Direto do nosso Ceará, Sinfrônio no Diário do Nordeste, e a nossa homenagem ao genial Chico Anysio.
sábado, 24 de março de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
iPhone e cartório: tudo a ver.
Recentemente
li na VEJA que o iPhone 4S, 32 gigabytes, desbloqueado, é vendido em Nova York
por US$ 815.00. No Brasil, o mesmo aparelho não sai por menos de US$ 1.650.00. Na
mesma matéria, o André Petry informa que na pequena cidade de Alvinópolis, em
Minas Gerais, existem NOVE cartórios e em Bodocó, uma cidade de Pernambuco,
existem QUATRO.
E conclui afirmando que evidente há algo errado quando 20.000
alvinopolenses e 35.000 bodocoenses precisam de TREZE cartórios para viver e
310 milhões de americanos não precisam de nenhum.
Pensando
bem, não é difícil entender porque ainda somos um país com miséria.
Crise na indústria brasileira.
Editorial
do Valor Econômico de hoje alerta que a crise da indústria brasileira vai muito
além do câmbio.
Reportagem
publicada pelo Valor na segunda-feira revelou que um acúmulo de fatores mais
e menos antigos conspirou para deprimir a indústria brasileira,
especialmente o segmento de transformação, nos últimos anos. Infraestrutura
precária, custos elevados de mão de obra, carga tributária alta, spreads
bancários turbinados em cima dos maiores juros do planeta e educação
insuficiente são alguns desses antigos problemas que afloraram com toda intensidade
quando a crise internacional acentuou a tendência de apreciação do real e
aumentou a concorrência mundial.
Os
custos da indústria brasileira vêm subindo continuamente. Conforme a reportagem registrou, a
folha de salários da indústria aumentou 25% desde 2005 em reais, já descontada
a inflação. A energia elétrica, um importante indicador da infraestrutura,
ficou 28% mais cara, apesar da abundância de recursos hídricos. Com a
valorização do real, os custos tornaram-se ainda maiores. Em dólares, a energia
saltou 86%, e a mão de obra, 57%.
Nesse
espaço de tempo, o câmbio teve uma valorização de 40% em termos reais, frente a
uma cesta de 15 moedas, que deixou a indústria brasileira com dificuldades de
competir não só com a China, mas também com a Alemanha.
O
impacto desses fatores na perda da competitividade da produção brasileira foi
fulminante. Em 2004,
a chapa de aço nacional tinha praticamente o mesmo preço da importada. Em 2011,
o aço doméstico custava 75,5% mais do que sete anos antes e o importado subiu
38,2%. O preço sem impostos da tonelada da chapa grossa de aço laminado
brasileiro chegou a US$ 1.130 no ano passado, 31,9% mais cara do que a
importada (US$ 857).
Em
outro exemplo recolhido pela reportagem, o custo da mão de obra industrial no
Brasil, de US$ 10,08 por hora, é um terço da verificada nos Estados Unidos e
Japão, mas é maior do que a de países como o México, cuja indústria
automobilística vem preocupando Brasília, e, naturalmente, do que o da China.
A
produção industrial brasileira perdeu espaço não só no mercado externo mas
também no interno.
Para driblar o aumento de custos, a própria indústria passou a buscar
fornecedores estrangeiros, montou fábricas no exterior e deixou mercados
externos arduamente conquistados para vender aos consumidores brasileiros, que
absorvem os preços mais salgados.
Segundo
dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), levantados em parceria com a
Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), a indústria
brasileira importou 22,4% dos insumos utilizados no ano passado, o maior
patamar da série histórica, iniciada em 1996. Em 2005, o percentual era de
17,2%. Em 2011, enquanto o Brasil teve um superávit de US$ 29,8 bilhões na
balança comercial, a indústria de manufaturas teve déficit de US$ 92,5 bilhões.
O
segmento mais afetado é a indústria de transformação, que ficou estagnada em
2011 (variação de 0,1%), enquanto a indústria crescia 1,6%, e o Produto Interno
Bruto (PIB), 2,7%.
Nos últimos dez anos, a indústria manteve a participação no PIB, com 27,5% em
2011, em comparação com 27,3% em 2000. A indústria extrativa mineral aumentou
sua fatia nesse período. Mas a indústria de transformação perdeu terreno,
encolhendo de 17,1% para 14,6% no ano passado, o menor patamar em cinco
décadas. A indústria perdeu algum espaço também no conjunto do emprego e
responde atualmente por 16% do emprego no país, percentual que estava ao redor
de 17% até 2009.
O
pior desse quadro é que o governo não parece seriamente envolvido em uma
solução abrangente como a complexidade do quadro exige. As iniciativas governamentais têm mais
se assemelhado a improvisos, medidas que não vão em frente ou ataques pontuais.
O Reintegra, por exemplo, que promete devolver ao exportador 3% do valor
exportado por conta de impostos não recuperados, foi lançado em agosto no plano
Brasil Maior, mas até agora não reembolsou nenhuma empresa.
O
governo prefere tentar estancar a desvalorização cambial, mas muitas medidas adotadas acabaram
criando distorções. Além de o câmbio não ser o único problema, esse é um
caminho arriscado porque a desvalorização do dólar é um fenômeno global,
desencadeado pela crise internacional e pelo afrouxamento monetário usado pelas
economias avançadas para tentar reativar suas economias.
O
problema precisa ser enfrentado em todas as suas facetas, levando em conta o
novo cenário internacional de dólar fraco, capacidade ociosa da indústria
global e intensa competitividade.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Previsão 2012: PIB e inflação.
Segundo o Sensor Econômico, boletim bimestral do IPEA, o PIB brasileiro
crescerá 3,5% neste 2012, menor do que o percentual de 4,5% que trabalha o
governo. A taxa de inflação estimada é de 5,3%, superior a meta de 4,5% estabelecida
pelo Conselho Monetário Nacional, mas dentro da margem de tolerância permitida de 2%.
terça-feira, 20 de março de 2012
E o dólar vai subindo a ladeira.
Para os meus dois fiéis leitores - e que estão sempre viajando, informo que o Banco Central através do Focus – Relatório de Mercado – edição de
16.03.2012 registra a expectativa do mercado com relação à taxa de câmbio para
o final de março e também abril em R$ 1,78.
Hoje fechou a R$ 1,82 e não observo perspectiva de baixa.
Dia do Blogueiro.
Leio
na rede que hoje é o Dia do Blogueiro. Desconheço o grau de confiabilidade da
informação, mas como existe dia para tudo, porque não o dia do Blogueiro? Nesse
caso, parabéns para todos os colegas que fazem do blog um instrumento de
comunicação. E por falar em blog, o seu dia é comemorado em 31 de agosto.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Capitalismo.
Em homenagem ao nome deste blog, registro uma frase que li recentemente
num livro do professor Claude Jessua: “O capitalismo triunfou, e não se imagina
agora que tipo de sistema rival lhe possa ser oposto."
Insper - evento em 22.03.2012.
O Insper – Instituição de Ensino e Pesquisa sem
fins lucrativos – promove no dia 22 de março, em seu campus, Seminário
“Fundraising – Melhores Práticas”. O objetivo desse seminário gratuito é o de
disseminar para diferentes Institutos, Fundações e ONGs Brasileiras as melhores
práticas de Governança e perenidade, contribuindo para o desenvolvimento da
sociedade, por meio do fortalecimento dessas Instituições de cunho social.
Como
Keynote speaker, o Insper receberá o especialista em captação de recursos,
Howard Stevenson, para debater as melhores práticas nesta área. Professor da
Harvard Bussiness Administration e membro do Conselho Deliberativo do Insper,
ele traz ao Brasil os conceitos de seu mais novo livro – “Getting to Giving:
Fundraising the Entrepreneurial Way”.
Participantes:
Claudio Lottenberg – Presidente do Hospital
Israelita Albert Einstein e Professor Titular do curso de Ciências Políticas do
MBA em Saúde do Insper. Foi membro do Conselho Nacional de Assistência
Social e do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; ex
Secretário Municipal de Saúde do município de São Paulo. Conselheiro da
Fundação Nacional da Qualidade – FNQ, no triênio 2007-2010 e Membro do Board do
Pan-American Ophtalmological Foundation.
Alvaro de Sousa – Presidente do Conselho
da GOL - Linhas Aéreas Inteligentes e do Conselho Diretor do WWF - Worldwide
Wildlife Fund no Brasil. É também Conselheiro das seguintes empresas e
entidades: WWF International Board of Trustees, Fundo Brasileiro para a
Biodiversidade (FUNBIO), Duratex S/A, CSU-CardSystem e Santos Futebol Clube,
além de Coordenador do Comitê de Auditoria e Conselho Fiscal da AMBEV. É também
Diretor da AdS – Gestão, Consultoria e Investimentos Ltda.
Marcelo Barbosa -
Sócio fundador do Escritório, Conselheiro da Fundação Estudar e Diretor
Estatutário do Insper. É bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Master of Laws pela Columbia
University School of Law.
Mediador:
Claudio Haddad - Presidente do Insper
Instituto de Ensino e Pesquisa (entidade sem fins lucrativos). Membro do
Conselho de Administração da BM&FBovespa, da Ideal Invest S.A., do
Instituto Unibanco e do Hospital Israelita Albert Einstein. Presidente do
Conselho do Brazil Harvard Office, do David Rockfeller Center for Latin
American Studies. Sócio e Diretor Superintendente do Banco Garantia (83-98).
Diretor do Banco Central do Brasil (80-82).
Fundraising – Melhores Práticas
Data: 22/03/2012 (quinta-feira)
Horário: das 9h00 às 12h00
Local: Auditório Steffi e Max Perlman - Campus
Insper
Rua Quatá, 300 -
Vila Olímpia - São Paulo/SP
Estacionamento: Rua Uberabinha, s/nº
Estacionamento: Rua Uberabinha, s/nº
PROGRAMAÇÃO
9h00 – 9h30
|
Welcome Coffee
|
9h30 - 11h00
|
Palestra: Getting to Giving:
Fundraising the Entrepreneurial Way (Howard Stevensen)
|
11h00 - 12h00
|
Mesa redonda:
Captando recursos para uma ONG Internacional (Alvaro de Sousa); Hospital
Albert Einstein um case de sucesso (Claudio Lottemberg); Formação e
Administração de Endowment (Marcelo Barbosa)
|
domingo, 18 de março de 2012
Ilan Goldfajn entrevistado na Folha.
Na Folha de hoje, entrevista com Ilan Goldfajn, ex-diretor do Banco Central.
Na entrevista, Goldfajn diz que problemas como a baixa competitividade da
indústria nacional e a falta de mão de obra qualificada em vários setores são
tão ou mais importantes para o futuro do país do que o nível dos juros.
sábado, 17 de março de 2012
Poupar ou viajar?
A
revista EXAME destaca que entre os países do BRIC, o Brasil é o que tem a menor
taxa de poupança doméstica. Isso significa que depende mais de capitais externos
para financiar seus investimentos. E cita que enquanto a China registra a taxa
de poupança doméstica (% do PIB) de 53,8%, a Índia de 35,4%, a Rússia de 28,2%,
o Brasil tem apenas 17,3%.
Enquanto isso, os aeroportos das maiores cidades do mundo estão recebendo diariamente mais e mais brasileiros. Em
2011 os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 21,2 bilhões. Com isso,
as despesas de brasileiros lá fora cresceram 29,2% em relação ao ano de 2010, que totalizou US$ 16,42 bilhões e bateram novo recorde da série histórica do Banco Central,
que começa em 1947. O recorde anterior havia sido registrado justamente em
2010.
Acredito que precisamos fazer um estágio no Japão...
Bradesco 2012.
Conforme
ranking da Brand Finance, publicado na revista The Banker, o brasileiro
BRADESCO, com US$ 15.692 bilhões, é a 9ª marca de banco mais valiosa do mundo. A 1ª posição ficou com o britânico, o nosso
conhecido HSBC, com o valor de US$ 27.597 bilhões.
sexta-feira, 16 de março de 2012
A reputação da USP.
Editorial da Folha de hoje comenta uma boa
notícia sobre a USP.
A classificação da USP entre as 70
universidades com melhor reputação no mundo evoca a metáfora um tanto gasta do
copo cheio (ou vazio) pela metade. É uma boa notícia, por certo, ainda que não
mereça ser brindada com entusiasmo.
A USP é a única instituição da América Latina
entre as cem da lista das mais reputadas compilada pelo grupo THE (Times Higher
Education).
No ano passado, nem aparecia na relação. Fica longe de fazer feio, de toda
maneira, uma universidade que se encontra no mesmo patamar de centros como a
Universidade Humboldt (Berlim) e o King's College (Londres).
Galgar 30 posições de um ano para o outro,
por outro lado, constitui um salto que não pode ser explicado por repentino
avanço de qualidade. É provável que fatores externos, como a crescente
visibilidade do Brasil -sexta maior economia, a caminho de tornar-se a quinta-
no cenário mundial, estejam por trás da arrancada.
Tampouco se descartam mudanças na consulta do
THE como explicação para o desempenho da USP. Quase 18 mil pesquisadores de
todo o mundo -31% mais que na versão anterior- foram convidados a indicar as 15
instituições de pesquisa mais prestigiosas. Parece plausível que a amostra
inclua número relativamente menor de cientistas da esfera anglo-saxã e europeia
de pesquisa, o que aumentaria a chance de menções a universidades mais
periféricas.
Tais hipóteses não desmerecem a colocação da
USP, é claro. Afinal, duas outras nações do festejado grupo dos Brics -Rússia e
Índia- desapareceram da lista de cem melhores. Só a China segue na relação, com
duas universidades entre as 40 melhores: a Tsinghua (30º lugar) e a de Pequim
(38º).
Deslocamentos assim abruptos dão testemunho,
ainda, da precariedade intrínseca a essas classificações. Basta variar os
critérios -como quantidade de artigos científicos publicados ou número de
patentes e prêmios Nobel- e o peso atribuído a eles para chegar a listas
díspares entre si. O próprio THE traz a USP na 178ª posição num ranking mais
geral, que agrega 12 quesitos ao de reputação.
Tais classificações devem ser tomadas, em
conjunto, apenas como guia para traçar um programa de reforma contínua daquela
que é a melhor universidade do Brasil.
quinta-feira, 15 de março de 2012
A taxa de juro real: o Banco Central e o mercado.
Cristiane Alkmin J. Schmidt é doutora em Economia pela EPGE/FGV, ex-secretária-adjunta da Seae/MF e professora da FGV. Este artigo foi publicado no Valor Econômico.
O Banco Central (BC) sonda as instituições sobre temas que julga relevantes. O tópico da vez é a taxa de juros real neutra do país, que para o BC pode ser até menor do que 4%, pois, para dezembro de 2012, mesmo com uma inflação esperada em 5,27%, a Selic indicada é 9%. A mediana do mercado, porém, considera que ela seja de 5,5%.
A discussão é pertinente e tempestiva, pois o Brasil, ainda que tenha apresentado mudanças estruturais, está com uma dinâmica peculiar: preços relativos estranhos, custo de vida acima do de economias com renda per capita o dobro da brasileira, muito fluxo de capital entrando no país, inflação acima da meta e crescimento abaixo do potencial. Por isso deve-se questionar qual é o juro real que permite à economia crescer sem criar pressão inflacionária.
Pesquisa feita em 2010 aponta que a mediana da taxa neutra era de 6,75%. Há consenso (88%), assim, de que ela decresceu. Mas mesmo que ela siga sendo uma das mais altas do mundo e que haja o desejo (da sociedade, não só do governo) em diminuí-la, a redução da taxa Selic se sustenta no médio prazo?
Antes de responder, pois, vale tocar em dois pontos. Primeiro que, sem choques na economia, se o Banco Central entende que a taxa neutra é mais baixa do que aquela verdadeira (não observável), a demanda agregada é estimulada, que pressiona a inflação. Segundo, uma forma de inferir como ditas taxas divergem é comparar as taxas de inflação efetiva e esperada com relação à sua meta.
Isso posto, até 2004, esses desvios foram elevados, indicando que o BC estava subestimando a taxa neutra ou que a economia estava sofrendo choques. Em março de 2003, por exemplo, o IPCA foi de 17%, a meta de 4%, e a diferença, assim, de 13 pontos percentuais. De fato, além da crise na Argentina, o evento de 11 de setembro e o racionamento de energia, em 2001, após as eleições em 2002, o Brasil passou por um período conturbado, com real desvalorizado, que pressionou ainda mais a inflação nos períodos subsequentes.
Com respeito ao período após 2004, os desvios não foram grandes ou persistentes. A partir de março de 2010, porém, eles sugerem alguma preocupação. Pode ser que revertam, como ocorreu entre junho de 2004 e abril de 2006, mas já são 23 meses consecutivos de desvios positivos e a expectativa é de que sigam assim por pelo menos mais 24 meses (Focus). Não se pode rejeitar, portanto, a hipótese de que o juro real neutro esteja acima daquele que o BC entende que é.
Tome-se, por exemplo, o ano de 2011. Como o IPCA foi de 6,5% e a média Selic de 11,62%, a taxa de juros real implícita foi de 4,81%, valor abaixo da mediana de mercado (5,5%). Não por menos o desvio entre o IPCA e a meta (4,5%) ficou positivo todo o ano de 2011. Em janeiro de 2012, com a inflação em 6,22% e a média-Selic em 10,69%, a taxa de juros real implícita ficou ainda menor, em 4,21%. Finalmente para o ano de 2012, com a inflação projetada em 5,25% e média-meta-Selic ao redor de 9,5%, a taxa real deverá ser de 4%, também abaixo do consenso do mercado.
Em suma, o juro real efetivo (induzido pelo BC ao impor a meta-Selic) parece não estar condizente nem com o que o mercado estima como sendo o neutro, nem com o verdadeiro. Ou seja, esta taxa hoje não parece estar condizente com os fundamentos da economia brasileira.
De certo, os fatos falam por si. Para crescer precisa-se de investimento (a taxa é de 19,3%), que, por sua vez, precisa-se de poupança, que tem sido baixa (17,2%). Adiciona-se o fato de que há 6 trimestres a produtividade não cresce (Ibre/FGV, Valor, 5/3/12) e de que o Brasil parece estar passando pelo "Lewis turning point" (o ponto em que o mercado de trabalho saturado passa a pressionar os salários). Assim, por mais que o produto esteja crescendo abaixo do seu potencial (argumento para reduzir a Selic), o desemprego está baixo (o que pressiona o custo das empresas) e a inflação, mesmo decrescente desde outubro de 2011, está há dois anos acima da meta e pode ficar assim por pelo menos mais um. A inflação de serviços, que representa 25% do IPCA, está acima de 9% e não parece que dará trégua. E com o governo evitando a valorização do real e impondo barreiras à importação, a inflação dos bens comercializáveis pode deixar de ajudar a arrefecer o IPCA.
Impor juro real baixo como o governo vem fazendo e dizendo que continuará a fazer, é, portanto, discutível. Enquanto o BC sustenta que haverá convergência da inflação para a meta, o mercado não enxerga este cenário nem para 2013.
Para dar mais transparência, o BC poderia aumentar a meta de inflação ou, talvez, alterar a sua estratégia com relação à Selic. Diminui-la hoje (até 6%!) para conter o fluxo externo de capitais e estimular o PIB pode significar ter que aumentá-la mais ainda no futuro para frear a inflação.
A realidade é que há dúvidas quanto à meta de inflação que o BC de fato persegue e também sobre o juro real que ele julga ser o neutro. Mesmo considerando os complexos desafios que o BC tem passado, há questionamentos quanto à redução da taxa de juro real, que, como parece ser insustentável, acaba sendo uma estratégia não crível no médio prazo.
quarta-feira, 14 de março de 2012
Mises, sempre atual.
Se
caem as importações, as exportações também caem. Os cidadãos que foram impedidos
de comprar mercadorias importadas, de pagar dívidas a estrangeiros e de viajar
ao exterior não vão entesourar o dinheiro não gasto, aumentando os seus
encaixes. Irão aumentar as suas compras de bens de consumo ou de produção, provocando,
assim, maior tendência de aumento dos preços domésticos. E quanto mais os
preços internos aumentam, mais difícil exportar.
Ludwig
von Mises em “Ação Humana – Um Tratado de Economia" – página 905.
Microcrédito.
Antonio Delfim Netto, hoje na Folha de S. Paulo.
Talvez um dos fatos importantes a respeito da
sociedade brasileira seja a afirmação de "identidade" de um enorme
contingente populacional que gosta de imaginar-se como "classe
média".
Isso, obviamente, não é acidente nem produto
espontâneo. É consequência de um processo civilizatório recente em que as
políticas sociais sujeitas a algumas condicionalidades foram mais bem focadas.
Paralelamente, houve uma "inclusão"
desses cidadãos na economia de "mercado" devido ao forte aumento das
oportunidades de emprego e ao acesso ao crédito.
Uma das características mais marcantes desses
novos cidadãos é a "internalização" de que o fator mais importante
para "subir na vida" é a conquista da educação para si e para seus
filhos, ainda que lhes custe enormes sacrifícios.
Só não percebe essa ascensão social quem
sofre de miopia. É tal ascensão que vai continuar a permitir a construção de um
mercado interno capaz de garantir o mínimo de economicidade e
"incluir" o Brasil, de forma adequada e relativamente segura, na
globalização avassaladora que fragmentou o processo produtivo.
Esses fatos são visíveis na recente pesquisa
feita pela Fondapol (Fondation pour l'Innovation Politique), em meados de 2011,
com jovens de 25 países, em que se perguntou: 1º) Você acha seu futuro
promissor ("prometteur")?; 2º) Você acha o futuro do seu país
promissor?
À primeira pergunta 87% dos jovens
brasileiros responderam afirmativamente, e à segunda, 72%. Isso contrasta com
os EUA, onde à primeira pergunta 81% responderam afirmativamente, mas à
segunda, apenas 37%. O curioso é que na China a coisa se inverte: 73% creem que
têm futuro promissor, mas 82% creem no futuro promissor do seu país.
O governo decidiu estimular o Banco do Brasil
-agora proprietário do Banco Postal- e a Caixa Econômica Federal -que controla
as "lotéricas"- a expandirem cuidadosa e seguramente o microcrédito,
com taxas de juros mais acessíveis e menor burocracia, o que deve aumentar a
"inclusão" social.
É importante dizer que, para fazê-lo, não se
cogita subsídio do Tesouro ou violação das garantias exigidas pelo Banco
Central, mas, sim, redução da distância entre os bancos e o tomador de crédito,
diminuindo o evidente constrangimento dos mais pobres de acessarem os bancos.
Isso vai ser feito aproveitando a
"imagem" e a reputação secular do BB e da CEF -que, para os mais
simples, significam segurança absoluta. A economia de escala deve tornar os
seus "spreads" mais atrativos do que os dos bancos privados que só
agora começam a "descobrir" os potenciais novos clientes e vão ter
que disputá-los.
terça-feira, 13 de março de 2012
USP é universidade que mais forma doutores no mundo.
Agência FAPESP – A Universidade de São Paulo
(USP) é a universidade que mais forma doutores mundialmente. A constatação é do
Ranking Acadêmico de Universidades do Mundo (ARWU, na sigla em inglês) por
indicadores, elaborado pelo Centro de Universidades de Classe Mundial (CWCU) e
pelo Instituto de Educação Superior da Universidade Jiao Tong, em Xangai, na
China, que aponta a universidade paulista como a primeira colocada em número de
doutorados defendidos entre 682 instituições globais.
O ranking também indica a USP como a terceira
colocada em verba anual para pesquisa, entre 637 universidades, além de a
quinta em número de artigos científicos publicados, entre 1.181 instituições em
todo o mundo, e a 21ª em porcentagem de professores com doutorado em um
universo de 286 universidades.
Na avaliação de Vahan Agopyan, pró-reitor de
Pós-Graduação da USP e membro do Conselho Superior da FAPESP, a liderança
mundial na formação de doutores, apontada pelo levantamento global, deve-se à
tradição da pós-graduação da USP no Brasil.
Em 1965, quando foram definidas as novas
diretrizes da pós-graduação no país, baseadas no trabalho de Newton Sucupira
(1920-2007) – responsável pela criação do Conselho Federal de Educação,
atualmente Conselho Nacional de Educação – a USP já possuía um número muito
expressivo de docentes com doutorado, e se destacou como a universidade que
viria a suprir a demanda do país por mestres e doutores.
“Nas décadas de 1970 e 1980, praticamente
metade dos doutorados no Brasil eram realizados na USP, e hoje mais de 20% dos
pós-graduandos no país também obtém o título de doutor aqui. Isso permitiu que
a universidade se tornasse um grande centro mundial de pós-graduação, agora
confirmado por esse ranking internacional”, disse Agopyan à Agência FAPESP.
Nos últimos dez anos tem diminuído o número
de mestrandos e de doutorandos na USP. Em 2011, pela primeira vez o número de
doutorandos na universidade, que celebrou em agosto a concessão de 100 mil
títulos de pós-graduação, foi maior que o de mestrandos.
“É um reflexo do aumento no número de
programas de mestrado oferecidos em todo o país. Em função disso, os
pós-graduandos estão preferindo realizar mestrado em sua própria região e
procuram a USP para fazer doutorado ou alguma outra atividade mais especial”,
avaliou Agopyan.
Por outro lado, o número de estudantes de
pós-graduação da USP tem se mantido estável nos últimos anos. Atualmente, a universidade
conta com cerca de 23 mil alunos de pós-graduação stricto-sensu e titulou 2.192
doutores e 3.376 mestres em 2011 – números que oscilaram pouco nos últimos 15
anos.
“Nós já somos grandes e estamos trabalhando
no máximo da nossa capacidade há vários anos. Cada um dos nossos docentes tem,
em média, mais de cinco orientandos, que é um número elevadíssimo”, afirmou
Agopyan.
Segundo o pró-reitor, esse fenômeno também é
comum às principais universidades no mundo, como as norte-americanas, europeias
e chinesas listadas no ranking, cujo número de pós-graduandos também está
bastante estável e seus programas de pós-graduação operam no limite de suas
capacidades.
Um dos fatores atribuídos por Agopyan para a
USP continuar liderando a formação de doutores é a atuação da universidade em
todas as áreas do conhecimento, sendo que as universidades no exterior
normalmente têm algumas áreas de especialidade. “Somos uma instituição
pluridisciplinar”, destacou.
Na avaliação de Agopyan, o desafio agora é
ser não apenas a maior, mas a melhor em formação de doutores no mundo. Para
isso, a USP tem buscado padrões internacionais de qualidade, por meio da
promoção da mobilidade de seus docentes e alunos para outros países, da
avaliação e do apoio aos seus programas de pós-graduação. “Não queremos apenas
quantidade, mas sim qualidade”, afirmou.
A FAPESP desembolsou R$ 277,3 milhões em 2010
com Bolsas no país, dentro de seu Programa de Bolsas. Desse total, por vínculo
institucional do pesquisador responsável pelo projeto ou do bolsista, a USP
recebeu R$ 132,7 milhões (ou 47,87%). Em 2010, a FAPESP concedeu 1.362
bolsas de Doutorado e Doutorado Direto.
Além da USP, o ranking elaborado pela CWCU
apontou a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) como a 38ª colocada em
número de doutorados defendidos, a 138ª em número de artigos publicados e a 62ª
em percentual de professores com doutorado.
Por sua vez, a Universidade Estadual Paulista
(Unesp) obteve a 55ª posição em doutorados concedidos, a 150ª colocação em
número de artigos publicados e o 31º lugar em percentual de professores com
título de doutor.
Um outro ranking divulgado em janeiro, o Web
of the World Universities, conhecido como Webometrics, que mede a visibilidade
das universidades nos principais mecanismos de busca da internet, apontou a USP
como a 20ª colocada e a primeira da América Latina, seguida na região pela
Universidade Nacional Autônoma do México, a Universidade Federal do Rio Grande
do Sul e a Unesp. A Unicamp obteve a 9ª colocação entre as universidades
latino-americanas.
Outras universidades brasileiras que figuram
entre as dez mais bem colocadas no ranking latino americano são a Universidade
Federal de Santa Catarina, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a
Universidade de Brasília e a Universidade Federal do Paraná.
The Brazilian Economy.
A revista The Brazilian Economy — versão
eletrônica em inglês da Conjuntura Econômica — comemora seus três anos de
circulação com uma novidade. Agora, ela também pode ser baixada gratuitamente
direto do iPad. Esse é o primeiro aplicativo oficial da FGV na Apple Store, que
pode ser acessado através do link: http://itunes.apple.com/br/app/the-brazilian-economy/id499233709?l=en&ls....
Desde que entrou no ar até hoje, a revista
The Brazilian Economy ajuda a internacionalizar o nome da FGV/IBRE, já que se
encontra disponível em sites como o da Câmara de Comércio e Indústria
Brasil-China, da Câmara de Comércio Brasil-Índia; da Câmara de Comércio
Brasil-Nova York; da Câmara de Comércio Brasil-Flórida e do site da George
Washington University, além de ser distribuída para todos os membros da Câmara Brasil-Austrália.
Em breve, os leitores também poderão conferir
a revista Conjuntura Econômica no iPad. O processo de inclusão na nova
ferramenta está em fase final de conclusão. O desenvolvimento desse projeto,
coordenado pela Superintendência de Comunicação do IBRE, teve apoio do Núcleo
de Administração do Portal e de Infraestrutura Tecnológica (NAPI).
Deixem o cinto para lá.
Do blog de Paul Krugman, a consciência de um liberal, aqui no Brasil publicado pela Estadão.
Algumas pessoas me pediram uma explicação rápida e fácil para a diferença entre um governo e uma família – basicamente, o problema que haveria em dizer que, quando as coisas vão mal, o governo deve apertar o cinto. Estou trabalhando numa resposta. Mas, quem sabe, possamos usar a Grécia como uma rápida ilustração do problema.
Afinal, poderíamos encarar a Grécia como uma família que gastou demais, endividou-se e, agora, seus membros vêem-se obrigados a fazer tudo aquilo que as famílias fazem quando se descobrem em tal posição: cortar os gastos com aquilo que não é essencial, adiar despesas grandes como o atendimento médico e coisas do gênero, largar seus empregos e reduzir a própria renda – ei, espere aí.
É este o ponto, é claro. Quando uma família aperta o cinto, ela não acaba com os empregos que a sustentam. Quando um governo aperta o cinto diante de uma economia deprimida, muitas pessoas são privadas de seus postos de trabalho; e isto traz efeitos negativos até sob o ponto de vista estritamente fiscal e míope do governo, pois uma economia em retração significa uma arrecadação menor.
Ora, alguém poderia dizer que cortar gastos governamentais não significa realmente eliminar postos de trabalho – alguém que tenha passado os últimos anos numa caverna ou num centro de estudos estratégicos de viés conservador, alheio às informações a respeito de como a austeridade tem funcionado na prática. Pois o resultado das políticas de austeridade na Europa são o máximo que conseguiremos em termos de testes macroeconômicos e, sem exceção, os grandes cortes nos gastos governamentais foram seguidos por declínios acentuados no PIB.
Assim, é melhor deixar o cinto para lá; trata-se de uma péssima metáfora.
segunda-feira, 12 de março de 2012
O PIB de 2011 e depois.
David Kupfer é professor e pesquisador licenciado do Grupo de Indústria e Competitividade do Instituto de Economia da UFRJ (GIC-IE/UFRJ) e assessor da presidência do BNDES. Escreveu este artigo no VALOR ECONÔMICO. As opiniões expressas são do autor e não necessariamente refletem posições do banco.
Já
se disse que toda unanimidade é burra mas no caso do crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) em 2011, dez entre dez analistas econômicos concordaram que
a taxa de 2,7%, recém-divulgada pelo IBGE, embora muito abaixo das previsões
vigentes ao final de 2010, foi satisfatória para um ano que, ao fim e ao cabo,
revelou-se bastante conturbado, cheio de nuvens negras no cenário internacional
e de reviravoltas na política econômica interna. Em comparação com os
trimestres anteriores na série com ajuste sazonal, após apresentar uma evolução
negativa de 0,1% no terceiro trimestre do ano passado, a informação de que o
crescimento do PIB no quarto trimestre foi ligeiramente positivo, nada mais do
que 0,3%, serviu para afastar o temor de que a economia brasileira pudesse
estar entrando em rota de recessão.
Ao
contrário, a sensação dominante é de que o país superou um miniciclo
contracionista e que nos próximos trimestres os números deverão exibir
comportamento melhor, levando a economia a sua marcha habitual, como expresso
na manutenção pela maioria de expectativas de crescimento para este ano em
torno dos 3,5%.
A
observação do PIB pela ótica da demanda ajuda a dar substância a esse quadro. O
crescimento de 4,1% apresentado pelo consumo das famílias em 2011, em parte
devido ao crescimento da massa salarial (4,8% em termos reais, segundo o IBGE),
em parte devido a evolução favorável do crédito, sugere que o polo dinâmico da
economia brasileira na última década está preservado. Em paralelo, embora a
taxa de investimento como proporção do PIB não tenha conseguido avançar em
relação a 2010 (19,3% ante 19,5%), a formação bruta de capital expandiu-se em
4,7%, um resultado positivo, em particular, quando se observa a expansão do uso
de máquinas e equipamentos, que foi de 6% no ano.
No
entanto, se visível, e mesmo justificável, para o conjunto da economia, essa
sensação de relativo conforto não se aplica igualmente a todos os setores componentes
do PIB. Passando-se para a ótica da oferta, especialmente a evolução da
indústria tem provocado preocupações generalizadas. O recuo da indústria geral,
que foi de 0,5% em relação ao terceiro trimestre de 2011 e, especialmente, a
forte retração da indústria de transformação, cujo desempenho foi de -2,5% em
relação ao trimestre anterior e de -3,1% em relação ao quarto trimestre de
2010, indicam tendências negativas de evolução do produto industrial que não
podem ser compreendidas nem muito menos atribuídas somente às questões de
conjuntura.
Esse
desbalanceamento entre demanda e oferta é revelado pela evolução das
importações de bens e serviços, que cresceram 9,7% em 2011. Levando-se em conta
a variação total do PIB, está-se diante de uma elasticidade-renda na qual para
cada ponto percentual de crescimento do PIB, as importações crescem 3,6%. A
partir dessa relação estrutural, pode-se imaginar qual seria a taxa de expansão
das importações se a economia estivesse em franco crescimento: mantida essa elasticidade,
um hipotético crescimento de 5% do PIB implicaria expansão de 18% das
importações. Trata-se de um montante que evidentemente exerceria pesado impacto
sobre a conta corrente que já vem se mostrando deficitária há alguns anos.
Esse
aumento na propensão a importar da economia, que vem se verificando de forma
contínua nos anos recentes, sinaliza que é inegável que a indústria brasileira
vem percorrendo uma trajetória de perda de competitividade. Parte desse fato
está realmente na questão cambial. Como está claro desde que a poeira da grande
crise financeira de 2008 assentou e tornou possível enxergar a nova arquitetura
da economia mundial, a taxa de câmbio competitiva de hoje é mais desvalorizada
do que a de antes. Quer dizer, mantidas as demais condições de formação de
custos, diante de moedas de referência mais desvalorizadas, preservar a
competitividade efetiva da moeda exigiria desvalorizá-la em alguma proporção,
exatamente o contrário do que ocorreu com o real.
No
entanto, outra parte igualmente importante do problema não está no mundo dos
preços e custos e sim no mundo das quantidades. Com a redução do ritmo de
crescimento das economias líderes, e o consequente aumento da capacidade ociosa
da indústria mundial, ocorreu inegável acirramento na disputa pelos mercados
nacionais em expansão e o Brasil, positivamente, está nesse grupo.
Metaforicamente, nesse novo quadro a produção made in Brazil teria que correr
mais rápido para conseguir permanecer no mesmo lugar.
A
economia brasileira enfrentou 2011 dando sinais de que o mix macroeconômico
que, ao longo de quase 20 anos, vem propiciando alguma estabilidade às custas
de algum crescimento, pode ser reformulado e que o país pode enfim começar a se
beneficiar de juros consistentemente menores e de taxas de câmbio senão
competitivas, pelo menos não tão nocivas à atividade industrial.
Mas
o novo quadro competitivo internacional sugere que o sucesso na mudança do mix
macroeconômico não será suficiente. Políticas competentes de desenvolvimento
industrial que defendam a produção nacional - o que não necessariamente
significa defender os produtores nacionais - e assegurem o crescente conteúdo
tecnológico dessa produção - o que não necessariamente se resume a garantir
qualquer conteúdo local - são imprescindíveis.
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