domingo, 25 de julho de 2010
MÍRIAM LEITÃO E OS LIVROS!
quinta-feira, 22 de julho de 2010
ELEIÇÕES 2010!
ENTREVISTA DE ILAN GOLDFAJN NA FSP.
Abaixo, trechos da entrevista de ILAN GOLDFAJN - economista-chefe do Itaú-Unibanco e ex-diretor do Banco Central à Folha de S. Paulo.
Folha - O sr. acha, assim como o FMI, que o Brasil crescerá abaixo dos emergentes em 2011?
Ilan Goldfajn - O mundo procura alguém para consumir. Emergentes têm mercado consumidor. É o mesmo na China, na Índia. Os recursos entrarão para financiar o investimento. China e Índia crescem mais porque não temos capacidade de investir tanto. Não temos poupança.
Como aumentar rapidamente a taxa de investimento dos atuais 18% do PIB para 25%, necessários ao crescimento sustentável?
Dá para ir para 22%, sem reformas, em 2011. Isso implica um ajuste no governo em 1% do PIB, realocando esse volume, de gastos para investimentos. E permitindo maior deficit em conta-corrente [troca de bens, serviços e rendas do país com o mundo], com algum limite. Não dá para ir para 25% porque temos limitação de oferta na capacidade produtiva.
Se fizer mais reformas, é possível conseguir até sem deficit externo. Aí nosso crescimento iria de 4% ou 5% ao ano para 6% ou 7%. Precisamos melhorar o ambiente de negócios, reduzir a burocracia, que trava o crescimento. Não se fala nisso porque é como obra em encanamento: é bom para todos, mas ninguém vê.
O sr. vê alguma ameaça à economia brasileira?
A ameaça vem de fora. A Europa ainda tem risco. Não vejo risco no sistema imobiliário. A alta de preço é isolada. As pessoas compram casa para morar, não para especular. A bolha que nos ameaça é a bolha da presunção, achar que já conquistamos o mundo, que não precisamos de reforma, que seremos a bola da vez sempre.
Temos muitos problemas: infraestrutura, educação, burocracia, impostos. Ainda somos o décimo pior país em distribuição de renda.
Temos pela frente Copa, Olimpíada, pré-sal. O que fazer para evitar que se gaste e sobrem elefantes brancos?
Temos que evitar fazer tudo de última hora. Veja os aeroportos. Há dois anos discutimos, tem gente que acha ruim privatizar. Ruim é não ter aeroporto. Se fizermos tudo minimamente estruturado, dá para fazer coisas que fiquem.
A desaceleração da economia, depois de o PIB ter crescido 9% no primeiro trimestre, é definitiva?
O segundo trimestre foi mais fraco. O mundo se desacelerou, o consumo de commodities, as exportações, o investimento, mas isso vai mudar. No Brasil, o consumo arrefeceu porque as pessoas perderam temporariamente a vontade de comprar e a isenção de IPI acabou. Agora, isso vai se reverter, porque as pessoas têm renda.
A taxa básica de juros voltou a subir, para segurar a inflação. Podemos sonhar com taxa de novo abaixo de 10%?
Mas estamos avançando. Tínhamos juros de 45% em 1999. Vai cair, mas não amanhã. Sem reformas, levaremos de cinco a dez anos; com reformas, cinco.
O mercado vai pensar: "O governo terá menos deficit, logo os juros vão cair". Aí compra títulos de longo prazo com juros mais baixos, antecipando a queda.
O senhor identifica risco de o mundo mergulhar de novo em uma crise em 2011?
Não. Nos EUA e na Europa, não vai haver recessão nem crescimento como antes. Depois da crise, o crescimento foi rápido e não se manteve, aí veio decepção. Não sejamos bipolares. O que tinha antes era bolha, percepção de riqueza inexistente.
Estamos em uma parada para respirar. Os europeus estão rolando dívidas, fazendo ajustes fiscais. E os emergentes vão voltar melhor porque na China, na Índia e no Brasil temos mais projetos.
Qual é sua impressão sobre as propostas econômicas dos candidatos a presidente?
O país precisa de mais investimento em infraestrutura, melhorar a educação, fazer a reforma da Previdência. Nossa carga tributária é alta. Em diferentes graus, os candidatos vão procurar no Orçamento espaço para investir e formas de reduzir gastos correntes.
Todos se preocuparão com o gasto?
Não, mas em aumentar o investimento, sim, porque haverá pressão. Até porque não tem outra fonte. Poderia ser com recursos externos, mas há o deficit no balanço de pagamentos [saldo de todas as transações do país com o exterior].
Além disso, a população quer menos tributos. Isso será possível porque a arrecadação cresce com a legalização das empresas e a formalização dos trabalhadores. Há pressão contra o exagero dos gastos. E, quanto mais se reduzem os gastos, mais cai o juro.
O sr. vê risco de intervenção no BC?
Todo mundo está satisfeito com a autonomia de fato. Mas os governos não querem perder o poder de trocar o técnico se algo estiver errado. A sociedade também não percebeu a vantagem de ter um BC independente. Com autonomia de direito, caem os juros porque as desconfianças do mercado diminuem. Mas não vejo risco de retrocesso, por mais que os candidatos critiquem.
domingo, 18 de julho de 2010
ROTEIRO PARA MELHOR CAPITALISMO.
Recebi neste momento do nosso grupo de Economia Política da UnB uma excepcional aula de DANIEL PIZA nestes tempos eleitorais sobre o ROTEIRO PARA MELHOR CAPITALISMO e não poderia deixar de postar para os meus, espero, ainda quase dois leitores. Vale a leitura e a lição de casa.
O maior problema de Dilma Rousseff e José Serra não é a falta de carisma, é a falta de capitalismo. Toda a melhora do Brasil nos últimos quinze anos está relacionada ao desenvolvimento e à integração que a economia moderna requer, como a abertura comercial, o rigor monetário, a competição criativa, o incentivo financeiro; aquilo, enfim, que Marx chamava de “liberar as forças de produção”. É isso que explica que boa parte do crescimento atual esteja relacionado ao consumo, à expansão da classe média – graças a medidas como fim da inflação alta, as privatizações (lembra quando apenas 10% da população tinha telefone e uma linha custava R$ 5 mil?) e a ampliação do crédito. Mas os dois candidatos mais cotados parecem compreender isso apenas parcialmente.
O que o Brasil vive no momento é um vigor capitalista, no melhor sentido da palavra. Não se trata do capitalismo selvagem, mas do capitalismo democrático, que faz o bolo crescer e ser dividido ao mesmo tempo. No regime militar, Delfim Netto dizia que primeiro o bolo tinha que crescer; a esquerda, antiliberal de outra maneira, respondia que só era possível dividir o bolo tirando-o da boca dos abonados. Com atraso de meio século, o Brasil agora percebeu o que os países desenvolvidos tinham percebido: que uma economia saudável é a que cresce para o máximo possível de pessoas, gerando emprego para que os assalariados possam comprar o que desejam. O Estado não é dono do mercado, mas deve ser seu parceiro (inclusive ao amparar os que não têm renda suficiente para consumo) e seu fiscalizador.
Mas ainda há muito por fazer, e o chato é que o (a) próximo (a) presidente deveria estar ciente disso. Temos uma carga tributária pesada e, mais importante, contraproducente, que pune quem deveria ser estimulado; veja a legislação trabalhista, que obriga o empregador a gastar o dobro do que paga ao funcionário. Temos um dos piores ambientes de negócios do planeta, atravancado por burocracia, corrupção, impunidade e desorganização; abrir ou fechar uma empresa sem ser escorchado por fiscais é um parto, ou mais demorado que uma gestação. E temos uma educação de terceira categoria, que não prepara os jovens para o mundo contemporâneo, deixa metade deles pelo caminho e tem aguda carência de engenheiros, cientistas e técnicos em geral.
Dilma e Serra mal falam disso com as devidas clarezas e ênfases. Ela continua enigmática, cada hora apontando para um lado, mais intelectualmente confusa que seu padrinho político. E é um símbolo do segundo mandato de Lula, ou seja, das tentativas de reforçar o papel do Estado intervencionista, por meio de bancos públicos, criação de estatais (a mais nova é a da área de seguros), controle da informação, fundos de pensão, aumento de servidores, etc. Como os institutos de pesquisa a soldo do governo, defende a gastança crescente do dinheiro do contribuinte com argumentos frouxos sobre a suposta “volta do Estado”, esquecendo que os governos deram dinheiro para as financeiras e não tiraram. E ela representa o modo de pensar e agir do velho PT, como mostram os episódios do programa de governo e do dossiê contra Eduardo Jorge.
Serra é mais experiente e mais informado a respeito de economia e administração, mas volta e meia deixa escapar uma visão pseudo-keynesiana (sempre é bom lembrar que Keynes era um liberal, a favor da economia do mercado, defensor do papel do Estado no socorro das crises, não na sangria dos cidadãos), como em suas declarações sobre o câmbio, com teses obscuras como aquela da “lei de responsabilidade cambial”. Também fez pouco pela redução de impostos e sua campanha no momento está mais concentrada em dizer que fará melhor o mesmo, como se fosse escrever mais um capítulo da política tucano-lulista de capitalismo envergonhado, baseada em estabilidade & assistencialismo, não em reformas sérias. Continuísmo por continuísmo, não espanta que Dilma tenha empatado com ele nas intenções de voto.
Dito cruamente, a maioria da população é capaz de discordar, mas o fato é que quer acima de tudo o capitalismo de consumo – e o quer cada vez mais livre de juros absurdos (11% ao mês no cartão de crédito) e regras cartoriais. O novo governo deveria seguir esse roteiro, sob pena de derrapar na curva ascendente.
ECONOMIA NÃO RIMA COM ELEIÇÃO.
O Brasil está em férias escolares com praias e aviões lotados, o péssimo resultado na Copa do Mundo não foi o fim do país, a campanha eleitoral segue com os candidatos desrespeitando a legislação eleitoral e não é visível uma luz verde no final do túnel da economia. Está claro que o Brasil e outros países, incluindo os do BRIC, não sofreram tanto as conseqüências da crise de setembro de 2008 que atingiu tão fortemente a economia dos Estados Unidos e da União Européia. No entanto, num mundo globalizado e com as movimentações financeiras em tempo real, cabe ao Brasil aplicar com mais seriedade ações que produzam crescimento contínuo, independente das alterações no comando da economia e da presidência da república.
É fato que nos últimos governos – apesar do atual entender que descobriu o Brasil – a população brasileira aumentou o seu poder de consumo, fazendo com que atualmente o país tenha 95 milhões de brasileiros somente na classe C. Trata-se do ingresso de uma classe média com grande poder de consumo, o que, espera-se, colaborará na manutenção crescente do PIB. De um PIB em 2009 de negativos 0,2%, as atuais projeções indicam que para este ano esse número poderá atingir 7,8%. A taxa de desemprego registra sinais de queda, caindo dos 8,1% em 2009 para estimados 6,8% em 2010. Porém o perigo mora ao lado, pois o pesadelo da inflação hoje em dia registra sinais de aumento, subindo dos 4,3% em 2009 para projetados 5,5% em 2010, o que em um país que apenas agora está conseguindo conviver em um nível de inflação normal, é um risco numa economia atualmente muito aquecida. Jim O’Neill, diretor do Goldman Sachs já avisou “O crescimento da economia brasileira está ligado à manutenção da inflação baixa.” Sob críticas dos empresários e até de setores do governo, o Banco Central vem aumentando a taxa de juros, mas a incógnita que traz a eleição de um novo presidente, não faz a economia viajar em vôo de brigadeiro.
Diante disso, causa perplexidade que os principais candidatos à presidência passem a maior parte do tempo discutindo a criação de dossiês, invasões de privacidade, utilização da máquina do governo em causa própria, o que causa ao país uma verdadeira “ética da contravenção”. O Brasil não merece isso. As graves situações que o país tem que enfrentar vão desde o combate a corrupção, a melhoria na educação (onde nossos números, por exemplo, em Matemática, estão no nível do Quirguistão), a perversa burocracia, até a deficiente infraestrutura, onde as péssimas condições das estradas e o alto custo de energia somente tendem a aumentar a perda da competitividade dos produtos aqui fabricados, mas são assuntos relegados a um patamar inferior nos debates eleitorais.
USA: PERIGO À VISTA.
Apenas para melhor entendimento do que ocorre com os Estados Unidos, em um de seus recentes posts, MÍRIAM LEITÃO comentou parte do problema e a TIME conseguiu, em uma única imagem, mostrar a real situação.
Os Estados Unidos voltam a vivenciar um quadro de deterioração das contas externas. Em maio, a balança comercial registrou déficit de US$ -42,3 bilhões, o maior desde novembro de 2008. No ano, o saldo está negativo em US$ -198 bi contra US$ -144 bi em igual período de 2009. No acumulado em 12 meses, piorou de US$ -411 bi em abril para U$ -429 bi em maio.
Enquanto as exportações somaram US$ 152,25 bilhões - alta de 2,4% sobre o mês anterior, as importações fecharam em US$ 194,51 bilhões, o que representa aumento de 2,9%. Houve queda nas compras de petróleo e aviões para uso civil, mas alta nas importações de carros, produtos farmacêuticos e roupas.
- Lentamente, a corrente de comércio se recupera - está em patamar próximo a outubro de 2008, mas as importações, na margem, estão crescendo mais, o que fez o déficit comercial entrar em trajetória de piora novamente - dizem os economista do Banco Fator em relatório enviado ao blog.
AS PROBABILIDADES DE DELFIM NETTO.
Em 14/07/2010, ANTONIO DELFIM NETTO escreveu na FOLHA DE S. PAULO sobre a crise e cenários econômicos, com as probabilidades de acerto ou erro que a situação atual não nos permite acertar com 100% de sucesso.
A IRRACIONALIDADE DO TREM-BALA.
LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS, escreveu na FOLHA DE S. PAULO sobre “A irracionalidade do trem-bala.” É por essas e outras que continuo afirmando que o Brasil obterá mais prejuízos do que lucros sediando Copa e Olimpíada. Por isso, independentemente de ser a favor ou contra o projeto do trem-bala, a leitura deste artigo é obrigatória para quem deseja, de verdade, entender um pouco como funciona as prioridades do governo.
REGULAMENTAÇÃO FINANCEIRA.
MICHAEL SPENCE, que ganhou o Nobel de Economia em 2001 e é professor emérito da Universidade Stanford, escreve hoje na FOLHA DE S. PAULO sobre a “regulamentação financeira”.
domingo, 11 de julho de 2010
PARA INVESTIR MAIS, É NECESSÁRIO POUPAR MAIS.
Abaixo, recente editorial do ESTADÃO, registra o momento econômico atual com relação a questão do investimento e da poupança.
O ano de 2010 será dos investimentos. A sondagem da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que 86% das empresas têm programas de investimentos; estima-se que o consumo de máquinas aumentará 30% neste ano; e sabe-se que o setor que acusa o maior crescimento na indústria é o de bens de capital, junto com um robusto aumento das importações desses bens. E o governo está promovendo, em razão do período eleitoral, um forte aumento dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A sondagem da FGV coloca, em primeiro lugar, como motivação para investir a necessidade de expandir a capacidade de produção (40% neste ano, ante 24% em 2009). Aumentar a eficiência produtiva explica 28% da motivação (ante 36% no ano passado). Com isso, verifica-se que a indústria aposta, com razão, num aumento do consumo das famílias, ao contrário do ano anterior, quando a aposta errada obrigou-a a aumentar suas importações.
No mesmo dia em que era divulgada a sondagem da FGV, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, declarava que a necessidade de aumentar o nível de poupança interna, como condição para continuar a crescer, era o principal desafio do momento.
Ora, aumentar a poupança significa diminuir o consumo, seja pelas famílias, seja pelo governo enquanto a aposta da indústria é pela elevação da demanda. O presidente do BC explicou que maior formação da poupança "passa pela maior eficiência do Estado e mercado financeiro mais desenvolvido". Nos últimos meses, foram os gastos do governo que estimularam o crescimento da demanda doméstica, fator que, na verdade, continua existindo, porém, fortalecido agora por uma política de "bondades" suscitada pela campanha eleitoral, a ponto de se ter a impressão de que o governo está comprando os eleitores. No entanto, não se verifica, da parte do governo, nenhuma vontade de aumentar sua poupança, isto é, de apresentar um verdadeiro superávit primário, mesmo depois de ter pago os investimentos do PAC.
Seria possível, por meio do programa imobiliário, aumentar a poupança das famílias, mas por enquanto não se nota essa tendência. Na prática, é anulada pelo excesso de crédito fácil, de modo que os compradores de casa própria não encontram dificuldades para honrar esse tipo de compromisso, mantendo sua propensão ao consumo.
Caberia à autoridade monetária tornar mais difícil o acesso das famílias ao crédito. Para investir mais, é necessário poupar mais.
ÁFRICA QUE FALA PORTUGUÊS.
Durante o período de 27 de agosto a 05 de setembro de 2010, Belém, capital do estado do Pará, no coração da floresta amazônica, sediará a XIV FEIRA PAN-AMAZÔNICA DO LIVRO. Com o tema “ÁFRICA QUE FALA PORTUGUÊS”, teremos a riqueza cultural africana dos países que falam português: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.
Trata-se da terceira maior Feira literária brasileira e no ano passado foi visitada por mais de 500.000 pessoas, o que deverá aumentar ainda mais em 2010.
Estaremos visitando com imenso prazer o evento e conhecendo os nossos colegas lusófonos. Para uma região tão carente desse tipo de feira, contamos com a presença de todos.
Publicamos este post também no site http://perspectiva-lusofona.weebly.com./, que é na verdade um Jornal de Opinião, que se caracteriza pelo pensamento livre e independente, sobre questões de índole econômica, política e social dos países lusófonos.
sábado, 10 de julho de 2010
MY PERFECT SUMMER WITH GREENSPAN AND ROUBINI
Nouriel Roubini - Writer and economist
Where are you going on holiday this year? Recently I have lived like the George Clooney character in Up in the Air (a film I watched on a plane). If I get a vacation this summer it would possibly be a tour of crisis-hit countries – if I am still allowed in them: Spain, Ireland, Iceland, Latvia, Greece and, maybe, the oil spill-ridden US Gulf Coast.
What do you think about during your holiday? How to forget financial crises and get a PhD in Pleasure and Leisure from the Institute for Advanced Vacations.
What will you be reading on holiday? Lofty geo-globaloney tomes on the future of the world.
What will you be listening to on holiday? Cheesy, schmaltzy, corny, syrupy beach songs such as those I would listen to in my teens on the Italian Riviera.
Ideal travelling companion – dead, alive, historical, fictional? Joseph Schumpeter, an Austrian economist who – as a true Renaissance man – argued that his three goals in life were to be the best economist, the best horseback rider and the best lover of his generation. He claims he achieved only two of them: I would ask him which and for good practical tips to achieve such goals.
Do you cook or eat out on holiday? As an economist I strictly believe in the principle of comparative advantage: so I always eat out. Also it is the best way to get to know the local cuisine.
Will you switch on your “Out of Office”? I am a total “crackberry” addict so I never switch off. Last summer I wrote a whole article, that was urgently due, on my BlackBerry while sailing off the St Tropez coast.
Where would you like to go next? Bora Bora in Polynesia for scuba diving among the sharks.
What do you think about during your holiday? The same things I think about when not on vacation but obviously to the extent that I’m playing tennis and golf, I do give proper consideration to my form.
What will you be reading on holiday? History – Lords of Finance: The Bankers who Broke the World by Liaquat Ahamed; biography – John Marshall: Definer of a Nation by Jean Edward Smith.
What will you be listening to on holiday? Bach, Vivaldi, Mozart, and Brahms. On occasion, a little Benny Goodman.
Ideal travelling companion – dead, alive, historical, fictional? My wife. She outdistances all other possibilities.
Do you cook or eat out on holiday? Both. Nobody wishes to partake of my cooking.
Will you switch on your “Out of Office”? No. I would spend my vacation worrying about what was going on back home.
What do you most, and least, enjoy about travelling? The scenic views. I find sitting in contemplation as I look up at the peaks of the Grand Tetons in Jackson Hole most rewarding. Airport congestion and long queues can ruin my vacation.
Where did you go on holiday as a child? To the wilds of New Jersey. For a kid brought up on the streets of Manhattan, they seemed truly exotic.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
KEYNES E KEYNESIANOS.
Direto da FOLHA DE S. PAULO, os conselhos de Delfim Netto.
Os problemas fiscais dos EUA e da Eurolândia só podem ser resolvidos com a volta do crescimento. O fundamental é que este não se faça aprofundando-os ainda mais. Quando se recomenda que as medidas de estímulo temporárias que foram decisivas para paralisar o desastre sejam transformadas em permanentes, estamos diante de uma não solução.
Para entender isso consideremos que no curto prazo a oferta global física de bens e serviços produzidos no país é praticamente constante. O seu uso depende da demanda global física. Esta, por sua vez, é constituída pela soma da demanda pública e da demanda privada interna e externa.
Quando se reduz, por qualquer motivo, a demanda privada (crise de crédito, desastres naturais, ataque de pessimismo), a manutenção do nível de atividade depende de um aumento equivalente da demanda pública.
Enquanto a demanda privada não se recupera, a demanda pública deve continuar. Isto não se faz sem graves prejuízos para o equilíbrio fiscal, para o nível de inovação e a produtividade do sistema produtivo, porque a demanda estimulada pelo gasto público em transferência não produz incentivos adequados para o aumento da produtividade do trabalho.
O keynesianismo bastardo incorporado na síntese neoclássica dos livros-texto sugere que a retirada dos "estímulos" governamentais reduzirá necessariamente a demanda privada. Agravar-se-ia, portanto, a redução do nível do PIB e do emprego. Logo, não há solução para o problema. Mas será assim mesmo?
A resposta se resume na "expectativa" que se formará no setor privado como resposta ao programa de restabelecimento do equilíbrio fiscal (condição necessária para o crescimento robusto no longo prazo).
Keynes e Pigou (seu amigo e posterior vítima) intuíram em 1931 que, se o ajuste fosse feito de maneira segura e crível, o aumento da demanda privada (despertada pelas oportunidades vistas pelo "espírito animal" dos investidores) poderia suprir a deficiência da demanda pública.
Teríamos a volta do crescimento juntamente com a solução do problema fiscal, o que é hoje empiricamente reconhecido. A reforma crível inclui: 1) um ajuste pelo lado das despesas (nada de aumento de impostos); 2) incentivos ao uso do trabalho; 3) medidas de flexibilização dos mercados; 4) estímulo à concorrência e 5) uma desvalorização cambial.
domingo, 4 de julho de 2010
E QUE VENHA 2014!!!
sábado, 3 de julho de 2010
CRESCIMENTO COM RESPONSABILIDADE.
Um artigo do Nobel Paul Krugman publicado recentemente no The New York Times traz um sério alerta para a situação atual em que diversos governos, a título de combaterem a crise econômica de 2008, estão gastando acima do que podem. Com o “A Terceira Depressão”, o autor registra que “os governos estão obcecados com a inflação, quando a verdadeira ameaça é a deflação. Além do que ao invés dos governos apertarem os cintos, para ele o problema são os gastos inadequados”.
Esse tipo de problema de déficit público, que já vem trazendo muitos sacrifícios aos governos da União Européia, notadamente Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Hungria, Holanda, também vem preocupando o mainstream econômico brasileiro. E não é por acaso ou devido à escolha de um novo presidente da república nos próximos meses. Na realidade, o que já vem acontecendo na Europa, será o nosso breve futuro, evidentemente caso o governo brasileiro continue a gastar mais do que arrecada.
Nesse viés populista que o governo brasileiro realiza visando beneficiar parte da população sem renda, a conta será cobrada rapidamente, pois “Não existe almoço grátis”, como Friedman deve ter falado. Os últimos dados registram que enquanto as receitas governamentais aumentam na faixa de 18% ao ano, os gastos passam dos 20%. Como será coberto este rombo, sem, por exemplo, um aumento na carga tributária do brasileiro, hoje por volta de 36% do PIB, certamente a mais elevada dos países em desenvolvimento?
Segundo a Consultoria Tendências, a dívida do setor público que era por volta de 52% do PIB em 2000, atingirá o valor de R$ 2,2 trilhões até o final deste ano, correspondente a 64% do PIB. Apesar de ter sido sancionada no ano 2000, época do governo de Fernando Henrique Cardoso, uma Lei de Responsabilidade Fiscal que tem o objetivo básico de controlar os gastos dos gestores públicos, no atual governo, principalmente com o pretexto que os gastos são necessários para enfrentar a crise de 2008 como acontece em diversos países, o descontrole das contas públicas coloca em risco a estabilidade macroeconômica alcançada e prejudicará o vencedor das eleições de outubro próximo.
Delfim Netto, um dos mais competentes economistas brasileiros, em recente artigo publicado na Folha de S. Paulo, cita que “a nossa situação ainda está sob controle, mas é cada vez mais evidente que lentamente se acumulam compromissos de despesas permanentes cujo pagamento depende do crescimento permanente da receita, o que não pode ser garantido. Trata-se de uma imprudência que põe em risco a própria estabilidade econômica.” Isso é bastante preocupante, até porque o experiente colega é um dos mais próximos consultores do governo.
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
-
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
-
O genial Sinfrônio , no cearense Diário do Nordeste , sempre consegue nos fazer rir mesmo no meio da diária tragédia econômica e políti...
-
Um ranking elaborado pela revista americana " Harvard Business Review ", especializada em administração e negócios , mostrou 26 ...