quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF: PT SAUDAÇÕES.

Considero de menor importância esta discussão sobre se devemos chamar Presidenta Dilma ou Presidente Dilma. Entendo que a situação econômica é complexa e deveria merecer maior atenção do que ficar discutindo esse assunto. Mas gostaria de ratificar a minha posição, utilizada desde o início do governo da Presidente Dilma Rousseff, e para isso utilizo do artigo do Professor PASQUALE CIPRO NETO, hoje na FOLHA DE S.PAULO.

A Senadora Marta Suplicy interrompeu o presidente da Casa para "corrigi-lo". José Sarney usou a forma "presidente" para referir-se a Dilma Rousseff; Marta o interrompeu ("Pela ordem, senhor presidente: presidenta da República", disse ela a Sarney, que, em seguida, disse à senadora que as duas formas são corretas gramaticalmente). O fato é que Dilma Rousseff assumiu há 41 dias, e a polêmica continua, como continuam as manifestações a respeito do tema, algumas descabidas.

Já expliquei aqui que a terminação "-nte", presente em inúmeras palavras portuguesas, espanholas e italianas (e também inglesas e francesas, em que passa a "-nt" -em inglês, "presidente" é "president"; em francês, "président"), vem do particípio presente latino. Seu valor, em nossa língua e nas outras, é o de indicar o agente ("presidente" é "aquele/a que preside").

Também já disse que 99,99% das palavras terminadas em "-nte" têm forma única para o masculino e para o feminino. A mulher que gere (sim, "gere", do verbo "gerir", sinônimo de "gerenciar") uma agência bancária, por exemplo, não é gerenta; é gerente (gerenta, aliás, parece ter um certo tom pejorativo, não?).

A forma "presidenta" é uma das raras exceções, registrada -há muito- por vários dicionários (desde o de Cândido Figueiredo, por exemplo, publicado há quase um século). Outra das exceções, também antiga, é "infanta" ("1. Em Portugal ou Espanha, filha de reis que não é herdeira da coroa"; "2. Esposa do infante", explica o "Houaiss", que define "infante", no caso, como "Em Portugal e Espanha, filho de reis, porém não herdeiro do trono").

"Presidenta" é uma variante de "presidente", que, como as demais palavras terminadas em "-nte", é "substantivo ou adjetivo de dois gêneros". Em outras palavras, tanto faz, ou seja, pode-se empregar "a presidente Dilma Rousseff" ou "a presidenta Dilma Rousseff". Pois bem. O fato de haver registro de "presidenta" certamente decorre do fato de haver uso dessa forma (os dicionários não inventam palavras; registram as que ocorrem no corpus definido para a pesquisa). Mas a existência da variante de uma palavra não dá a ninguém o direito de exigir dos outros o uso dessa variante, muito menos o direito de corrigir quem não a usa, mas...

Posto isso, talvez pudéssemos trocar dois dedos de prosa sobre os possíveis motivos do pito que Marta deu em Sarney. Poder-se-ia pensar que o pito tem tom feminista, mas, como esse campo é minadíssimo, explosivo, prefiro não entrar nele.

Outra hipótese (talvez mais consistente) está em que, com o pito, Marta contesta o fato de que, ao empregar "a presidente", o presidente do Senado ignora o opção de Dilma Roussef por "presidenta". Aí o terreno se torna movediço...

Aproveito o mote para lembrar outros vocábulos que terminam em "-nte", como "adolescente" e "valente", que derivam, respectivamente, dos verbos "adolescer" e "valer". Sim, "adolescente" é "aquele/a que adolesce", assim como "valente" é "aquele/a que vale".

O caro leitor já empregou alguma forma de "adolescer"? Já disse a um de seus filhos algo como "Pobre de mim quando você adolescer!"? Elaiá! Certamente, não. O mais comum é algo como "Pobre de mim quando você entrar na adolescência!", não? Isso prova (mais uma vez) que nem sempre temos noção da relação que há entre as palavras ou de seu processo de formação.

Antes que me esqueça, "adolescer" vem do latim, em que significa "desenvolver-se, crescer". É isso.

APAGÕES NO GOVERNO!

Já que estamos falando do CEARÁ, nada como rever o genial SINFRÔNIO e a sua charge do dia no DIÁRIO DO NORDESTE. E que não venham mais apagões... SE ainda for possível...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

É O MEU CEARÁ!!!

Raramente escrevo sobre o meu CEARÁ, mas hoje, lendo o discurso de agradecimento do bibliófilo conterrâneo JOSÉ AUGUSTO BEZERRA ao receber o troféu Sereia de Ouro, lá em FORTALEZA, destaco com satisfação, trecho que mostra a importância do meu Estado no cenário nacional. Nosso Estado muito tem colaborado também com a inteligência nacional. Fundou a primeira Academia de Letras do Brasil, antes da Academia Brasileira de Letras, criou um dos primeiros Institutos Históricos do país, implantou a primeira Secretaria de Cultura em um estado, e é a sede da Associação Brasileira de Bibliófilos, também a mais antiga em atividade no espaço cultural brasileiro. Aqui nasceram o criador do romance nacional, José de Alencar; o maior historiador do País, Capistrano de Abreu; o elaborador do nosso primeiro Código Civil, Clóvis Bevilacqua; o maior filósofo brasileiro, Farias Brito; um dos maiores filólogos, Heráclito Graça; o maior documentalista, o Barão de Studart; a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, Rachel de Queiroz, cujo centenário de nascimento também ocorre neste ano; o maior poeta popular do Brasil, Patativa do Assaré e daqui saem os grandes humoristas do País. Em outras áreas ainda podemos destacar líderes nacionais. Na religião católica, D. Helder Câmara; na doutrina espírita, Bezerra de Menezes; na religiosidade popular, Padre Cícero; na música, Alberto Nepomuceno; nas revoluções: Antônio Conselheiro, líder da Guerra de Canudos; Tristão de Alencar, Presidente da Revolução do Equador e Dragão do Mar, ícone da Abolição dos Escravos. Então, como povo, somos tão-somente o resultado de tudo quanto antes por aqui se passou, e os troféus são símbolos de momentos importantes dessa nossa História. O Troféu Sereia de Ouro, por exemplo, é um pouco de um homem e seu tempo. Uma síntese da imaginação e um reflexo das esperanças do inesquecível Edson Queiroz, um dos maiores filhos do Ceará, em todos os tempos. Sabemos que ao receber este reconhecimento, uma espécie de Prêmio Nobel da nossa região, levamos conosco, na realidade, um pouco das ideias de alguém que tinha em mente gerar riquezas e empregos para sua terra, e erigiu um conglomerado empresarial. Que estava determinado a criar oportunidades para os filhos do Ceará, através da educação, pois sabia que só pela cultura um povo se salva, e ergueu uma das maiores Universidades privadas do País. Que tencionava estimular a criatividade e o trabalho de outros que também tinham sonhos, na sua região, e instituiu o Troféu Sereia de Ouro.

A ESCOLHA DE DILMA!

Entendo que a medida anunciada hoje pelo governo está no caminho certo - corte de R$ 50 bilhões no orçamento deste ano. Espero que seu objetivo seja alcançado, mas tenho quase certeza que muitos e-leitores lembraram hoje de Lula. Fala Mantega: "A redução de gastos tende a ser definitiva. Pode ter alguma mudança pontual por algum caso no país, como alguma enchente, ou uma arrecadação maior do que o esperado". Caro ministro, realmente está difícil escolher entre aumentar o que já pagamos de impostos ou uma enchente aqui em casa... E na TV vi alguém falando que hoje era realmente o começo do governo. Então está combinado!!!

ESTADOS UNIDOS E CHINA.

Hoje, na FOLHA DE S. PAULO, mais um texto de ANTONIO DELFIM NETTO sobre os EUA e a CHINA.

Uma fotografia vale mais do que mil palavras. Nada poderia exibir melhor a mudança fundamental que está ocorrendo no mundo do que a foto de Hu Jintao e Barack Obama, na visita que fez aos EUA. Um afro-americano e um chinês são os líderes das duas maiores potências mundiais, com uma população equivalente a 1/4 da mundial e 1/3 do PIB total. Eles prometeram uma convivência pacífica e de respeito mútuo. É isso que definirá o destino do resto do mundo nas próximas décadas.

É ilusão do "resto do mundo" pensar que pode explorar as pequenas divergências (quando comparadas aos imensos interesses envolvidos) entre os EUA e a China.

Essa relação simbiótica inicialmente estimulada pela estratégia externa americana (quando explorou a separação entre a velha URSS e a China no tempo da Guerra Fria) cresceu de forma insuspeitada. Atualmente, é de interesse fundamental para a China e os EUA mantê-la.

É grave miopia, também, supor que cada uma delas não procurará expandir suas relações com o "resto do mundo", ao mesmo tempo em que aumentará a sua autonomia militar "dissuasiva". Essa é a situação objetiva da conjuntura mundial, que deve ser considerada um dado do problema na formulação das políticas de desenvolvimento de todos os países do "resto do mundo".

Tomemos como exemplo a taxa de câmbio do yuan, que nos prejudica. Já era evidente, mas reafirmou-se com a visita, o fato de que os "protestos" americanos (como também no que se refere aos direitos humanos) não têm consequência. Faz dez anos que o Congresso americano ameaça denunciar a China como manipuladora do câmbio, o que obrigaria o Executivo a agir.

Por que isso nunca se concretizou? Porque, a despeito da gritaria dos sindicatos, o Congresso serve aos interesses da indústria dos Estados Unidos instalada na China!

A superdesvalorização do yuan serve aos mesmos interesses, ainda que à custa de alguma inflação na China.

Como disse Zhou Qiren, um assessor do BC chinês, "o valor do yuan é determinado livremente pela oferta e procura no mercado de câmbio, no qual o BC é o maior comprador e, portanto, o determina". E acrescentou: "a inflação chinesa, que reduz o poder de compra do cidadão comum é devida, principalmente, ao excesso de emissão de yuans para a compra de reservas". Tudo isso para manter funcionando a simbiótica máquina exportadora chinesa.

É difícil saber como isso acabará. O melhor é aproveitar as oportunidades que agora o quadro nos oferece, mas, ao mesmo tempo, colocar as barbas de molho e construir o mercado interno que necessitamos para dar emprego de boa qualidade a 150 milhões de brasileiros em 2030.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

GEITHNER NO BRASIL E NA FGV!

Na FOLHA DE S. PAULO de hoje, o secretário do Tesouro dos EUA elogiou a atuação das autoridades econômicas brasileiras na gestão do câmbio. E isso durante palestra na nossa Fundação Getúlio Vargas - FGV. O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, elogiou, em palestra na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, a atuação das autoridades econômicas brasileiras na gestão do câmbio. Contudo, ele destacou que a equipe econômica "precisa encontrar maneiras para que reformas fiscais que o Brasil tem de enfrentar corrijam alguma pressão de capital". Ele referiu-se ao grande fluxo de recursos que ingressam no País e que colaboram para que o real mantenha-se valorizado em relação ao dólar. De acordo com Geithner, três fatores podem explicar por que há forte fluxo de capitais para o País. "O mundo está muito confiante nas perspectivas para o Brasil", citou ele, primeiramente, referindo-se à expectativa de que o País continue em expansão nos próximos anos, com aumento da renda da população e inflação baixa. Em segundo lugar, destacou "as taxas de juros muito altas", que já baixaram em relação aos últimos anos, graças ao trabalho de autoridades - neste ponto, Geithner citou especificamente o ex-presidente do BC, Henrique Meirelles, que estava ao seu lado como moderador no evento da FGV. Um terceiro motivo citado pelo secretário do Tesouro dos EUA é a adoção de moedas desvalorizadas por países emergentes com certa administração de seus governos - comentário indireto relacionado à China, embora Geithner não tenha citado o nome do país.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

PROBLEMAS Á VISTA!

Conforme já comentado neste espaço sobre o preço do barril de petróleo, hoje no VALOR Roubini alerta para risco de dupla recessao devido à crise no Egito.
SÃO PAULO – O impulso aos preços do petróleo - recentemente fruto da crise política do Egito - pode fazer com que algumas economias desenvolvidas experimentem uma dupla recessão. O alerta é do economista Nouriel Roubini, conhecido por ter previsto a crise financeira mundial. “Este aumento (do petróleo) e a consequente elevação dos preços de outras commodities, especialmente alimentos, pressiona para cima a inflação no já superaquecido mercados dos emergentes - onde o petróleo e os preços dos alimentos representam cerca de dois terços da cesta de consumo -, tem também efeitos negativos no comércio e gera choque de renda nas economias avançadas, recém-saídas da recessão”, afirmou o economista, em artigo publicado no jornal britânico Financial Times. Segundo ele, não é possível saber em qual grau haverá um contágio da crise no Egito para os demais países produtores de petróleo da região. Mas Roubini alerta para o fato de que grande parte das recessões já verificadas seguiram instabilidades no Oriente Médio e suas pressões sobre o preço do petróleo. Ele cita a guerra do Yom Kippur, em 1973, que provocou um forte aumento no preço da commodity, levando à estagflação global; a revolução iraniana em 1979, que desencadeou a recessão de 1980; e a invasão iraquiana do Kuwait, em agosto de 1990. Os preços do petróleo também tiveram um papel importante na recessão global mais recente. Os EUA entraram em recessão em dezembro de 2007, após o estouro da bolha do subprime, mas isso se tornou mundial, apenas no Outono de 2008. “Essa recessão global não foi provocada apenas pelo dano colateral da falência do Lehman. No verão de 2008, os preços do petróleo duplicaram em cerca de 12 meses. Isso foi muito negativo para o comércio e gerou um choque da renda real e não apenas para os EUA, a maior parte da Europa e Japão”, afirmou o economista. Roubini alerta ainda para os riscos de que os protestos contra os governos do Oriente Médio não gerem democracias estáveis, mas provoquem o nascimento de regimes mais radicais e instáveis. Ele classifica como desapontadoras as experiências recentes de “eleições livres” e “democracia” no Oriente Médio.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O VOLUNTARISMO DO PT NA ECONOMIA

Ha dias nao leio o mestre LUIZ CARLOS MENDONCA DE BARROS, porem hoje na FOLHA DE S. PAULO, ele dedica-se a explicar a visao de economia do PT no poder.
Os mercados acompanham com interesse as primeiras ações do governo Dilma. Pequenas decisões ou movimentos mais relevantes da nova equipe instalada no Palácio do Planalto têm grande repercussão no vaivém dos mercados.
Afinal, o Brasil é uma das economias emergentes com maior visibilidade entre os investidores internacionais. Em 2010 fez parte -pela primeira vez- do seleto grupo dos dez países que mais receberam investimentos diretos estrangeiros.
O maior foco da atenção dos analistas tem sido a decisão do Copom sobre juros, a questão do salário mínimo e o corte de despesas no Orçamento fiscal para 2011. Não tenho visto, entretanto, uma análise mais estrutural de como será a gestão da economia nos próximos anos.
Talvez porque o sucesso do governo Lula tenha cristalizado a visão de que o governo do PT segue hoje o receituário econômico de Fernando Henrique Cardoso e ponto final.
Não é essa a minha impressão.
Embora aceite que os valores socialistas mais radicais, que dominaram o PT durante a fase fora do poder, estão hoje superados, entendo que sua visão da economia ainda é a de um grupo de esquerda democrática clássica.
O principal elemento do pensamento desse grupo é o de um voluntarismo da ação do governo na busca do crescimento acelerado.
Gosto da imagem sobre o comportamento do Exército francês na fase inicial da 1ª Guerra Mundial para descrever esse ativismo de grande parte dos governos de esquerda. Era o chamado ""élan", palavra francesa para descrever ""o ímpeto" como a força principal que movia os soldados franceses nas trincheiras da Europa.
No caso dos governos, como o da nossa presidente, a teoria do élan se aplica à busca do crescimento econômico. Nessa versão, as mortíferas metralhadoras alemãs são substituídas por limitações de natureza financeira e econômica que aparecem em uma economia de mercado nos momentos de boom.
Cito dois exemplos clássicos e que já ocorrem neste Brasil no início de 2011: o quase pleno emprego no mercado de trabalho e o deficit financeiro em nossas transações comerciais com o exterior.
O principal motivo dessas verdadeiras armadilhas, em que caem os governos mais tradicionais de esquerda -e é a história que nos mostra isso-, é a incapacidade de seus economistas em aceitar que movimentos importantes em uma economia de mercado acontecem em momentos diferentes. Os economistas chamam de "lags" esses espaços de tempo que ocorrem entre ações dos agentes econômicos -inclusive governos- e seus impactos nos vários mercados.
O exemplo da relação entre consumo e investimento em uma economia como a brasileira é um dos mais importantes para mim. Com o consumo das famílias e do governo em expansão vigorosa, já há alguns anos, começam a aparecer gargalos em vários setores da economia.
Como existe um grande otimismo em relação ao futuro, as empresas -e o governo- estão dispostas a investir na expansão de suas fábricas ou usinas hidrelétricas ou na exploração do petróleo do pré-sal.
Acontece que, durante um tempo, os gastos com investimentos produtivos se confundem com os de consumo, tornando ainda maior a pressão sobre fatores escassos como mão de obra, transportes e energia.
Somente após algum tempo -normalmente longo- esses gastos cessam e temos um aumento da oferta de bens e serviços. No caso do mercado de trabalho, essa armadilha é ainda mais delicada porque o tempo necessário para treinar e formar novos trabalhadores com alguma qualificação é muito elevado.
Vivemos essa situação no Brasil de hoje e, mesmo assim, o nosso ministro da Fazenda vem a público dizer que a meta do governo é crescer 5,5% nos próximos anos.
Isso não acontecerá sem que a inflação se acelere de forma perigosa e o deficit em conta-corrente atravesse a fronteira do bom senso econômico. É preciso reduzir a demanda agregada nos próximos anos para permitir que os gastos de investimento sejam realizados sem pressão sobre os preços.

VISITAS DE ECONOMISTA!

Claro que nao poderia ser diferente para um curioso economista. Visitei o Departamento de Economia da Universidade de Oxford, onde fui muito bem atendido por um "brasileiro" que lah trabalha hah mais de cinco anos. Para completar a viagem visitei a London School of Economics e realmente pude comprovar a qualidade e a organizacao da duas escolas.
Nao eh por acaso que em Oxford temos SEIS premios NOBEL e na LSE temos QUINZE (todos com a foto e uma breve "biografia" na parede).

O PROBLEMA EH DE TODOS!

Realmente o Brasil fica distante do Egito. Mas se a situacao complicar para o ditador Hosni Mubarak, o preco do barril do petroleo irah pelos ares. Trata-se de uma regiao complicada, jah temos o precedente da Tunisia, sendo possivel que esta mareh de "libertacao" chegue a paises como a Argelia, a Jordania, Libia, Sudao, Iemem entre outros e o barril de polvora explodirah.
Com a situacao economica mundial ainda nao recuperada, um novo abalo provocarah reacoes complicadas para todos, inclusive para o BRASIL.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A ECONOMIA QUE DERRETE COM O FRIO!!!

Esta eu li hoje na nossa sempre FOLHA DE S. PAULO, sendo verdade comprovada por mim que o frio derrete mesmo ateh a economia...
A economia do Reino Unido encolheu no último trimestre de 2010 e reforçou o medo de que o país possa voltar à recessão.
O PIB ficou 0,5% menor, resultado muito pior que o projetado até pelos mais pessimistas, que apostavam numa redução no ritmo de crescimento, não numa contração.
A última vez em que a economia recuou foi no terceiro trimestre de 2009. A partir de então, os efeitos da crise global começaram a diminuir.
O principal culpado foi o mau tempo. Os britânicos tiveram o dezembro mais frio em cem anos. Com média de -1C, as pessoas ficaram mais em casa, suspenderam compras e o uso de serviços: foram menos a restaurantes, cabeleireiros. Também a construção civil foi muito afetada.
O governo, que está sob críticas de adotar uma política de cortes de gastos muito agressiva, logo se agarrou ao termômetro para dizer que não é o fim do mundo.
"Não podemos esquecer que foi um dezembro muito frio. Muitos negócios tiveram de fechar por causa do clima", afirmou o ministro da Fazenda, George Osborne.
Osborne diz que não mexerá no programa de cortes. "Não vamos mudar a política fiscal que deu credibilidade internacional por causa de um mês gelado. Isso jogaria o país de volta na crise financeira."
O governo diz que setores menos afetados pelo tempo, como o de manufaturas, foram bem -crescimento de 1,4%.

THE KING'S SPEECH.

Como este blog tambem eh cultura, recomendamos fortemente o filme The King's Speech. Realmente eh cinema de verdade, com historia real, sem necessidade de 1001 efeitos especiais, com dialogos, fotografia adequada dos lugares famosos, boa edicao e excelentes atores. Trata-se daquele filme que voce comeca a assistir e a cada cena aumenta o seu interesse pela historia, principalmente por voce ver na tela pessoas de quem voce conhece a historia .
Merece ganhar todas as suas indicacoes ao Oscar 2011.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

OXONOMICS.

Oxford’s department of Economics is one of Europe’s leading research departments and its members include some of the world’s most distinguished academic economists whose research has made major contributions to modern economic analysis. Six Nobel prize winners in Economics – Sir John Hicks, Lawrence Klein, Sir James Meade, Sir James Mirrlees, Amartya Sen and Joe Stiglitz – are former members of the department and the current faculty includes 14 Fellows of the British Academy and 13 Fellows of the Econometric Society. The department is home to the worlds’ leading research centre for the study of African economies (CSAE), and to the Oxford Centre for the Analysis of Resource-Rich Economies.

The Department is committed to excellence in teaching at the undergraduate and graduate level. Since its introduction in 1920, Philosophy, Politics and Economics has established an unrivalled reputation as the degree programme for able young people seeking careers in politics and public life. PPE graduates have achieved prominence across all spheres of public life: Politicians [Ed Balls, Yvette Cooper, David Miliband, Ed Miliband, David Cameron, William Hague]; defying military regimes [Aung Sang Suu Kyi]; deciding on interest rates [Marian Bell, Tim Besley]; expressing opinions [Tariq Ali, Evan Davis]; running the media [Rupert Murdoch]; writing verse and prose [Dennis Potter, Vikram Seth]; playing cricket [Imran Khan].

Oxonomics = Oxford University + Economic Studies.

Nesta semana, conhecendo um excepcional departamento de economia conforme citado acima, obtido no site da instituicao.
Na proxima, que seja a London School of Economics.

domingo, 23 de janeiro de 2011

O DESPERTAR DE BARACK OBAMA.

Com mais de 14.000.000 de desempregados, SE dentro de mais dois anos o presidente BARACK OBAMA nao conseguir reverter essa situacao, ele tambem perdera o seu proprio emprego.
Conforme aconteceu nos governos de REAGAN, G.H.W. BUSH, CLINTON e G.W.BUSH, a chave para vencer uma segunda eleicao eh a recuperacao da economia, que possa gerar empregos suficientes para reduzir o numero de desempregados.

RISCOS E RECOMPENSAS EM 2011.

Outro texto na FOLHA DE S. PAULO de hoje que merece ser lido com atencao eh do economista NORIEL ROUBINI sobre os riscos e recompensas em 2011.

As perspectivas para a a economia mundial em 2011 envolvem, em parte, a persistência das tendências estabelecidas em 2010.

São: recuperação anêmica e em forma de U nas economias avançadas, enquanto empresas e domicílios continuam a consertar os estragos em seus balanços; e uma recuperação mais forte, em forma de V, nos países de mercado emergente.

Isso resultará em crescimento de cerca de 4% para a economia mundial, com cerca de 2% de crescimento nas economias avançadas e média de 6% para os emergentes. Mas existem tanto riscos quanto possibilidades positivas nesse cenário. Um dos riscos mais importantes é que o contágio econômico se amplie na Europa, caso os problemas da zona do euro atinjam Portugal, Espanha e Bélgica.

Os Estados Unidos representam outro dos riscos. Em 2011, é provável que enfrentem um segundo mergulho no mercado de imóveis residenciais, desemprego elevado e problemas na criação de empregos, uma compressão de crédito persistente, rombos imensos nos orçamentos estaduais e municipais e custos de captação mais elevados.

Além do mais, o crescimento do crédito dos dois lados do Atlântico ficará restrito, já que as instituições financeiras vêm mantendo uma postura de aversão a riscos.

Na China e em outras economias de mercado emergentes, a demora para impor um aperto na política monetária pode alimentar uma alta na inflação que forçaria medidas mais duras posteriormente.

Também existe o risco de que os influxos de capital para os mercados emergentes sejam mal administrados, alimentando bolhas de crédito e de ativos.

Novos aumentos nos preços de petróleo, energia e commodities poderiam levar a termos desfavoráveis de comércio e a uma redução na renda real disponível nos países que são importadores líquidos de commodities, e ao aumento da pressão inflacionária nos emergentes.

Além disso, as tensões cambiais se manterão elevadas. Países com fortes deficit em conta-corrente precisam de depreciação nominal e real (para sustentar o crescimento via exportações líquidas ao mesmo tempo em que a redução de endividamento dos setores público e privado que está em curso mantém a demanda doméstica fraca).

Já os países superavitários (especialmente os de mercado emergente) utilizam intervenções cambiais para resistir a uma valorização nominal das taxas de câmbio e intervenções esterilizadas para combater a valorização real.

Isso está forçando os países deficitários a fazer ajustes na taxa real de câmbio por meio da deflação, o que torna mais pesada a carga de dívidas públicas e privadas e pode conduzir a calotes desordenados.

Mas também existem possibilidades de que as coisas se provem mais positivas. O setor empresarial americano está forte e vem demonstrando alta lucratividade, o que cria o escopo para investimentos de capital mais altos e novas contratações, que contribuiriam para crescimento mais robusto do PIB, acima da tendência para 2011. De forma semelhante, a zona do euro, impelida pela Alemanha, pode avançar aos solavancos rumo a uma maior união econômica e política (alguma forma de união fiscal), o que ajudaria a conter os problemas em sua periferia.

A atenuação dos riscos e algumas surpresas agradáveis nos países desenvolvidos e emergentes poderiam levar a uma elevação maior na demanda por ativos de risco (ações e crédito), o que reforçaria a recuperação econômica.

A retroalimentação positiva do consumo a produção, renda e geração de empregos -tanto dentro dos países quanto entre diferentes nações, via canais comerciais- poderia acelerar ainda mais o ritmo do crescimento mundial.

Até o momento, os riscos e as possibilidades positivas parecem estar bem equilibrados. Mas, se políticas sólidas nos países avançados e nas grandes economias emergentes atenuarem os riscos mais presentes no primeiro semestre -relacionados a incertezas políticas e estruturais-, uma recuperação mundial mais persistente poderia surgir no segundo semestre e se estender até 2012.

NOURIEL ROUBINI é presidente da Roubini Global Economics (www.roubini.com) e professor de economia na Escola Stern de Administração de Empresas (Universidade de Nova York). Este artigo foi distribuído pelo Project Syndicate.

ECONOMIA COM WILLIAMSON.

Na FOLHA DE S. PAULO de hoje, entrevista com o economista JOHN WILLIAMSON, nascido no Reino Unido, em 1937 e Pesquisador do Peterson Institute for International Economics em Washington.

Em seu artigo mais famoso, de 1990, cunhou o termo "Consenso de Washington" que incluía 10 políticas, incluindo liberalização comercial e financeira.

O mercado financeiro tem sido indulgente com o Brasil.
O forte aumento de gastos públicos nos últimos dois anos contribui para o crescente deficit em conta-corrente e, se o governo não realizar ajuste fiscal, "chamará problemas" para o país.
Essas são as opiniões do economista John Williamson, do Peterson Institute for International Economics, sobre a conjuntura brasileira.
Williamson ficou famoso mundialmente pela elaboração, há duas décadas, do controverso receituário liberal que ficou conhecido como Consenso de Washington.
O economista é especialista em assuntos relacionados à economia internacional e conhece bem o Brasil, onde lecionou na PUC-RJ por três anos no fim dos anos 1970.
Williamson defendeu em artigo recente que o regime de câmbio brasileiro poderia ser aperfeiçoado com a adoção de uma espécie de referência para o real, que seria estabelecida pelo governo, mas que não teria obrigatoriedade de intervenção. Leia a seguir trechos da entrevista de Williamson à Folha.
Folha - Quais são as chances de sucesso das medidas anunciadas pelo governo brasileiro para conter a valorização do real? John Williamson - Acho que foram bem-sucedidas em alguma medida, considerando que a taxa de câmbio em relação ao dólar não voltou para o nível que estava antes da crise [financeira internacional].
Acho que isso é um sucesso modesto. As chances de um sucesso completo são muito remotas. Levar a taxa de câmbio para acima de R$ 2 por dólar não é realista porque muitas pessoas querem investir no Brasil agora.
Quais são os maiores riscos associados ao real forte?
Isso implica um deficit em conta-corrente. Mas é necessário mantê-lo em um nível razoável. Um deficit de 2%, 3% do PIB (Produto Interno Bruto) é sustentável, mas, se o deficit chegar a 5%, 6% do PIB, levantaria preocupações sobre o futuro do Brasil.
O que o governo pode fazer para evitar que o deficit em conta-corrente aumente significativamente? Cumprir a promessa de promover um ajuste fiscal?
Certamente o nível atual de gastos do governo é preocupante. O governo Lula conseguiu aumentar seus gastos enormemente sem levantar suspeitas dos mercados. Acho que, de forma geral, houve uma certa indulgência [da parte dos mercados] em relação a isso.
Há risco de que os mercados se tornem menos indulgentes com o Brasil?
Sim, essa é a preocupação, claro. Um deficit em conta-corrente chama problemas para o futuro. Aumenta o nível da dívida em relação ao PIB e não se sabe quanto dessa dívida os mercados vão aceitar.
Não acho que seja uma preocupação de curto prazo. Mas isso é justamente o que causa preocupação, porque governantes podem se "safar" no curto prazo, por isso fazem isso [aumentar gasto].
O governo tem como promover um ajuste fiscal grande?
Sim, acho que isso pode ser feito.
Mesmo considerando que parte do aumento de gastos foi canalizada para reajustes do salário mínimo que tiveram impacto permanente em outras despesas?
Algo que o Brasil precisa urgentemente é reduzir o número das despesas vinculadas ao salário mínimo, particularmente aposentadorias [do setor público] daqueles com altas rendas.
Mesmo com sua alta popularidade, o governo Lula não fez isso.
Bem, Lula não tentou fazer isso. Ele parecia estar feliz em ter as aposentadorias vinculadas ao salário mínimo. Mas esse é o tipo de reforma que se espera do Brasil.
O senhor propôs uma mudança no regime cambial brasileiro que envolveria a adoção de uma espécie de taxa de câmbio de referência. Como isso funcionaria na prática?
A maior diferença [com outros modelos] é que o governo faria um pronunciamento oficial de qual é a taxa de câmbio desejável, em vez de fingir que não tem opinião sobre a taxa de câmbio. Mas eles claramente têm uma visão e as pessoas querem ter alguma indicação sobre qual é o nível desejável.
Essa referência cambial não pode ser inconsistente com perseguir a meta de inflação?
O regime de metas não seria afetado porque o anúncio do nível desejável da taxa de câmbio não representaria uma obrigação de intervir. Seria apenas um pronunciamento dizendo qual taxa de câmbio o governo considera desejável. Os agentes saberiam, no entanto, que o governo poderia intervir para manter a taxa de câmbio próxima ao nível desejado.
A vantagem é que daria uma orientação aos investidores reais do que eles podem esperar no longo prazo, e também alertaria os especuladores sobre o perigo de perder seu dinheiro porque o governo não estaria disposto a aceitar uma taxa de câmbio valorizada e poderia intervir em algum momento.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

OXFORD E ADAM SMITH.

Como ja postei anteriormente, existem economistas que realmente sao parte da nossa historia. No meu caso, desde meu primeiro contato com a ECONOMIA, sou admirador dos trabalhos de ADAM SMITH, JOHN MAYNARD KEYNES e, para nao falar somente dos estrangeiros, cito o brasileiro MARIO HENRIQUE SIMONSEN.
Quando cheguei na Inglaterra fiquei surpreso e feliz ao ver na nota de £20.00 a imagem de ADAM SMITH. Hoje a minha satisfacao aumentou, pois estive no Balliol College, em Oxford, onde por volta do distante ano de 1740, o nosso mestre maior passou uma temporada.
O Balliol College foi fundado em meados de 1260 e mesmo agora no inverno, eh de uma beleza plena.
Do site do colegio, vide abaixo o nome de alguns alunos que por lah passaram:

Some famous alumni

Balliol is renowned for producing Prime Ministers (Herbert Asquith, Harold Macmillan, and Edward Heath), as well as literary figures (Robert Southey, Matthew Arnold, Algernon Swinburne, Gerard Manley Hopkins, Hilaire Belloc, Aldous Huxley, Nevil Shute, Anthony Powell, Graham Greene, Robertson Davies, and Robert Browning). Four Nobel-prize winning scientists studied here: Oliver Smithies, C.N. Hinshelwood, Baruch Blumberg, and Anthony Leggett.

John Wycliffe, who inspired the first translations of the Latin Bible into English, was one of the College's Masters in the fourteenth century. Adam Smith, of The Wealth of Nations fame, was here from 1740-1746. In the twentieth century Balliol man William Beveridge led the development of modern social welfare.

More recent well-known alumni have included Paul Almond, Richard Dawkins, Peter Snow, Bill Drayton, Christopher Hitchens, Cressida Dick, Nicola Horlick, Robert Peston, Boris Johnson, Yvette Cooper, Stephanie Flanders, Amit Chaudhuri, Rana Dasgupta, and Dan Snow.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

INTEREST RATES

Today I read in Financial Times that "Brazil continues to wrestle with dilemma over interest rates. Economists say spending cuts, not rate rises, are the way to curb rampant inflation. The Brazilian economy, just doesn't save enough, which means it's dependent on foreign capital inflows, says Neil Shearing, senior emerging markets economist at Capital Economics".

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...