segunda-feira, 2 de março de 2020
domingo, 1 de março de 2020
Folha: Paulo Guedes, um novo desenvolvimentista?
"O Banco Central certamente baixou os juros. Mas será que deixou de ser uma instituição a serviço de rentistas e financistas por isso? Ou baixou os juros porque a enorme recessão e a queda radical da taxa de inflação o obrigaram?"
sábado, 29 de fevereiro de 2020
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
André Nassif hoje no Valor Econômico - Nova frustração no crescimento e estagnação secular no Brasil.
Após cinco anos da Grande Recessão brasileira (2015-2016), cabe um balanço das políticas econômicas para sustentar a retomada do crescimento econômico no Brasil. Em 2015, a despeito da enorme contração do produto real, escalada do desemprego e aumento da capacidade ociosa, uma política monetária contracionista foi necessária para reverter o expressivo descolamento das expectativas inflacionárias futuras da meta de inflação anual de 4,5%. Entre janeiro e dezembro de 2015, a taxa Selic saltou de 12,25% para 14,25% ao ano, permanecendo neste nível até outubro de 2016. Com a convergência do IPCA para o centro da meta de inflação, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu lentamente a taxa de juros básica, até atingir a mínima histórica atual, de 4,25% ao ano.
A crítica principal ao Copom diz respeito não ao aperto monetário na fase inicial da recessão, mas à lentidão com que os juros básicos foram reduzidos nos últimos dois anos, mesmo com expectativas de inflação abaixo da meta, enorme ociosidade e desemprego em massa da força de trabalho.
O governo aposta que a austeridade fiscal será o principal fator de sustentação de um novo ciclo de expansão
Esse ambiente fortemente depressivo da economia brasileira foi reforçado pelo ajuste fiscal em curso desde 2017, concentrando-o apenas na queda dos gastos correntes governamentais (Emenda do Teto de Gastos), mas descartando outras alternativas que contemplassem tanto o lado das despesas como o das receitas orçamentárias, e preservassem um piso mínimo para os investimentos públicos, que despencaram para níveis insatisfatórios no período recente.
O governo continua apostando na hipótese de que a austeridade fiscal será o principal fator de retomada e sustentação de um novo ciclo de expansão. Seus defensores argumentam que, com corte dos gastos públicos, uma maior consolidação fiscal proporcionará a confiança necessária para que os credores do governo não alimentem expectativas de calote da dívida pública e os empresários se disponham a expandir a produção. Essa hipótese sustenta que a recuperação econômica virá fundamentalmente do lado da oferta agregada.
Depois da crise financeira de 2008, ajustes fiscais baseados na hipótese da austeridade expansionista jamais foram adotados nos Estados Unidos, enquanto na zona do Euro, embora tenham sido adotados, redundaram em notório fracasso. É fácil entender por que: corte permanente de gastos governamentais acarreta retração incremental da produção, renda e emprego em escala nacional, reduzindo o crescimento e a arrecadação de impostos. Ao fim e ao cabo, a economia cresce menos e a situação fiscal piora.
No caso brasileiro, mesmo perante as evidências de enorme ociosidade, queda da massa salarial em virtude do elevado desemprego, investimento anêmico e retração das exportações - em suma, insuficiência crônica de demanda efetiva -, o governo continua apostando em que a economia dessa vez decolará, com crescimento do PIB real em torno de 2% em 2020. Dados os aspectos estruturais e conjunturais da economia brasileira, minha avaliação é que essa projeção deverá se revelar, mais uma vez, frustrante.
A maior parte do mercado acredita que, na ausência de fatores externos adversos - como os imprevisíveis impactos do coronavírus sobre a economia mundial -, as taxas de juros básicas em níveis historicamente mínimos (4,25% ao ano, equivalente a cerca de 1% ao ano em termos reais) terão potência suficiente para destravar o crescimento, seja pelo barateamento do custo de capital para investimento, seja pela expansão do consumo das famílias. O curioso é que, mesmo com uma taxa de crescimento do produto industrial pífio no último trimestre de 2019, dissipação dos efeitos positivos das medidas de estímulo ao consumo proporcionados pelos saques das contas ativas do FGTS, queda das vendas externas e PIB real efetivo rodando 4% abaixo do PIB potencial, o governo e o mercado financeiro alimentam a quimera de que o Brasil poderá crescer em torno de 2% em 2020.
Há boas razões para duvidar que isso ocorra, mesmo que eventuais choques externos fiquem fora do radar. Se a equipe econômica não se convencer de que a agenda de reformas estruturais para destravar a oferta agregada, como a previdenciária, tributária, concessões públicas etc., só produz efeitos no médio e no longo prazos e que, sem medidas efetivas de estímulo à demanda agregada, a economia não conseguirá sustentar uma recuperação mais firme, o mais provável é que a economia brasileira cresça em torno de 1,5% ou até menos. Os fatores que justificam tal projeção são eminentemente internos, e nada têm a ver com as turbulências internacionais em curso.
Primeiro, o nível de endividamento das famílias ainda continua elevado; segundo, a recuperação do mercado de trabalho segue lenta para proporcionar incremento robusto do consumo agregado; terceiro, diversas estimativas registram queda expressiva do PIB potencial entre 2015 e 2017 e, a despeito da reversão dessa tendência no período subsequente, o fato é que a queda do PIB real efetivo foi bem mais acentuada do que o PIB potencial desde o início da recessão até o presente, o que confirma um hiato do produto exageradamente negativo, consistente com um ambiente econômico depressivo, e não com uma economia em recuperação cíclica sustentada; e, finalmente, a queda do PIB potencial, aliada a fatores como expectativas de inflação abaixo ou em torno da meta para 2020 e 2021 e forte redução dos prêmios de risco-Brasil, sugere que a taxa de juros real neutra (aquela taxa não observada, consistente com um hiato do produto zero e com inflação estável e na meta) pode ter caído expressivamente e se encontrar abaixo da taxa de juros Selic em termos reais.
Esse conjunto de fatores sugere que, sem estímulos adicionais à demanda agregada, a política monetária per se não terá potência suficiente para produzir recuperação econômica mais robusta. Esse cenário fica agravado pelo fato de que a enorme depreciação cambial observada desde o segundo semestre do ano passado não produziu qualquer efeito positivo nas exportações. Isso não é tudo. Déficit em conta-corrente de 2,8% do PIB em 2019 - cifra totalmente atípica para uma economia travada -, insuficiência de demanda agregada e taxa de crescimento da produtividade do trabalho praticamente nula sinalizam clara tendência de estagnação secular da economia brasileira.
Para além da agenda de reformas microeconômicas, a reversão dessa tendência requer medidas imediatas de estímulo à demanda agregada, em especial a expansão dos investimentos públicos.
VEJA: A universidade mais próxima - EAD!
Ao longo de seus mais de cinquenta anos, VEJA tem se dedicado largamente ao tema da educação — em todos os níveis. Já na edição de estreia, a revista tratou tanto da reforma do ensino universitário, então em debate no governo federal, como das mudanças no antigo primário que começariam a vigorar no Estado de São Paulo. De lá para cá, foram numerosas as reportagens sobre o assunto, abordando, por exemplo, o analfabetismo, a evasão escolar, a política de cotas, a base curricular e, desde a posse de Jair Bolsonaro, os desastres na gestão do MEC. Tamanho interesse nada tem de gratuito, afinal a educação é a mais eficaz, legítima e nobre via de acesso ao desenvolvimento de um país — e o Brasil não pode ficar alheio a isso.
Nesta semana, VEJA volta ao tema para refletir sobre uma autêntica revolução que vem se concretizando no âmbito dos cursos superiores, provocada pelo ensino a distância (EAD). Trata-se da modalidade educacional que mais cresce por aqui. Já se projeta que em 2019 o total de calouros dos cursos on-line tenha superado o número de matriculados em cursos presenciais: 1,411 milhão, em comparação a 1,203 milhão (o levantamento do Ministério da Educação só sairá em setembro). Isso jamais ocorreu desde que o MEC autorizou as primeiras graduações remotas, em 1996. Segundo o Censo da Educação Superior, estão registrados no país 3 177 cursos virtuais — o que representa um aumento de 116% em relação a 2015. Estima-se que a partir de 2025 o total de estudantes de ensino superior a distância no Brasil superará o número de matriculados em cursos presenciais, seguindo uma tendência global — e irreversível.
O avanço da modalidade está muito vinculado, é claro, ao advento da era digital — que tornou a internet onipresente e consagrou tecnologias como o streaming. Com o uso de tais ferramentas na educação, a sala de aula vai ao encontro do aluno, onde quer que ele esteja e a qualquer hora. No caso brasileiro, entretanto, é inegável que tem pesado ainda para a explosão do ensino superior on-line a situação do país: desemprego elevado, falta de recursos para bancar uma faculdade e escassez de verba estatal para a educação. Aqui, a graduação remota custa cerca de um terço do valor da presencial. Não é coincidência que no Brasil mais de 70% dos estudantes matriculados no ensino superior a distância representem a primeira geração de universitários de suas respectivas famílias.
Pela lei, as graduações on-line precisam seguir as mesmas diretrizes curriculares das presenciais. Assim, egressos de cursos remotos têm alcançado no Enade resultados próximos dos obtidos por aqueles que vêm de turmas presenciais, quando não os superam. Com isso, o temor de que a qualidade das faculdades virtuais pudesse deixar muito a desejar começa a ceder. Outro receio, quanto à aceitação no mercado de trabalho dos graduados a distância, também tem diminuído: um levantamento realizado com recrutadores de todo o território nacional atestou que 79% deles disseram não levar em conta a origem do diploma na hora de selecionar candidatos.
Pujante, o extraordinário salto do ensino superior on-line no país se deve em especial ao setor privado, que conta atualmente com 30% de seus alunos em graduações remotas. A única instituição pública brasileira de nível superior criada para oferecer exclusivamente cursos a distância é a Universidade Virtual do Estado de São Paulo, a Univesp. A USP, a mais prestigiosa referência acadêmica no Brasil, não tem por enquanto graduações on-line próprias. Mas esse é um cenário que deve (e precisa) mudar.
Nosso déficit na área ainda é muito alto. Hoje, somente 21,7% dos jovens de 18 a 24 anos cursam uma faculdade no país e apenas 19,6% da população brasileira de 25 a 34 anos tem formação superior (na Argentina são 40%). E as graduações remotas dispõem de um imenso potencial para modificar esse quadro. O Brasil, para o próprio desenvolvimento, não pode desprezar a modalidade — que é capaz de promover a qualificação da mão de obra nacional e alargar, cada vez mais, a porta da inclusão social.
Publicado em VEJA de 4 de março de 2020, edição nº 2676
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
Jeffrey Sachs: Wall Street não pode queimar Bernie.
Valor Econômico - Jeffrey Sachs - 27/02/2020
O narcisismo e a falta de noção panglossiana da elite de Wall Street são uma maravilha de se ver. Empoleirados no poder, gozando de isenções de impostos, dinheiro fácil e mercados de ações em alta, eles têm certeza de que tudo é perfeito neste melhor de todos os mundos possíveis. Os críticos devem ser idiotas ou demônios.
Quando estou em sua companhia e menciono meu apoio a Bernie Sanders para concorrer à eleição presidencial dos EUA recebo ohs! de espanto, como se tivesse invocado Lúcifer. Eles têm certeza de que Sanders é inelegível, ou de que, se de alguma forma for eleito, ele provocará o colapso da república. Em diferentes graus, os mesmos sentimentos podem ser encontrados até em meios de comunicação “liberais”, como o New York Times e o Washington Post.
Políticos de ambos os partidos fazem o que as elites querem pelo menos desde que Reagan assumiu em 1981. A proximidade entre Wall St e Washington é bem capturada em foto de 2008 que circula: Trump, Bloomberg e Clinton jogando golfe juntos. É uma grande família feliz
Esse desdém é ao mesmo tempo revelador e absurdo. Na Europa, Sanders seria um socialdemocrata convencional. Ele quer restaurar alguma decência básica para a vida americana: assistência médica universal financiada publicamente; salários acima da linha da pobreza para trabalhadores de período integral, juntamente com benefícios básicos, como licençamaternidade e licença remunerada para doenças; educação universitária que não leve os jovens adultos a ter uma dívida por toda a vida; eleições que bilionários não possam comprar; e políticas públicas determinadas pela opinião pública, e não pelo lobby empresarial (que chegou a US$ 3,47 bilhões nos Estados Unidos em 2019).
O público dos EUA apoia essas posições por grande maioria. Os americanos querem que o governo garanta serviços médicos para todos. Eles querem impostos mais altos para os ricos. Eles querem uma transição para a energia renovável. E eles querem limites para a influência do dinheiro na política. Todas essas são posições fundamentais de Sanders, e são corriqueiras na Europa. No entanto, com cada vitória de Sanders nas primárias, a elite confusa de Wall Street e seus gurus favoritos se surpreendem como um “extremista” como Sanders vence a votação.
O resultado, de qualquer maneira, é o descaso chocante da elite (e da mídia da elite) com as vidas da maioria dos americanos. Eles não sabem ou não se importam com o fato de que dezenas de milhões de americanos não têm cobertura básica de saúde e as despesas médicas levam à falência cerca de 500 mil a cada ano, ou que uma em cada cinco famílias americanas tenha patrimônio líquido zero ou negativo e quase 40% tenham dificuldades para suprir necessidades básicas.
E a elite mal percebe os 44 milhões de americanos sobrecarregados com dívidas estudantis que somam US$ 1,6 trilhão, um fenômeno praticamente desconhecido em outros países desenvolvidos. E, embora as bolsas de valores tenham disparado e enriquecido as elites, as taxas de suicídio e outras “mortes de desespero” (como as overdoses de opioides) também dispararam, à medida que a classe trabalhadora caiu ainda mais na insegurança financeira e psicológica.
Uma das razões pelas quais as elites não percebem esses fatos básicos é que há muito tempo elas não são chamadas a prestar contas. Políticos americanos de ambos os partidos fazem o que elas querem pelo menos desde que o presidente Ronald Reagan assumiu o cargo, em 1981, e abriu caminho para quatro décadas de cortes de impostos, quebra de sindicatos e outras vantagens para os super-ricos. A proximidade entre Wall Street e Washington é bem capturada em uma foto de 2008 que voltou a circular: Donald Trump, Michael Bloomberg e Bill Clinton jogando golfe juntos. É uma grande família feliz.
A intimidade de Clinton com os bilionários de Wall Street é reveladora. Essa era a norma para os republicanos desde o início do século XX, mas os vínculos estreitos de Wall Street com os democratas são mais recentes. Como candidato à Presidência em 1992, Clinton manobrou para ligar o Partido Democrata ao Goldman Sachs por meio de seu então copresidente, Robert Rubin, que depois se tornou secretário do Tesouro de Clinton.
Com o apoio de Wall Street, Clinton ganhou a Presidência. A partir de então, os dois partidos dependem de Wall Street para o financiamento de campanhas. Barack Obama seguiu o manual de Clinton nas eleições de 2008. Uma vez no cargo, Obama contratou os acólitos de Rubin para formar sua equipe econômica.
Wall Street certamente foi compensada pelo que gastou com campanhas. Clinton desregulamentou os mercados financeiros, o que permitiu o surgimento de gigantes como o Citigroup (onde Rubin se tornou diretor depois de deixar a Casa Branca). Clinton também acabou com os pagamentos de assistência social para mães solteiras pobres, com efeitos prejudiciais para as crianças pequenas, e intensificou o encarceramento em massa de jovens afro-americanos. Obama, por sua vez, em boa parte deu livre trânsito para os banqueiros que causaram a quebra de 2008. Eles receberam socorro financeiro e convites para jantares na Casa Branca, em vez da pena de prisão que muitos mereciam.
Com a mega-arrogância de um megabilionário, o ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, acredita que pode comprar a indicação democrata ao gastar US$ 1 bilhão de sua fortuna de US$ 62 bilhões em anúncios de campanha e assim derrotar o colega bilionário Donald Trump em novembro.
Este também é muito provavelmente um caso de falta de noção. As perspectivas de Bloomberg murcharam assim que ele apareceu no palco de debates com Sanders e os outros candidatos democratas, que lembraram aos espectadores o passado republicano de Bloomberg, as alegações de ambientes de trabalho hostis para mulheres nas empresas de Bloomberg, e seu apoio a táticas policiais duras contra jovens afro-americanos e homens latinos.
Ninguém deve subestimar o dilúvio de histeria que Trump e Wall Street tentarão criar contra Sanders. Trump acusa Sanders de tentar transformar os EUA na Venezuela, quando o Canadá ou a Dinamarca são as comparações óbvias. No debate de Nevada, Bloomberg, de forma ridícula, classificou o apoio de Sanders à representação de trabalhadores nas diretorias das empresas, como prevê a política de codeterminação da Alemanha, de “comunista”.
Mas os eleitores americanos agora ouvem algo diferente: assistência médica, educação, salários decentes, auxílio-doença, energia renovável e o fim dos incentivos fiscais e da impunidade para os super-ricos. Tudo parece eminentemente sensato, de fato até convencional, quando se deixa de lado a retórica de Wall Street, que é a razão pela qual Sanders tem vencido - e pode vencer de novo em novembro.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
Paul Krugman: "We’re not ready for a pandemic" - 25/02/2020
By Paul Krugman
Opinion Columnist NYT
This is the way the world
ends. This is the way the world ends. This is the way the world ends. Not with
a bang, but with a virus.
OK, it’s not that bad — or at
least I don’t think it is. The coronavirus isn’t the Black Death; so far
there’s no reason to believe that it will be remotely as deadly as the
influenza epidemic that swept the world in 1918-19, killing as many as 50
million people.
But that said, we’ve clearly
missed whatever chance we had of containing the disease’s spread. And it’s
going to be seriously disruptive.
For some reason markets, which
had been weirdly complacent for weeks, decided to panic yesterday. I don’t know
why it took so long, but there are three good reasons to be very worried about
the economic impact of what isn’t yet officially a pandemic, but is obviously
headed for that status.
First, we have a deeply
interdependent world economy, and China — still the epicenter of the pandemic,
although this thing is going global fast — plays a very big role in world
manufacturing. The last time we saw a comparable event — the SARS outbreak of
2002-3 — China accounted for around 7 percent of world manufacturing. Now it’s
more than a quarter, and a lot of production around the world depends on
Chinese components.
And I’m not just talking about
iPhones and all that. China, it turns out, supplies some of the crucial raw
materials used in modern pharmaceuticals. This virus won’t just disrupt world
trade, it will disrupt the medical response.
Second, the world economy is
poorly prepared to handle an adverse shock of any kind. Unemployment may be low
— it’s especially low in the United States, but even in Europe it’s low by
historical standards. But we’ve only been able to get close to full employment
thanks to extremely low interest rates, which means that there’s very little
room to cut rates further if something goes wrong. And the coronavirus looks
like something.
True, we could respond with
fiscal stimulus — public spending and other measures to prop up demand. In
fact, that’s what the Chinese are doing. But the West seems paralyzed by
ideology. In America, Republicans seem incapable of coming up with any proposal
that doesn’t involve tax cuts for the rich. In Europe, the Germans still treat
economics as a branch of moral philosophy; saving is virtuous, and nobody can
convince them that sometimes you need to spend.
Finally, the Trump
administration seems both woefully and willfully unprepared to deal with a
public health crisis. President Obama created a global disease “czar” to deal
with Ebola; Trump eliminated the position, and substantially cut funding for
the Centers for Disease Control, because his administration didn’t consider
pandemics a significant national security threat. So who’s going to take charge
if things get really scary? Jared Kushner?
Two indicators of the
seriousness with which our current leadership is confronting the risks: Rush
Limbaugh, recent recipient of the Presidential Medal of Freedom, dismisses the
coronavirus as just the common cold, being “weaponized” against Donald Trump.
And Larry Kudlow, the administration’s top economist, responded to the market’s
fears by … urging Americans to buy stocks.
We still don’t know how big a
deal this virus will turn out to be. But there are good reasons to be seriously
scared.
domingo, 23 de fevereiro de 2020
No Estadão de 23/02/2020 o artigo de Gustavo Franco: Regina Duarte.
O presidente tem muitos ministros briguentos (ele mesmo não é diferente), que não ajudam, o da Educação está balançando, ele tem muita afinidade com o presidente, mas não dá para afrontar a meteorologia. Mas não se trata do que o presidente realmente é, ou genuinamente acredita e gosta, mas do que pratica diante de condições meteorológicas complexas. O presidente precisa ser de todos os brasileiros e, se for assim, a economia vai responder.
sábado, 22 de fevereiro de 2020
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
domingo, 16 de fevereiro de 2020
FEA/USP: Curso de Economia Comportamental 2020.
O professor Sérgio Almeida informa aos alunos da FEA/USP e interessados, curso de Economia Comportamental que ocorrerá no primeiro semestre com os seguintes tópicos:
1. Por que economia comportamental? Introdução
3. Risco e incerteza: “regret aversion” e "maxmin EU"
4. “Prospect Theory” e preferências “reference-dependent”
5. Contabilidade mental e “choice breacketing”
6. Preferências intertemporais
7. Procrastinação e comprometimento
8. Preferências sociais e altruísmo
9. Finanças comportamentais
No link abaixo, o programa do curso com uma lista de papers e manuais para quem deseja referências de leitura na área:
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