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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

BRASIL COM NOVA PRESIDENTE.

Com a brilhante colaboração de SINFRÔNIO, do nosso cearense DIÁRIO DO NORDESTE, esperamos o melhor da presidente DILMA ROUSSEFF para o BRASIL e seus brasileiros e brasileiras, independente da nossa divergência com relação a campanha eleitoral e a ausência de debate econômico.
Boa sorte DILMA, a primeira brasileira presidente do BRASIL.

sábado, 30 de outubro de 2010

REFLEXÃO ELEITORAL 2010.

Em dia de eleição, nada como lembrar ARNOLD TOYNBEE, economista inglês, que trabalhava com história econômica, compromisso e desejo de melhoria nas condições das classes sociais e sua famosa frase:
“O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam."

ELEIÇÕES 2010 - A PEQUENA FINAL!

SERRA + DILMA = DEZ letras.
DEZ é a nota que todos desejam.
Uma pena que a campanha terminou, a eleição é amanhã, muita coisa não foi explicada e os aspirantes ao Planalto NÃO receberam nota DEZ.
Mais uma vez o BRASIL perdeu a chance de discutir o presente.
Nesse caso, que vença quem tiver maior número de votos, é claro.

sábado, 23 de outubro de 2010

CANDIDATOS SEM POLÍTICAS FISCAIS.

O alerta abaixo foi matéria publicada no FINANCIAL TIMES e aqui no portal UOL. É fato: para agradar seus eleitores, os candidatos NÃO divulgam suas propostas de maneira formal e o futuro fica imprevisível. Coisas de Brasil...
Após meses de uma campanha frívola e de um primeiro turno inconclusivo, os eleitores que participam da eleição presidencial do Brasil finalmente deverão saber algo de concreto a respeito da escolha que farão no segundo turno, em 31 de outubro. Muitos economistas temem que o agravamento das condições econômicas globais e uma inundação de capital especulativo provocada pela política monetária expansionista no mundo desenvolvido façam com que as problemáticas contas públicas do Brasil sofram mais pressões no ano que vem. Mas os candidatos à presidência não têm se mostrado dispostos a dizer como enfrentarão tais problemas. Dilma Rousseff, a candidata governista do Partido dos Trabalhadores (PT), uma agremiação de esquerda, surpreendeu quase todo mundo no Brasil ao mostrar-se incapaz de obter uma vitória no primeiro turno da eleição em 3 de outubro. Apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que conta com a aprovação de 80% dos eleitores, ela contava com uma expressiva liderança nas pesquisas de intenção de voto. José Serra, da sigla centrista de oposição, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), empenhou-se em responder ao apoio de Lula da Silva a Rousseff e à poderosa mistura, utilizada pelo governo, de uma política monetária rígida, uma política fiscal flexível e programas baratos, mas bem aplicados, de transferência de renda. Essas políticas inseriram milhões de indivíduos no mercado consumidor pela primeira vez e poderão gerar um crescimento econômico de pelo menos 7% neste ano. A campanha de Rousseff prometeu continuidade, e evitou fazer qualquer promessa relativa a políticas governamentais. Já a campanha de Serra foi criticada até mesmo pelos seus aliados devido à falta de uma mensagem clara. Mas ele chegou ao segundo turno em parte porque uma terceira candidata, Marina da Silva, do Partido Verde, tirou votos de Rousseff. ndré César, um consultor político de Brasília, diz que agora os candidatos terão que apresentar as suas políticas. “Os eleitores querem ouvir o que os candidatos farão quanto aos problemas mais importantes enfrentados pelo Brasil”, diz André César. “Chegou a hora de eles apresentarem pelo menos alguns sinais daquilo que pretendem fazer”. Esse processo teve início no fim de semana passado, quando Paulo Bernardo, o ministro do Planejamento, declarou em uma entrevista concedida a um jornal que, caso eleita, Rousseff – que continua sendo a clara favorita – reduzirá os gastos governamentais, algo que é tido pelos economistas como essencial para que o Brasil reduza as suas altíssimas taxas de juros e alcance um crescimento sustentável. “São medidas necessárias? Creio que sim. Mas isso não representará uma mudança de direção”, disse ele ao jornal “O Estado de São Paulo”. Bernardo acrescentou que os aumentos dos salários do funcionalismo público, que representam uma das maiores parcelas dos gastos, terão que ser “compatíveis com a inflação baixa”. No entanto, muitos economistas estão céticos quanto ao compromisso de Rousseff com a disciplina fiscal e apontam para os recentes aumentos de gastos públicos, ainda que a economia tenha se recuperado após uma curta recessão no ano passado. “O governo brasileiro enxergou a necessidade de políticas anticíclicas em 2008 e 2009, mas quando deixou de considerar essas políticas necessárias, ele preferiu não reverter os padrões de gastos, apesar da virada para cima na economia”, diz Nick Chamie, diretor de pesquisas sobre mercados emergentes do RBC Capital Markets, em Toronto. Serra é tido como um conservador fiscal que teria maior possibilidade de controlar os gastos. Em uma entrevista a redes de televisão na última terça-feira, o candidato prometeu mudanças na política econômica, incluindo “a questão dos gastos públicos”, sem entretanto entrar em maiores detalhes. Ele defendeu também as privatizações, uma estratégia arriscada, já que tais medidas continuam sendo impopulares no Brasil, apesar da melhoria drástica dos serviços como as telecomunicações após as privatizações implementadas no final da década de noventa pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que é membro do PSDB. A campanha de Rousseff está prometendo “continuar sem privatizar”. Fernando Henrique Cardoso, apesar de ser considerado o indivíduo que criou as bases para a atual prosperidade do Brasil, esteve ausente da campanha de primeiro turno de José Serra. Depois disso ele assumiu um papel mais ativo por trás dos bastidores e, segundo pessoas próximas à campanha de Serra, em breve aparecerá pessoalmente na campanha. Muitos investidores têm praticamente ignorado esta eleição, acreditando que nenhum dos dois candidatos promoveria muitas mudanças nas atuais políticas econômicas. Outros temem que as questões fiscais tornem-se cada vez mais importantes no ano que vem, especificamente à medida que os Estados Unidos afrouxarem a sua politica monetária, fazendo com que haja uma inundação de “hot money” movida pelo desejo dos investidores de tirar vantagem das altíssimas taxas de juros do Brasil, gerando assim mais desequilíbrios.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ACORDAR PARA UMA NOVA AGENDA.

Hoje na FOLHA DE S. PAULO, o engenheiro e economista LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS, recomenda ”ACORDAR PARA UMA NOVA AGENDA”.
O analista das coisas da economia precisa tomar muito cuidado quando vive em períodos de grandes transformações estruturais. Nesses momentos, a dinâmica conjuntural de uma economia acaba sendo afetada de forma importante por esses fatores estruturais. No início os sinais dessa interferência são muito esparsos e de difícil visualização. Mas, com o caminhar do tempo, as coisas vão ficando mais claras e passam a ser percebidas por um número maior de observadores. Posteriormente o processo de mudanças ganha maturidade e permite uma visualização histórica, quando os indícios iniciais ganham contornos tão claros que mesmo o mais medíocre observador é capaz de entender o que está ocorrendo. Vivemos nos últimos dez anos um desses períodos de profundas transformações estruturais na economia mundial. Ousaria dizer que vivemos hoje momentos tão importantes como os anos seguintes ao fim da Segunda Guerra. A década dos 50 do século passado trouxe de forma inquestionável a ascensão dos EUA ao posto de maior economia no então chamado mundo livre. Hoje, 60 anos depois desse verdadeiro movimento tectônico na economia mundial, entramos em outra fase de rearranjo estrutural e que deve nos levar a um mundo econômico totalmente diferente do de hoje. Assistimos à emergência de uma nova potência -a China- e à mudança do centro econômico para o lado do Pacífico. Mas o que ocorre hoje atinge de forma diferente nosso querido Brasil. Na segunda metade do século passado, a economia brasileira era muito pequena e frágil e não conseguimos ser -sequer- um ator de terceira categoria no processo de redesenho do mundo. Nos dias de hoje, o Brasil é um agente importante no processo de mudanças e faz parte do seleto grupo de nações que vai formar o centro da economia mundial do futuro. Mas, para que possamos usar essas mudanças -em toda a sua intensidade- em benefício da sociedade, é preciso que o novo governo, que tomará posse no início do próximo ano, acorde para o que vem acontecendo fora de nossas fronteiras. E esse não me parece ser o comportamento dos dois candidatos à Presidência no segundo turno das eleições deste ano. Os principais pontos de uma política econômica para o futuro, levantados nos debates a que assistimos, não incorporam os novos desafios que teremos que enfrentar. As propostas continuam a tratar apenas de questões meramente conjunturais, como taxa de juros, política de salário mínimo e questões orçamentárias, entre outras. Sei que, em uma campanha eleitoral nas democracias modernas, é muito difícil que os candidatos tratem de problemas estruturais ou especulem sobre o mundo dentro de dez anos. Mas discutir o que fazer no próximo mandato presidencial, sem sequer fazer referência aos novos desafios -e oportunidades- que vamos encontrar pela frente e à necessidade de mudanças no "soft" econômico que tem sido utilizado, me incomoda muito. Talvez esse comportamento seja ditado pelo péssimo hábito do brasileiro -herdado de nossa cultura futebolística- de não mexer em time que está ganhando. Nos últimos anos a economia brasileira tem sido vitoriosa e motivo de inveja de muitas nações. Mas, para que isso continue, é necessário que se preste atenção ao mundo que deve existir na terceira década do século e que se adapte nossa política econômica vitoriosa a esta nova realidade. Tenho escrito com frequência sobre essa questão neste espaço na Folha. E pretendo continuar a fazê-lo como uma contribuição pessoal ao debate que me parece essencial. Não tenho a pretensão de escrever uma proposta tipo receita de bolo, pois não saberia ir além de alinhar algumas questões que me parecem essenciais. O que viveremos nos próximos anos nas economias brasileira e mundial não tem paralelo histórico. Por isso uma nova política econômica só será construída com debate sério e profundo sobre alternativas. A simples repetição de princípios e propostas tradicionais -seja à direita ou à esquerda do espectro político- não vai nos levar a uma solução eficiente dos problemas que vamos enfrentar.

sábado, 16 de outubro de 2010

REALMENTE, O MOMENTO É DE PRECES!

Direto de Fortaleza, do DIÁRIO DO NORDESTE, mestre SINFRÔNIO mostra a imagem que retrata muito bem o momento atual para duas diferentes situações, porém com o mesmo personagem principal.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

POLÍTICA COM HUMOR EM 2010?

Nesta época de eleições, cuidado para não sujar sua vida. Direto de Fortaleza, o Mestre SINFRÔNIO mostra o Brasil que a maioria não vê.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

BRASIL 2010: ELEIÇÃO SEM EDUCAÇÃO.

A jovem democracia brasileira festejou em 03/10/2010 eleições gerais para presidente da república, dois senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Após uma campanha onde as propostas dos candidatos deram lugar a discussões estéreis, o eleitor foi constrangido a votar em candidatos fabricados pelo marketing político, ao invés de fazer sua escolha por ideias e por planos de governo realistas.
Um total de quase 136 milhões de eleitores votou em seus candidatos e um segundo turno não esperado pelo governo afinal realizou-se, onde a candidata governista Dilma Rousseff (PT) obteve 46,91% dos votos válidos, tendo agora que enfrentar o oposicionista José Serra (PSDB) e seus 32,61% de votos. A sociedade brasileira espera agora que os graves problemas que existem no Brasil sejam afinal debatidos e enfrentados pelo vencedor ou vencedora na eleição que ocorrerá no próximo dia 31/10/2010.
Na realidade, favorecida pela enorme popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelos bons resultados apresentados nas pesquisas eleitorais, a campanha da concorrente Dilma Rousseff de certa maneira sentiu-se vencedora antecipadamente à abertura das urnas e não observou o crescimento da aspirante presidencial Marina Silva (PV), o que levou um enorme número de jovens eleitores, defensores do meio ambiente e de crescimento com sustentabilidade a sufragarem seu nome nas urnas. Em longa entrevista publicada na última edição da The Economist, o próprio presidente Lula disse que acreditava na vitória de Dilma Rousseff e que a mesma surpreenderá o mundo quando chegar ao poder.
Herdeiro e mantenedor da política econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula surfou durante o período de 2002 a 2010 nos bons ventos da economia mundial, conservando políticas que atenuaram no país os efeitos da crise mundial de 2008. E para melhorar ainda mais os números da contabilidade nacional, consegue passar para a população que o Brasil encontra-se com total equilíbrio em suas contas, quando, pelo contrário, os gastos do governo aumentaram de 14% em 2003 para 18% em 2009, em proporção do PIB, o que está colaborando para o aumento da dívida pública e um déficit nas transações correntes para 2010 de quase US$ 50 bilhões.
O mundo real é muito diferente da visão desejada pelo governo, apesar dos avanços sociais que a sociedade brasileira conseguiu nestes últimos 16 anos. No entanto, como escreveu Claudio de Moura e Castro, especialista em educação, “a péssima qualidade da educação é marca registrada do Brasil desde sempre.” Como um país deseja pertencer ao primeiro mundo, se entre suas universidades nenhuma figura na lista das melhores do mundo? A educação é o principal problema da sociedade brasileira e enquanto os governos de ontem e hoje não tiverem isso como a meta principal a ser atingida, teremos um grande país, um dos maiores mercados de consumo do mundo, porém uma população que tem um dos maiores índices de desigualdade do mundo, onde temos regiões com padrão nórdico e outras quase haitianas. Será que os nossos candidatos terão vontade política de colocar a educação como a sua principal bandeira de campanha?

BRASIL 2010: ELEIÇÃO SEM EDUCAÇÃO.

A jovem democracia brasileira festejou em 03/10/2010 eleições gerais para presidente da república, dois senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Após uma campanha onde as propostas dos candidatos deram lugar a discussões estéreis, o eleitor foi constrangido a votar em candidatos fabricados pelo marketing político, ao invés de fazer sua escolha por ideias e por planos de governo realistas.
Um total de quase 136 milhões de eleitores votou em seus candidatos e um segundo turno não esperado pelo governo afinal realizou-se, onde a candidata governista Dilma Rousseff (PT) obteve 46,91% dos votos válidos, tendo agora que enfrentar o oposicionista José Serra (PSDB) e seus 32,61% de votos. A sociedade brasileira espera agora que os graves problemas que existem no Brasil sejam afinal debatidos e enfrentados pelo vencedor ou vencedora na eleição que ocorrerá no próximo dia 31/10/2010.
Na realidade, favorecida pela enorme popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelos bons resultados apresentados nas pesquisas eleitorais, a campanha da concorrente Dilma Rousseff de certa maneira sentiu-se vencedora antecipadamente à abertura das urnas e não observou o crescimento da aspirante presidencial Marina Silva (PV), o que levou um enorme número de jovens eleitores, defensores do meio ambiente e de crescimento com sustentabilidade a sufragarem seu nome nas urnas. Em longa entrevista publicada na última edição da The Economist, o próprio presidente Lula disse que acreditava na vitória de Dilma Rousseff e que a mesma surpreenderá o mundo quando chegar ao poder.
Herdeiro e mantenedor da política econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula surfou durante o período de 2002 a 2010 nos bons ventos da economia mundial, conservando políticas que atenuaram no país os efeitos da crise mundial de 2008. E para melhorar ainda mais os números da contabilidade nacional, consegue passar para a população que o Brasil encontra-se com total equilíbrio em suas contas, quando, pelo contrário, os gastos do governo aumentaram de 14% em 2003 para 18% em 2009, em proporção do PIB, o que está colaborando para o aumento da dívida pública e um déficit nas transações correntes para 2010 de quase US$ 50 bilhões.
O mundo real é muito diferente da visão desejada pelo governo, apesar dos avanços sociais que a sociedade brasileira conseguiu nestes últimos 16 anos. No entanto, como escreveu Claudio de Moura e Castro, especialista em educação, “a péssima qualidade da educação é marca registrada do Brasil desde sempre.” Como um país deseja pertencer ao primeiro mundo, se entre suas universidades nenhuma figura na lista das melhores do mundo? A educação é o principal problema da sociedade brasileira e enquanto os governos de ontem e hoje não tiverem isso como a meta principal a ser atingida, teremos um grande país, um dos maiores mercados de consumo do mundo, porém uma população que tem um dos maiores índices de desigualdade do mundo, onde temos regiões com padrão nórdico e outras quase haitianas. Será que os nossos candidatos terão vontade política de colocar a educação como a sua principal bandeira de campanha?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

E A VIDA CONTINUA NESTE 2010.

Deixando a economia dormindo após esta esta gloriosa ressaca eleitoral, nada como ouvir Marisa Monte, Janis Joplin, Maysa, Madonna, Aretha Franklin, Carmem Miranda, Tina Turner, Rita Lee, Billie Holiday e Elis Regina, até hoje considerada a maior intérprete da música brasileira. E a vida continua...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

HORÁRIO ELEITORAL - ADEUS!

Finalmente não teremos mais que assistir ao macabro horário eleitoral. Que já vai tarde, sem adeus. Por isso, pelo menos vale ver a charge do CLAYTON no jornal O POVO, na sua edição de hoje.

ECONOMIA E ELEIÇÃO EM 2010.

Quem acreditaria que véspera de mais uma eleição presidencial no Brasil, o dólar comercial estaria sendo cotado a R$ 1,6810, o Ibovespa passando dos 70.000 pontos, o risco pais em 203 pontos e a inflação de agosto, medida pela IPCA, em 0,04%? No entanto, meus caros e-leitores, apesar desses exemplos de números mágicos, não se deixem enganar. A economia brasileira necessita de urgentes ajustes e o (a) próximo (a) presidente (a?) deverá tomar medidas “antipáticas”, se realmente deseja transformar o Brasil num país desenvolvido. Ou vocês estão felizes em saber, por exemplo, que os números de saneamento básico no Brasil estão próximos aos dos mais pobres países africanos? Somente à título de exemplo, recentemente o respeitado IBGE registrou que 4 em cada 10 domicílios do País não têm saneamento básico. Portanto, imaginem essa informação dentro do contexto de um país tão grande como o BRASIL

domingo, 19 de setembro de 2010

Ainda chegaremos LÁ?

Bem, se depender do que estamos participando nesta campanha eleitoral de 2010, por mais otimista que eu seja, considero essa possibilidade impossível. Estou sabendo que SE a nossa taxa média de crescimento for de 7,2% ao ano, levaremos TRINTA anos para atingir o atual patamar americano de US$ 46,000 de renda per capita. Na realidade, AINDA estamos abaixo da renda americana registrada na década de 40.

E enquanto deveríamos estar discutindo as alternativas para MUDAR isso, ficamos o dia todo lendo sobre dossiês...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

POLÍTICA COM HUMOR EM 2010?

Direto de Fortaleza, lá do DIÁRIO DO NORDESTE, o humor de quem conhece a realidade brasileira: SINFRÔNIO, esta é nota dez.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Brasil de amanhã.

O Brasil vivencia hoje uma intensa campanha eleitoral, momento esse no qual os candidatos deveriam debater os inúmeros problemas que existem no país. Na realidade o que existe é uma tremenda troca de acusações entre governo e oposição sobre questões que não traz solução as graves dificuldades que o país possui. O presidente da república, ao invés de ser um magistrado, empenha-se na campanha como se ele próprio fosse candidato a sua segunda reeleição. É um período de verdadeiras baixarias, onde quem perde é a própria sociedade.

Apesar de o Brasil continuar neste ano de 2010 com sua economia em ritmo de crescimento, onde o Banco Central já prevê para este ano um crescimento asiático de 7,34%, os pilares da economia necessitam de maior atenção do poder público que, atualmente, no alto de uma popularidade presidencial de quase 80%, dedica-se tão somente a fazer da campanha eleitoral um palco para batalhas.

É bastante claro que num período eleitoral, com o Brasil em crescimento econômico semelhante ao tempo do “Milagre Econômico” nos anos 70 e com um presidente popular, a situação econômica para 2011 não seja divulgada como deveria. Na realidade, o sucessor do presidente receberá um país com sérios desequilíbrios econômicos, onde “terá que decidir entre aumentar a carga tributária e cortar os reajustes do salário mínimo”, medidas totalmente impopulares e que o atual governo não pensa em realizar, apesar da necessidade detectada em estudos dos economistas Samuel Pessoa, da FGV, e Mansueto de Almeida, do IPEA.

A economia brasileira conseguiu, com sucesso, receber os estragos causados pela crise de setembro/2008, sendo um dos últimos países a entrar e dos primeiros a sair. Para isso foram utilizadas várias medidas, como o forte estímulo ao crédito, porém deixaram de fora outras situações que não devem ser relegadas a um segundo plano. O governo não deve esquecer a situação fiscal que ocorreu recentemente em diversos países da Europa e deixar ao sucessor um explosivo déficit nas contas públicas. É inquietante saber que a área econômica do governo tinha até 2012 para equilibrar as receitas com as despesas e agora, no auge da campanha eleitoral, esse prazo passou para 2014.

O país tem tudo para crescer sustentável nos próximos anos. Afinal, o Brasil sediará em 2014 as Olimpíadas e em 2016 a Copa do Mundo, situações onde muitos projetos demandarão valores elevados em investimentos. No entanto, o que se observa nos últimos meses é um retorno a um projeto governamental de uma economia estatizante. Esse filme já foi visto por aqui e o resultado foi dos piores possíveis. É necessário que no Brasil o livre mercado continue atuando fortemente, pois como citou recentemente o economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, “nosso crescimento ainda está um pouco abaixo do potencial e excessivamente dependente do consumo.” Se o atual governo não fizer bem a sua parte, mantendo as políticas macroeconômicas herdadas do governo anterior e que beneficiaram em grande parte o atual presidente, o futuro morador do Palácio do Planalto terá que enfrentar muito trabalho pela frente, com contrariedade para toda a população.

domingo, 5 de setembro de 2010

A ECONOMIA BRASILEIRA PRÉ 2011.

Nesta época de eleição, para quem ainda está indeciso, gostei desta entrevista à Folha, do economista RICARDO HAUSMANN, diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional da Universidade Harvard e um dos mais respeitados especialistas em teoria do desenvolvimento econômico.

FOLHA - Houve avanços desde que o sr. escreveu sobre as barreiras ao crescimento no Brasil em 2008?

RICARDO HAUSMANN - Talvez você se lembre que [no estudo] eu era otimista sobre muitos aspectos estruturais do Brasil. O Brasil tem um setor privado muito forte, tem muito potencial de crescimento do investimento em muitas áreas promissoras.
Mas, nos anos de boom antes da crise de 2008, o Brasil era um dos países que cresciam às menores taxas na América Latina.
Minha avaliação era a de que isso se devia a uma taxa baixa de poupança doméstica, que exigia taxas de juros ridiculamente altas para evitar que a economia tivesse um aquecimento excessivo.
Aí veio a crise e o governo respondeu com políticas anticíclicas. Aumentou significativamente a oferta de crédito via BNDES e Banco do Brasil em um momento em que havia uma parada cardíaca financeira.
Diria que, de forma geral, a crise foi bem administrada. Mas o principal problema com muitos países, e o Brasil é um exemplo, é que, quando as coisas começam a parecer bem, eles se tornam arrogantes. Passam a acreditar num mundo de fantasia.

O que o sr. quer dizer com mundo de fantasia?

Só porque o Brasil teve por um trimestre uma taxa de crescimento acima de 7%, o Brasil agora é a nova China e o Lula é um gênio das finanças, e todos os problemas anteriores não existem mais porque o Brasil é um país diferente.
Há toda uma narrativa que tem sido criada por conta de alguns bons trimestres no Brasil que pode levar a políticas macroeconômicas muito inconvenientes. Essa narrativa é particularmente conveniente na época de eleições.
A primeira coisa que já está acontecendo é que a Selic [taxa de juros básica da economia] está subindo. Se você quisesse que a Selic aumentasse menos, a ideia seria compensar com políticas fiscais e de empréstimo pelo setor público mais estritas.
Porque, de certa forma, o Brasil é um país esquizofrênico. Você tem uma política fiscal em que o BNDES tem o pé no acelerador e o Banco Central tem o pé no freio.
Essas combinações são particularmente perigosas porque deixam a Selic muito alta em um período em que as taxas de juros globais estão muito baixas.
Isso leva os investidores a pegar dinheiro emprestado em dólares, em ienes ou em euros para colocar dinheiro no Brasil, o que gera uma forte apreciação da taxa de juros e a possibilidade de desindustrialização.

Alguns defensores da atuação recente do BNDES citam países da Ásia que atingiram altas taxas de crescimento sustentado por meio de políticas industriais. O que o sr. acha desse paralelo?

Não tenho problemas com políticas que complementam o setor financeiro, viabilizando a disponibilidade de crédito para investimentos em áreas difíceis da economia.
Não sou, de forma alguma, crítico em relação à contribuição potencial do BNDES para o desenvolvimento do país. Mas é uma organização que foi desenvolvida na época da inflação alta para proteger a economia das taxas de juros reais muito altas.
A inflação não é mais um problema no Brasil.
Seria possível que o BNDES mantivesse o foco de sua política em empréstimos para investimentos municipais, investimentos de longo prazo, apoiando pequenas e médias empresas, mas a uma taxa de juros que refletisse a Selic e não a uma taxa de juros que é muito inferior à Selic, que cria a distorção de gerar demanda excessiva pelos fundos que o BNDES tem de gerenciar.

O sr. vê o crescente deficit em conta-corrente do Brasil, em tempos recentes, como um problema?

A deterioração do deficit em conta-corrente indica que a expansão do gasto no Brasil é mais rápida do que a expansão da produção.
O efeito disso é apreciar a taxa de câmbio, desestimulando as atividades exportadoras, para liberar recursos produtivos para atender a esse boom temporário do consumo. Todas as indicações são de que as condições fiscais e a política financeira do setor público são excessivamente expansionistas. Isso vai causar prejuízo para as perspectivas de crescimento de longo prazo do Brasil.

A economia brasileira ainda é bastante fechada ao comércio exterior. Isso limita o crescimento de longo prazo?

Acho que o Brasil tem os produtos com os quais poderia ter uma presença muito maior no comércio internacional. Vocês são gigantes em agricultura, em mineração. Têm uma presença marcante na produção de aeronaves. Há uma atividade industrial vasta que poderia gerar uma presença muito maior. Mas a administração macro no Brasil tem sempre conspirado contra o potencial de longo prazo.

E isso continua acontecendo?

Na minha opinião, está piorando. Quando o Lula foi eleito, em 2002, houve uma crise econômica e ele foi muito cuidadoso ao dar confiança ao setor privado.
Agora, eles começaram a pensar que sabem mais e estão menos dispostos a serem cuidadosos. Estão se tornando mais ideológicos.
Do ponto de vista econômico, as políticas são insustentáveis como as adotadas na diplomacia.
Agora que o Brasil é grande, pode ir para a cama com o Ahmadinejad [Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã] no Irã ou hospedar o Zelaya [Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras deposto em junho de 2009] na sua embaixada em Honduras etc.
É uma atitude de que agora o país é independente, um poder diferente, e, portanto, pode confrontar o senso comum. Esse tipo de arrogância na política externa tem sido desastrosa.
E esse tipo de arrogância tem o perigo de ser igualmente desastrosa para a administração macroeconômica.

As pesquisas de intenção de voto mostram grandes chances de vitória da candidata do presidente Lula. O sr. acha que isso levará a uma continuação dessas políticas que o sr. critica?

Todo mundo sabe que o presidente Lula tem sido superpopular e ele construiu um capital político enorme. Mas esse capital político enorme não se traduziu em nenhuma reforma significativa durante seu segundo mandato [2007-2010].
Ele não tem nada a mostrar em termos de ter resolvido problemas antigos relacionados à baixa taxa de poupança, ao sistema de previdência, à infraestrutura, a ter uma estrutura tributária mais normal e funcional.
Apesar do seu enorme capital político, ele não foi capaz de fazer nenhuma reforma significativa como as feitas pelo antecessor dele.
E, recentemente, ele tem se movido na direção contrária. A grande sorte do presidente Lula foi ter tido um ótimo antecessor [FHC]. Mas o próximo presidente do Brasil não terá a mesma sorte.

sábado, 21 de agosto de 2010

ELEIÇÕES 2010!

Da sempre lúcida Míriam Leitão: "A Inglaterra acabou de passar por uma eleição cheia de paixões em que o governo trabalhista perdeu por pouco, mas não se viu lá nada do que aqui está sendo apresentado aos brasileiros com naturalidade, como parte da disputa política. Crime é crime. Luta política é um embate de propostas, estilos e visões. O perigoso é essa mistura. Como a História já cansou de demonstrar, democracia não significa apenas eleições periódicas. A manipulação da vontade do eleitor, o uso de meios ilícitos, o abuso do governante ameaçam a liberdade, tanto quanto um ato institucional."

E você e-leitor, o que acha?

sábado, 7 de agosto de 2010

ELEIÇÕES 2010 - O DIA SEGUINTE!

Não é nada fácil a vida de candidato (a) à Presidente da República. Na verdade, todos precisam de uma dose de SIGMUND FREUD. Diante disso, SINFRÔNIO, em total sintonia com o momento, nos brinda com a charge acima, diretamente de FORTALEZA, no jornal DIÁRIO DO NORDESTE.

terça-feira, 27 de julho de 2010

PAUL KRUGMAN E AS ELEIÇÕES!

Meu colega de Princeton, Larry Bartels, resume dessa forma: “Condições econômicas objetivas – não propagandas espertas de televisão, desempenho em debates ou outras campanhas efêmeras cotidianas – são a influência mais importante sobre as perspectivas de reeleição do atual presidente”. Se a economia melhorar fortemente nos meses que antecederem a eleição, os detentores do poder se sairão bem; se estiver estagnada ou em retrocesso, eles não se sairão bem.

NÃO, o texto acima NÃO é de minha autoria, mas assino embaixo.

É do colega PAUL KRUGMAN, Professor de Princeton, colunista do New York Times desde 1999 e vencedor do prêmio Nobel de economia em 2008.

Espero que o alerta possa ser útil para a atual campanha eleitoral brasileira.

VIVA O POVO BRASILEIRO!

Lemos que dos 135.800.000 eleitores brasileiros:
  • 5,9% são analfabetos;
  • 14,6% dizem saber ler e escrever, mas não frequentaram a escola;
  • 33% frequentaram a escola mas não chegaram a concluir o 1º grau.
Logo, 53,5% do eleitorado, na melhor das hipóteses, resvalou pela escola, como bem escreveu Roberto Pompeu de Toledo.
  • Diante disso, quando seremos um país desenvolvido?
  • Diante disso, você, meu caro e-leitor, prevê alguma mudança na política brasileira?
  • Diante disso, alguém terá interesse na EDUCAÇÃO do eleitorado brasileiro?

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...