segunda-feira, 12 de outubro de 2009

NOBEL PRIZE ECONOMIC 2010

12 October 2009

The Royal Swedish Academy of Sciences has decided to award The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel for 2009 to Elinor Ostrom - Indiana University, Bloomington, IN, USA, "for her analysis of economic governance, especially the commons" and Oliver E. Williamson University of California, Berkeley, CA, USA, "for his analysis of economic governance, especially the boundaries of the firm".

domingo, 11 de outubro de 2009

NOBEL DE ECONOMIA 2009

Amanhã, 12/10/2009 será o nosso grande dia. Afinal, a Real Academia Sueca de Ciências divulgará o nome do ganhador do 41º Prêmio Nobel de Economia. O prêmio, de 10 milhões de coroas suecas (aproximadamente 1 milhão de euros) será entregue no dia 10 de dezembro, em Escocolmo. Lembrando que o vencedor em 2008 foi Paul Krugman, acreditamos numa escolha menos política e mais técnica.

JORNAL BRASIL ECONÔMICO

É com satisfação que divulgamos a entrada de mais um jornal neste imenso BRASIL. Especialmente ainda por ser na nossa área de economia. Seja bem vindo BRASIL ECONÔMICO - http://www.brasileconomico.com.br e que traga as informações com a credibilidade que merecemos.
E para sabermos se eles vieram para ficar, pinçamos um texto do Ricardo Galuppo, que é diretor de redação do Brasil Econômico. BOA SORTE!
Nos anos 1980 uma máxima em relação ao câmbio — atribuída ao ex-presidente da Volkswagen do Brasil, Wolfgang Sauer — acabou se transformando em verdade nos corredores da FIESP. Dizia o seguinte: “não importa qual é a taxa de câmbio. Ela estará sempre defasada em 30%”.
Enigmática nos dias de hoje, essa frase tinha o peso de chantagem: numa economia que tinha as exportações como única forma de se obter moeda estrangeira, os exportadores de manufaturados sempre conseguiam o que queriam. Isto é, uma quantidade sempre maior de moeda local em troca dos dólares obtidos no comércio exterior.

Essa imagem me vem à cabeça no momento em que acompanho a crescente valorização do real frente ao dólar. No dia 5 de dezembro de 2008, eram necessários R$ 2,50 para se comprar US$ 1.

Na quarta-feira passada, o mesmo dólar custava R$ 1,75 - uma queda livre de quase 30% em 10 meses. E, pelo ritmo do baile, continuará caindo. Mais: de acordo com o BC, até o final deste ano deverão entrar no país um valor entre US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões.

Esse é o resultado do interesse que os lançamentos de ações e de títulos das empresas brasileiras no exterior têm despertado entre os investidores.

O real continuará sua escalada de valorização frente ao dólar. Conforme Brasil Econômico publicou em sua edição de ontem, é provável que esse movimento prossiga até que se volte à paridade que vigorou nos primeiros meses do Plano Real, em junho de 1994: R$ 1 por US$ 1.

E os exportadores de manufaturados, como ficam? Bem, eles terão de aprender a lidar com essa realidade pois a máxima de Sauer - a dos 30% de defasagem permanente do câmbio - nunca mais prevalescerá.

Da mesma forma que, no início dos anos 1990, as empresas tiveram de aprender a lidar com os concorrentes que surgiram com a abertura do mercado, as companhias atuais terão de se adaptar a essa nova realidade. Terão de se tornar mais competitivas. Como aliás, muitas delas já fizeram.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DEMANDA FOLGADA E TERRORISMO FISCAL

Recebi do meu ex-Professor CARLOS PIO, artigo do colega DIONÍSIO DIAS CARNEIRO, publicado no ESTADÃO de hoje, para reflexão neste início de final de semana prolongado.

Diante do quadro de resistência brasileira ao choque global, a reação de altos funcionários da Fazenda à análise feita no Relatório Trimestral das consequências sobre a demanda do expansionismo fiscal desperta dúvidas em torno do que nos espera no complicado ano eleitoral que se avizinha. Em 2010 a recuperação econômica mundial ainda estará longe do fim. Como se comportará o Brasil? Existe folga na capacidade produtiva? Há risco de desestabilização das expectativas de inflação pela deterioração fiscal que está sendo contratada para os próximos dois ou três anos?

Refletindo sobre os elementos necessários para responder a essas questões, podemos classificá-los em três categorias: o dimensionamento da capacidade produtiva que estará disponível em 2010 para servir ao processo de expansão da demanda global que vem ocorrendo, a valorização relativa da riqueza brasileira e a confiança externa na condução da política econômica de curto prazo. Na primeira categoria, a produção industrial ao final de 2010 ainda estará cerca de 20% abaixo do nível de setembro de 2008. Há espaço para crescer também na agropecuária e na mineração, que foram afetadas pela queda da demanda externa, e em setores industriais que sofreram mudanças estruturais na composição da demanda. Mas continua a haver estrangulamento da infraestrutura, com ou sem PAC. E a rapidez da ocupação da capacidade produtiva nos setores ligados à construção civil requer investimentos, especialmente na qualificação da mão de obra. A mudança na composição dos gastos pode provocar surpresas. O que complica o quadro é que a economia brasileira foi beneficiada por um choque de oferta importante: pré-sal e valorização da riqueza do subsolo e do espaço agriculturável, dado um manejo adequado da expansão da área incorporada. O pleno aproveitamento desses benefícios requer gastos vultosos de investimentos e, sobretudo, um clima de estabilidade de regras que o governo não consegue produzir. O modelo adotado não apoia projetos, e sim coopta empresários para um projeto político de país que fomenta invasões de fazendas e chantageia investidores de grande porte. Nenhum grande empresário se pode dar ao luxo de parecer desalinhado com o governo. O espaço para a expansão de gastos foi dado pela inflação baixa à época do choque. Com a redução dos juros, a queda do superávit primário não comprometeu a dívida. Mas, como sugerem as reações figadais de funcionários da Fazenda às análises dos efeitos do expansionismo fiscal sobre as perspectivas de inflação, mostradas nas entrevistas ao Estado em 2 de outubro, as tripas do partidarismo tendem a substituir o cérebro para distinguir os limites entre estímulos fiscais e irresponsabilidade. O esgotamento da caixa do Fundo de Amparo ao Trabalhador, também coberto pelo Estado na mesma edição de 2 de outubro, é um sintoma prático das escolhas que estarão diante do governo. Até agora, as escolhas de Lula têm mantido a confiança externa no País. Mas dois cenários para a política macro até o final do governo preocupam: o primeiro seria continuar na atual estratégia, gastando o que for conveniente para manter o nível de atividade e o prestígio do governo, deixando a inflação por conta da política monetária. Isso implica gastos públicos comandados pelo ano eleitoral e maior dificuldade para que o Banco Central (BC) possa administrar as expectativas de inflação apenas com sinalizações. Quando cessa o impulso recessivo, este caminho bate em dois limites: a desmoralização do BC e o crescimento da dívida pública e do custo de financiamento. Neste caso, o presidente Lula deixará ao seu sucessor(a) uma herança inglória que repudiou quando nomeou Meirelles para o BC e deu apoio a Palocci para reverter a tendência explosiva da dívida. Dado o quadro fiscal dos principais países, a tolerância com a inconsistência é grande. Isso estimula um segundo cenário, que pode emergir do conflito aberto pela perspectiva de saída de Meirelles e de alguns de seus diretores: o enfraquecimento do BC para diminuir mais o esforço fiscal. Este parece ser o alvo da equipe da Fazenda que assestou suas baterias contra o que denominou de "terrorismo fiscal". Neste caso, o presidente Lula deixará mesmo para o futuro uma herança inflacionária que repetidas vezes reconheceu ser o pior cenário para os mais pobres. Mas este será um problema para seu sucessor.

A REVISTA PIAUÍ E SEUS TEXTOS INESQUECÍVEIS

A revista PIAUÍ que chegou a pouco aqui em casa está sensacional. Um perfil do SERRA NA HORA DA DECISÃO é leitura para iniciar e não parar até o ponto final. Na matéria o economista JOÃO MANUEL CARDOSO DE MELLO, um dos idealizadores do Plano Cruzado, afirma que ele e JOSÉ SERRA partilham a visão de que a POLÍTICA ECONÔMICA é a chave para se resolver os problemas de desenvolvimento e crescimento do BRASIL.

Já o artigo do CHICO DE OLIVEIRA sobre o LULA, lembrou-me do PT de 1989, quando eu, em Águas de Lindóia-SP, era o único no curso que era eleitor do mesmo. Grandes épocas. HOJE, CHICO escreve que “o presidente vestiu a roupa às pressas e não percebeu que saiu à rua do avesso. Ele é o cara, e todo mundo o vê assim. O lulismo é uma regressão política, a vanguarda do atraso e o atraso da vanguarda".

FOLHA: O DÓLAR RIO ABAIXO

Editorial da FOLHA de hoje trata de um assunto do meu particular interesse: DÓLAR. "No mês passado, o Banco Central realizou a maior intervenção no câmbio em 17 meses. Na tentativa de enxugar o excesso de dólares que vêm para cá, o BC adquiriu US$ 3,5 bilhões. Ainda assim, a moeda dos EUA não para de cair.

Ontem, para adquirir um dólar era necessário R$ 1,74 - valor mais baixo em 13 meses. Trata-se de patamar muito próximo ao que prevalecia até o estouro da crise econômica mundial, em setembro de 2008. No auge do terremoto, o preço do dólar rondou os R$ 2,50 - poucos eram os analistas que previam retorno tão rápido da cotação.

Uma série de fatores concorre para o fenômeno, a começar do fato de que o dólar se desvaloriza no mundo todo - o que dá motivos seja a alívio, pois esse é um sinal de recuperação da economia global, seja a uma certa desconfiança quanto à sustentação do furor do gasto público nos EUA.

Na outra ponta, o Brasil, que promete, aos olhos dos financistas globais, retornos mais altos e seguros ao capital em vários setores - dos títulos públicos ao investimento produtivo -, se torna a vedete da vez. Se as principais moedas se valorizam diante do dólar, o real se valoriza mais.

Os efeitos colaterais de uma oscilação cambial de quase 50%, para mais e para menos, em pouco mais de um ano são sabidos. Ela embaralha o planejamento das empresas e da política econômica. Com a atual rodada de valorização do real, são os exportadores que mais sofrem.

Comprar dólares e empilhá-los nas reservas internacionais é um meio que já se mostrou correto de lidar com a avalanche de divisas. Mas isso não basta. O Brasil precisa enfrentar, desta vez decididamente, chagas que diminuem a capacidade de nossas empresas de competir. É o caso da carga tributária excessiva e mal distribuída, bem como das barreiras institucionais que impedem a queda dos juros."

A IRONIA DE HOJE NA THE ECONOMIST ON LINE

From Economist.com:

Is it premature to give Barack Obama the Nobel peace prize, less than a year into his presidency?

THE NOBEL PEACE PRIZE FOR 2009 - BARACK OBAMA

The Norwegian Nobel Committee has decided that the Nobel Peace Prize for 2009 is to be awarded to President Barack Obama for his extraordinary efforts to strengthen international diplomacy and cooperation between peoples. The Committee has attached special importance to Obama's vision of and work for a world without nuclear weapons.

Obama has as President created a new climate in international politics. Multilateral diplomacy has regained a central position, with emphasis on the role that the United Nations and other international institutions can play. Dialogue and negotiations are preferred as instruments for resolving even the most difficult international conflicts. The vision of a world free from nuclear arms has powerfully stimulated disarmament and arms control negotiations. Thanks to Obama's initiative, the USA is now playing a more constructive role in meeting the great climatic challenges the world is confronting. Democracy and human rights are to be strengthened.

Only very rarely has a person to the same extent as Obama captured the world's attention and given its people hope for a better future. His diplomacy is founded in the concept that those who are to lead the world must do so on the basis of values and attitudes that are shared by the majority of the world's population.

For 108 years, the Norwegian Nobel Committee has sought to stimulate precisely that international policy and those attitudes for which Obama is now the world's leading spokesman. The Committee endorses Obama's appeal that "Now is the time for all of us to take our share of responsibility for a global response to global challenges."

Oslo, October 9, 2009

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

RIO DE JANEIRO E AS OLÍMPIADAS 2016

Como postamos anteriormente, COPA DO MUNDO e OLIMPÍADAS não combinam muito com o BRASIL, MAS já que estamos envolvidos, vamos trabalhar para fazermos o melhor. De qualquer maneira, tudo é possível na leveza do nosso SINFRÔNIO, da nossa Fortaleza, no DIÁRIO DO NORDESTE.
Lembrando que teremos, por enquanto, R$ 25,9 BILHÕES para gastar. SE algum leitor AINDA recorda do PAN no mesmo RIO, por quanto mesmo devemos multiplicar esse valor? E vejam que ainda estamos em 2009... Até 2016 tem muito $$$ em jogo. LITERALMENTE.

A ECONOMIA DE MONA LISA

Direto do http://oglobo.globo.com/pais/noblat/default.asp BLOG DO NOBLAT, neste 05/10/2009, nossa homenagem a mais bela das pinturas: a Mona Lisa do GENIAL LEONARDO DA VINCI, que está à nossa espera no Museu do Louvre. Apesar de existirem outras belas pinturas que gosto, esta é uma das minhas favoritas. Além do que, o sorriso de MONA LISA, NÃO TEM PREÇO e torna belo este blog, pelo menos por alguns momentos!
Por falar em O SORRISO DE MONA LISA, lembro que existe um filme de 2003, com esse título: MONA LISA SMILE, com Julia Roberts no elenco.

domingo, 4 de outubro de 2009

DA SÉRIE: LEITURA INEVITÁVEL

Direto da FOLHA DE S. PAULO, o colega LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS esclarece AS VELOCIDADES DA ECONOMIA MUNDIAL.

Chegamos ao último trimestre de 2009 com as principais economias do mundo funcionando a três velocidades diferentes. Países como o Brasil e a Austrália já saíram do atoleiro e devem entrar em 2010 com o motor próximo de sua potência total. Se ainda não engataram a quarta marcha, estão muito perto de fazê-lo. Já não precisam mais da força das despesas públicas e do superestímulo monetário para fazer andar o setor privado.
Em um segundo grupo - do qual a China é o melhor exemplo- a economia também se recupera de forma clara, mas com forte ajuda do setor público. Finalmente, um terceiro grupo ainda patina mesmo com a forte ajuda dos governos. Esse é o caso dos países mais avançados, como os EUA, a Inglaterra e a Europa Unida. As estatísticas econômicas divulgadas nos últimos dias reafirmam essa imagem que construí para o leitor da Folha há algumas semanas.
Os EUA e seus companheiros do G7 continuam a lutar com a perda de empregos e a queda da renda do trabalho. Os dados referentes a setembro continuam apontando para desocupação em alta e consumo fraco. A recuperação da produção industrial esperada para os próximos meses ainda está sujeita a altos e baixos pela incerteza sobre estoques e demanda final.
Com o consumidor pressionado e o nível de ocupação da estrutura produtiva ainda muito abaixo do potencial, a volta do investimento ainda é um sonho. Embora essas economias devam sair da recessão nos próximos meses, muitos analistas projetam um período de crescimento muito frágil no começo do próximo ano. Alguns temem inclusive outro período de recessão.
No caso da China, os dados recentes mostram uma recuperação mais acentuada da produção industrial e da atividade em geral. Os gastos públicos e os programas setoriais de incentivos ao consumo têm acelerado a atividade local e compensado a perda da força das exportações. O PIB chinês cresce a taxas superiores a 8% ao ano, número fantástico em um mundo sem o consumismo do americano.
Por outro lado, as economias asiáticas que vivem do dinamismo chinês estão se beneficiando da recuperação no país de Mao via maiores exportações de seus produtos. Como já disse a meus leitores, a questão nessa parte do mundo é o que acontecerá com o setor privado quando os gastos públicos voltarem ao normal -e certamente voltarão- em 2011.
Finalmente no grupo formado por economias que começam a voar em céu de brigadeiro, os governos começam a desarmar os mecanismos de estímulos monetários e fiscais estabelecidos durante a crise. Os BCs do Brasil e da Austrália já deram indicações de que vão elevar os juros nos próximos meses para evitar um superaquecimento de suas economias.
O quadro descrito trata de questões conjunturais importantes, mas que escondem um movimento de longo prazo que quero trazer ao leitor da Folha nas próximas colunas. Estamos vivendo um tempo de extraordinárias mudanças no equilíbrio econômico do mundo.
Alguns sinais desse fenômeno são ainda muito sutis e podem passar despercebidos pelo analista menos cuidadoso. Mas a divisão entre ganhadores e perdedores nesse processo vai depender de uma leitura correta dos governos nacionais sobre os novos tempos e as medidas a serem tomadas.
Seria muito bom para nós, brasileiros, que o governo Lula deixasse a euforia de lado e voltasse sua atenção para uma nova agenda estratégica para o Brasil.

sábado, 3 de outubro de 2009

RECADOS DO BANCO CENTRAL DO BRASIL

Também na FOLHA, um editorial com o título RECADOS DO BC para lembrar que AINDA temos problemas na economia brasileira e 2010 nem chegou...

O Banco Central começa a modificar as mensagens sibilinas que transmite aos atores econômicos. Uma elevação da taxa básica de juros, a Selic, poderia ocorrer muito antes do esperado, talvez ainda neste ano de 2009.
Influenciar as expectativas econômicas na base de conversas e recados cifrados é uma iniciativa comum entre as autoridades monetárias, no Brasil e em outros países. A lógica do BC, no caso, é induzir as pessoas que decidem os preços de bens e serviços na economia a moderar seu apetite por remarcações.
Os juros negociados no mercado futuro - que norteiam as taxas dos empréstimos na praça- começaram a aumentar. Esse movimento responde à percepção de que a economia brasileira se acelera num ritmo superior ao anteriormente previsto.
É cedo para fixar tendência nesse sentido, pois a atividade econômica volta de um mergulho atípico, provocado pela crise global. Por ora, há apenas uma confluência de vetores, todos redundando em expansão. Crescem, ao mesmo tempo, as importações, o crédito e o consumo privados, bem como os gastos do governo.
A poupança que a União acumula - o chamado superavit primário - não é tão exígua desde 1998. À medida que nos afastamos da fase aguda da crise, a aceleração da despesa pública deixa de ter um papel estabilizador e passa a trabalhar contra a sustentação do crescimento: fomenta desnecessariamente o nível de consumo, numa economia já reanimada, e atiça a inflação.
Pisar no acelerador dos gastos públicos quando o setor privado pressiona o freio é apenas um dos lados de uma política econômica que se queira "anticíclica". Um governo responsável também precisa cortar seus dispêndios quando as famílias e as empresas voltam às compras.
Do contrário, o remédio conhecido - e repleto de efeitos colaterais - da alta dos juros será inexoravelmente aplicado.

OLÍMPIADAS 2016 - RIO DE JANEIRO - BRASIL

Este blog é de um patriota racional e sem o ufanismo político exagerado por Copa do Mundo e Olimpíada. Nem por isso deixamos de desejar MUITO SUCESSO para os eventos que o BRASIL sediará, mas MUITA PREOCUPAÇÃO com a maneira que o brasileiro tem de ser ORGANIZADO, PONTUAL e HONESTO...

Para melhorar o ânimo, uma boa leitura que a FOLHA faz em seu editorial de hoje. “Foi, sem dúvida, um momento histórico para o Rio de Janeiro, cidade enfim escolhida, em sua terceira tentativa, para sediar a Olimpíada. Entretanto, tão logo se encerrem as justas comemorações e os discursos, os três níveis de governo e o Comitê Olímpico Brasileiro precisam planejar como transformar em realidade as grandes promessas que convenceram os jurados na Dinamarca - e desbancaram concorrentes do porte de Chicago, Tóquio e Madri.

São mais de 2.400 dias até o começo dos Jogos, em 2016 - parece muito, mas não é. O Brasil jamais realizou um evento com essa complexidade e magnitude. Para que obtenha sucesso, será necessário que a "cartolagem" brasileira supere o amadorismo que a tem caracterizado.

Expandir a hotelaria na capital fluminense é um dos desafios. Hoje a cidade possui cerca de 22 mil leitos, quando a exigência do Comitê Olímpico Internacional é que atinja no mínimo 40.000. Apesar de gigantesco, o deficit de vagas pode ser plenamente preenchido pela iniciativa privada ao longo dos anos. Para tanto, é preciso um plano que incentive o turismo no Rio, a fim de garantir a ocupação dessa rede hoteleira ampliada mesmo após o fim da Olimpíada.

A realização dos Jogos, além disso, deveria ser encarada como motivador para atacar, no Rio, as diversas causas da violência urbana. Não basta coordenar um esquema eficiente de segurança, como foi feito nos Jogos Pan-americanos em 2007, apenas para que os visitantes se sintam confortáveis na cidade durante o evento esportivo.

A forte redução dos índices de delitos deveria ser um legado definitivo para a população carioca.

O Pan constitui modelo a ser evitado em termos de planejamento orçamentário e execução das obras. Houve superfaturamento e abandono de equipamentos construídos a peso de ouro. Na Olimpíada de 2016, planeja-se investir cerca de R$ 26 bilhões, pelo menos seis vezes mais do que se gastou nos jogos continentais.

Mais do que nunca, controle e prestação criteriosa de contas serão aspectos decisivos para o sucesso dessa megaempreitada.”

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

OLIMPÍADA RIO DE JANEIRO 2016?

Amanhã, 02/10/2009, é o grande dia da decisão: teremos uma Olimpíada no BRASIL? Direto de Fortaleza, lá do Diário do Nordeste, Mestre SINFRÔNIO dá a sua dica e a sua graça.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

DIRETO DO IGOOGLE - FRASE 28/09/2009

A página completa do iGoogle é um show. Para ficar ainda melhor, a todo momento surgem frases inteligentes para o internauta conhecer ou relembrar. A de hoje, 28/09/2009, tem que ser de um colega nota DEZ:
Existem dois tipos de teoria econômica: as que dão certo e as que não dão certo.
Nosso sempre grande Mestre!

AINDA EXISTE BOM SENSO NA ACADEMIA

Em artigo publicado dia 25/09, no Correio Braziliense, CARLOS PIO, meu ex-Professor na Universidade de Brasília e atualmente pesquisador-associado do Latin American Centre e do Global Economic Governance Program, University of Oxford, Inglaterra, coloca o dedo na ferida que alguns não desejam cicatrizar:

"Mas não nos enganemos: o socialismo do século 21 nada mais é que o socialismo do século passado, repressivo, violento e corrupto. Ele reprime os instintos humanos para o trabalho, a inovação, a geração de riqueza e a troca, assim promovendo baixo crescimento, alta inflação, crise cambial, desabastecimento, queda do investimento privado, desemprego e instabilidade social."

A BOLA DE CRISTAL DE BETING PARA 2009

Direto do site http://www.joelmirbeting.com.br, vamos analisar os comentários desse experiente jornalista econômico e conferirmos ao final de 2009 o resultado.

Palavra da bola de cristal do Banco Central em seu relatório mensal da inflação, divulgada nesta sexta: a inflação do IPCA ensaia fechar o ano em 4,2%, abaixo da meta de 4,5%. Mesmo assim, o BC antecipa que a Selic vai virar o ano congelada na taxa de hoje, 8,75%. É uma pena: daria para cortar meio ponto percentual.
Para o dólar, a projeção é de R$ 1,85 lá no Réveillon. O mercado aposta em R$ 1,80, a cotação de hoje - faltando 90 dias para o Natal.
Para a oferta de crédito bancário, 2009 pode acumular expansão de 16%, de bom tamanho neste pós-crise. O que levanta o crédito total para o equivalente a 47% do PIB, pela primeira vez em 30 anos. Mas lembrando que, na média global, essa média é historicamente de 90%. O dobro.
E o PIB? Enquanto o governo torce por uma expansão gregoriana de até 2%, e o mercado financeiro está com o crescimento zero e não abre, o BC projeta PIB 2009 de 0,8% - positivo.
Mas com um dado contraditório: a taxa nacional de desemprego, no mercado firmal, apurada pelo IBGE, deve chegar a dezembro em 6,7%, contra 9,1% em fevereiro. Para um PIB de apenas 0,8% é um espichão muito grande entre Carnaval e Natal.
A conferir.
Seria a menor taxa de desemprego da Era Lulalá.

domingo, 27 de setembro de 2009

EBOOK SOBRE A CRISE ECONÔMICA

Da lavra do CLAUDIO SHIKIDA e com a participação especial dos colegas CRISTIANO COSTA, JULIANO TORRES, PAULO ROBERTO DE ALMEIDA (nosso antigo conhecido), RODRIGO CONSTANTINO e SABINO DA SILVA PORTO JR, mais um ebook que merece a leitura de todos os artigos.
Com o título "A CRISE ECONÔMICA CHEGA A BLOGOSFERA" e o subtítulo "ENSAIOS DE ALGUNS BLOGUEIROS SOBRE A CRISE ATUAL", está disponível no endereço http://shikida.net/ebook_crise.pdf. A todos os colegas os merecidos PARABÉNS pelo conjunto da obra e muito SUCESSO em suas atividades!

O DEUS ESTADO : UM RETORNO AO PASSADO?

Direto do ESTADÃO, seu editorial de hoje – cujo título é um excepcional “O DEUS ESTADO”, é a leitura de um passado que não deu certo. Será que, mesmo assim, retornará em 2010 essa ideia? Meu DEUS? Será que no BRASIl não aprendemos nem com os erros passados?

Por esperteza político-eleitoral, ideologia ou ambos — o mais provável —, há uma febre de “estadolatria” em Brasília. Talvez porque tenha funcionado no segundo turno de 2006 o estratagema de tachar tucanos de “privatistas”, a defesa do Estado passou a aparecer com mais frequência em discursos do presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff.

Explora-se com alguma competência a idéia tosca, ainda existente na população, de que o “Estado é do povo”, assim como suas empresas. Confunde-se o “estatal” com o “coletivo”, como se não existisse a expropriação privada do bem público pelo patrimonialismo, exercido de maneiras mais sutis ou escancaradas, como nas mordomias do Executivo e o nepotismo no Legislativo e Judiciário.

Com responsabilidade de governante, é verdade que Lula não tem brincado em serviço: embora não deva discordar que os opositores do novo modelo de exploração do pré-sal, de figurino estatizante, sejam adjetivados de “entreguistas”, apressou-se a permitir que a participação de investidores estrangeiros dobre no capital do Banco do Brasil, pois se trata da única forma de abrir espaços para ampliar a capitalização do BB.

Em recente entrevista à “Folha de S.Paulo”, a ministra Dilma tratou de criticar a idéia do “Estado mínimo”, pressupondo que haja alguém, no mundo de hoje, que ainda defenda um modelo de laissez-faire com tinturas do século XIX. A preocupação que se tem é com o “Estado máximo”, com o qual autoridades de primeiro escalão do governo parecem sonhar.

Em outra entrevista, esta de Lula ao jornal “Valor”, o presidente anunciou o envio ao Congresso da “Consolidação das Leis Sociais” — não bastasse o engessamento do mercado de trabalho, em prejuízo dos trabalhadores, causado por uma outra “consolidação”, a CLT getulista.

Mais uma vez: pode ser tática eleitoral — para atiçar a oposição a se colocar contra o “povo” — e também ideologia. Trata-se de outro princípio da “estadolatria”, pelo qual toda “bondade” precisa ser transformada em lei, para que o Estado imponha seu cumprimento. Uma ilusão, como demonstra a CLT, principal causa de a metade dos trabalhadores sobreviver na informalidade.

Mas não é só discursos. Há efetivos avanços do Estado sobre espaços da sociedade. Um exemplo é a tentativa da Anvisa de proibir e regular anúncios de alimentos e remédios, embora a própria Advocacia Geral da União diga ser esta função exclusiva do Congresso. Está claro que os estatistas querem tutelar uma sociedade que consideram imatura e despreparada para cuidar da própria sobrevivência.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ESTE É O NOSSO BRASIL?

Nelsinho, muito sucesso em 2010 lá em Brasília mesmo. Você tem tudo para ser um deles...
Obrigado ao Clayton, lá do nosso jornal O POVO da minha FORTALEZA-CE.

NOBEL PRIZE IN ECONOMIC SCIENCES 2009 - THOMSON REUTERS

2009 - NOBEL PREDICTIONS IN ECONOMIC SCIENCES:

ERNST FEHR
Professor and Director of the Institute for Empirical Research in Economics, University of Zurich, Zurich, Switzerland • Winner of the 2004 Cogito Prize of the Cogito Foundation and the 2008 Marcel Benoist Prize (Switzerland)
ESI RANK: top 1% in Economics, 9 highly cited papers in last decade

MATTHEW J. RABIN
Edward G. and Nancy S. Jordan Professor of Economics, Department of Economics, University of California Berkeley, Berkeley, CA, USA • Winner of the 2006 John von Neumann Award and Rajk Laszlo College of Advanced Studies
ESI RANK: top 1% in Economics, 4 highly cited papers in last decade

WILLIAM D. NORDHAUS
Sterling Professor of Economics, Yale University, New Haven, CT, USA • Winner of the 2005 Distinguished Fellow Award of the American Economic Association • Ranked 108th in output and 49th in citations, according to Coupe rankings.

MARTIN L. WEITZMAN
Professor of Economics, Harvard University, Cambridge, MA, USA • Guggenheim Fellow 1970-1971 and in 1986 was elected Fellow of the American Academy of Arts and Sciences. • Ranked 35th in output and 56th in citations, according to Coupe rankings.

JOHN B. TAYLOR
Mary and Robert Raymond Professor of Economics, Stanford University, Stanford, CA, USA, and Bowen H. and Mary Arthur McCoy Senior Fellow, Hoover Institution, Stanford, CA, USA • Recipient of the 2005 Alexander Hamilton Award, U.S. Treasury Department and the 2005 George P. Schultz Public Service Award, Stanford University.
REPEC RANKING 54th as of August 2009

JORDI GALI
Professor, Department of Economics, and Director of the Center for Research in International Economics, Pompeu Fabra University, Barcelona, Spain • Winner of 2008 Premi Societat Catalana d¹Economia and recipient in 2008 of the First Prize Award for Best Paper presented at the NBER'S International Seminar on Macroeconomics during its first 25 years
ESI RANK: top 1% in Economics, 7 highly cited papers in last decade

MARK L. GERTLER
Henry and Lucy Moses Professor of Economics, New York University, New York, NY, USA • 2007-2008 Guggenheim Fellow and 2008 First Prize Award for Best Paper presented at the NBER'S International Seminar on Macroeconomics during its first 25 years
eSI RANK: top 1% in Economics, 4 highly cited papers in last decade

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...