298 pessoas a bordo, todas mortas por um míssil disparado por... ninguém???!!!


E a vida continua, num mundo essencialmente confuso e cruel! 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Angus Deaton - 2015's Nobel Prize for Economics.


Angus Deaton is the winner of 2015's Nobel Prize for Economics.

Angus Deaton is the winner of 2015's Nobel Prize for Economics, with the committee praising his "analysis of consumption, poverty, and welfare".

“To design economic policy that promotes welfare and reduces poverty, we must first understand individual consumption choices,” the academy wrote. “More than anyone else, Angus Deaton has enhanced this understanding. By linking detailed individual choices and aggregate outcomes, his research has helped transform the fields of microeconomics, macroeconomics, and development economics.”

During a call at the press conference, Deaton declined to comment on whether his work on gender inequality and other issues could lead to fixing those problems. But historically the recognition that the prize brings has brought economists' ideas to the fore, and allowed them to become more involved in policy making.

Deaton describes his research as focusing on “the determinants of health in rich and poor countries, as well as on the measurement of poverty in India and around the world”, on his page on the Princeton University website. He is the Dwight D. Eisenhower Professor of Economics and International Affairs at the university’s public and international affairs and economist departments.


Deaton is one of the few 2015 Nobel laureates who won’t have to share his prize with anyone. He is also the last winner to be announced — though his prize isn't strictly a Nobel but rather the "Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel".

Nobel in Economics is Given to Angus Deaton - 2015.

Angus Deaton, a renowned microeconomist, was awarded the Nobel Memorial Prize in Economic Science on Monday for his studies of consumption, poverty and welfare.

Mr. Deaton, 69, a professor at Princeton, is best known for his studies of the choices of individual consumers. “By linking detailed individual choices and aggregate outcomes, his research has helped transform the fields of microeconomics, macroeconomics, and development economics,” the Royal Swedish Academy of Sciences said in its citation.

The prize was announced in Stockholm by Goran K. Hansson, the academy’s permanent secretary.

The committee in recent years has honored a number of academics for work showing either that markets are inefficient or how to deal with that reality. Last year, the committee picked Jean Tirole, a French economist, for his work on the effective regulation of imperfect markets. In 2013, it honored Eugene F. Fama, Lars Peter Hansen and Robert J. Shiller for their research on the movements of financial markets.

The economics prize is the newest of the Nobels, established in 1968, in Alfred Nobel’s memory, to celebrate the 300th anniversary of the Sweden’s central bank, the world’s first. Mr. Deaton joins 75 laureates — includingMilton FriedmanFriedrich von Hayek and Amartya Sen — who have been honored since the prize was first awarded, in 1969. The prize is 8 million Swedish kronor (about $976,000).


More than 80 percent of the economics laureates have been American citizens. Only one woman has won: the political scientist Elinor Ostrom, in 2009.

Economic Sciences Nobel 2015: Angus Deaton.

The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 2015 was awarded to Angus Deaton "for his analysis of consumption, poverty, and welfare".

Nobel de Economia 2015: previsão.

A Real Academia de Ciências Sueca vai divulgar nesta segunda-feira o vencedor do Prêmio Nobel de Economia. O frenesi em torno da revelação do vencedor (ou dos vencedores) nas semanas que antecedem o anúncio leva muitos economistas a fazer - mais por curiosidade do que por real necessidade de ofício - o que fazem a sério todos os dias: contas.

Na agência Reuters, um grupo de analistas atualiza anualmente uma lista de possíveis vencedores. O trabalho dos analistas da Reuters não chega a ser uma ciência exata: desde 1990, quando foi elaborada pela primeira vez, a lista acertou o nome de nove ganhadores.

Os analistas da Reuters levam em consideração informações que incluem citações em artigos acadêmicos e notas de rodapé dos potenciais vencedores em artigos de terceiros. Com base nesses critérios, as apostas dos analistas da agência para 2015 incluem o britânico Richard Blundell, e os americanos John List e Charles Manski.

O trabalho de Blundell, da Universidade College London (parte integrante da Universidade de Londres), é voltado a pesquisas sobre mercado de trabalho e comportamento do consumidor. List, da Universidade de Chicago, tem interesses múltiplos, entre eles a economia comportamental. Manski, por sua vez, professor da Northwestern University, tem trabalhado em pesquisas ligadas à teoria da escolha racional, que tenta determinar a lógica de decisão de um indivíduo em diferentes cenários econômicos.

O jornal americano The Wall Street Journal também tem sua lista de apostas. Ela inclui, entre outros, os americanos Paul Romer (Universidade de Nova York) e Robert Barro (Harvard), economistas dedicados a pesquisas sobre a teoria dos jogos. Esse ramo da matemática que já garantiu o Nobel de Economia em pelo menos duas oportunidades: 1994 (premiação que incluiu o americano John Nash, retratado no filme "Uma Mente Brilhante", de 2001) e na edição de 2005.


Nesta segunda-feira, às 8h (horário de Brasília), os economistas-apostadores vão testar a eficácia de suas previsões.

Fonte: Revista VEJA.  

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

USP: ainda a melhor do Brasil, mas em queda no mundo!

Leio na FOLHA, matéria da SABINE RIGHETTI, sobre a USP. 

A USP teve o pior desempenho dos últimos anos na avaliação internacional de universidades THE (Times Higher Education), que elabora o principal ranking universitário da atualidade. Na listagem de 2016, lançada nesta quarta (30), a instituição está entre o 251º e o 300º lugar.

A universidade esteve entre as 200 melhores do mundo em 2012 e 2013. Caiu para o grupo 226º-250º em 2014, subiu para 201º-225º na edição seguinte e, agora, despencou (os rankings do THE existem desde 2004, mas as edições só são comparáveis a partir de 2012).

A melhor universidade do mundo, segundo o ranking global, é a Caltech, da Califórnia (EUA) –instituição que tem 31 docentes com prêmios Nobel e 40 vezes menos alunos do que a gigante paulista.

Entre as dez melhores da lista há instituições dos EUA, do Reino Unido e, pela primeira vez, uma escola suíça: a ETH de Zurique subiu de 13º lugar para 9º neste ano.

O THE se baseia em cinco critérios: qualidade do ensino e da pesquisa, internacionalização e impacto da universidade na indústria e no meio científico.

A Caltech recebeu 99,8% no indicador que mede o seu impacto na atividade acadêmica mundial. Isso significa que os trabalhos publicados pelos seus docentes são amplamente mencionados em artigos científicos em todo o mundo.

Já a USP amargou com 20,4% no mesmo indicador. Foi aqui, aliás, que a universidade teve o seu maior tombo: na edição do ano passado, a USP chegou a atingir 32,3%.

"É no impacto da pesquisa científica e na internacionalização que as nossas universidades mais escorregam e que precisam melhorar", analisa Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor-científico da Fapesp (agência que financia pesquisa científica no Estado de São Paulo).

Na avaliação de internacionalização do THE, a quantidade de estudantes e de docentes estrangeiros conta pontos para a universidade. Enquanto a Caltech tem 27% dos estudantes vindos de outros países, a USP tem 4% de alunos de fora.

A universidade paulista também tem perdido pontos no indicador que avalia o ambiente de aprendizagem. Uma das métricas é a quantidade de alunos por docente. Na Caltech, são 6,9 alunos por professor; na USP, a taxa é de 14,6.

"A USP precisa entender onde está perdendo", diz Valdemir Pires, professor da Unesp com doutorado em economia da educação. "Mas vale destacar que avaliações como rankings partem de uma lógica produtivista. É isso que queremos?"

A USP declarou que não comentaria os resultados do THE. Na edição deste ano do ranking internacional QS –concorrente do THE– a USP perdeu a liderança na América Latina para a UBA (Universidade de Buenos Aires), que subiu 74 posições em relação ao ano anterior.


No Brasil, a USP figura como melhor universidade no RUF (Ranking Universitário Folha). Na quarta edição do ranking, lançada em setembro, a universidade também liderou em 29 dos 40 cursos de graduação avaliados.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...