Dezembro é um mês muito complicado, porém fascinante. Tenho a experiência de vários dezembros na minha vida, mas este de 2009 está realmente diferente. É como se todo o ano tivesse que ser solucionado em um único mês. Estou realmente precisando que o dia tenha 36 horas, no mínimo.
sábado, 19 de dezembro de 2009
DEZEMBRO E O CAEN
O PIB BRASILEIRO 2008/2009/2010
Na FOLHA DE S. PAULO, o colega LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS esclarece como entender os números do PIB.
Usualmente o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga em dezembro uma reavaliação do PIB do ano anterior. Com informações mais precisas sobre a atividade econômica, ele pode melhorar a qualidade dos números divulgados um ano antes. E essa revisão dos números de 2008 mostra que o tamanho de nossa economia era -antes do colapso do banco Lehman Brothers- maior do que o divulgado anteriormente. Mas o valor monetário da atividade econômica no período julho a setembro deste ano -e estimado agora pelo IBGE- não foi menor do que esperavam os analistas.
Ou seja, a parcela do PIB que cabe a cada brasileiro -respeitada a matriz de distribuição de renda- não foi inferior ao previsto, como pode ter transparecido no noticiário.
Apenas sua taxa de variação foi afetada em razão da revisão - para cima - do PIB em 2008. E, como a vida do cidadão depende do valor monetário do PIB- e não da sua variação entre um ano e outro-, nada de importante mudou realmente. A recuperação continua sólida, embora, no ano-calendário de
Os novos dados do IBGE nos permitem uma análise mais detalhada do comportamento da economia em 2008 e na primeira metade deste ano. Em primeiro lugar, fica ainda mais claro que foi o comportamento do consumidor brasileiro que permitiu ao Brasil passar de maneira diferenciada pela crise financeira mundial. No terceiro trimestre de 2008, momento em que ocorreu o agravamento da crise, o consumo no Brasil crescia a uma taxa média na casa dos 7% ao ano. No quarto trimestre, houve queda de 1% ante o terceiro, mas, ainda assim, alta de 4% diante do mesmo período de 2007.
A recuperação aconteceu rapidamente a partir do inicio de 2009, com crescimento médio do consumo em torno de 6,5% ao ano entre janeiro e setembro. Se incorporarmos à nossa análise os dados do comércio para o mês de outubro deste ano, podemos inferir que vamos entrar em 2010 com um aumento do consumo das famílias próximo a 7% ao ano.
Do lado dos investimentos, a variação na taxa de crescimento anual entre o período anterior à crise e os três trimestres seguintes foi brutal.
De um crescimento anual próximo a 20% ao ano, passamos a uma queda de 15% no inicio de 2009. Mas já há forte retomada. Para
A aceleração da economia é claríssima. A criação de 246 mil empregos formais em novembro, ritmo bem superior ao pico anterior à crise, mostra que os riscos já são de aquecimento excessivo. Na ata do Copom divulgada ontem, o Banco Central ainda não deu sinais claros de que elevará os juros, mas muito em breve será obrigado a endurecer o discurso. Se não o fizer, a autoridade monetária correrá o risco de desancorar as expectativas de inflação e complicar ainda mais o duro trabalho que tem pela frente.
PAUL SAMUELSON E OS MAIORES.
Em entrevista na The New Yorker, PAUL SAMUELSON registra a sua opinião sobre os maiores economistas de todos os tempos:
Q: At this stage, how would you rank Keynes?
A: “I still think he was the greatest economist of the twentieth century and one of the three greatest of all time.”
Q: “Who are number one and number two?”
A: “Adam Smith and Leon Walras.”
PROJEÇÕES 2009/2010 BRASIL
Mais previsões para 2010, agora do pessoal do VALOR ECONÔMICO:
O crescimento econômico previsto, de 5%, será pautado principalmente pela expansão do consumo. O superávit da balança comercial deve cair dos US$ 27 bilhões deste ano para US$ 19 bilhões, segundo previsão do Banco Central - o mercado trabalha com apenas US$ 11 bilhões. E a dívida pública líquida deverá ficar entre 39% e 41% do PIB, em comparação com 38,8% em 2008. O déficit em transações correntes subirá de US$ 18 bilhões neste ano para US$ 40 bilhões em 2010, segundo projeções do mercado.
A conferir em 2010, of course.
REUNIÃO DE COPENHAGUE 2009.
O HOMEM DO ANO 2009
BEN BERNANKE – PERSON OF THE YEAR 2009
He just happens to be the most powerful nerd on the planet.
Bernanke is the 56-year-old chairman of the Federal Reserve, the central bank of the U.S., the most important and least understood force shaping the American — and global — economy. Those green bills featuring dead Presidents are labeled "Federal Reserve Note" for a reason: the Fed controls the money supply. It is an independent government agency that conducts monetary policy, which means it sets short-term interest rates — which means it has immense influence over inflation, unemployment, the strength of the dollar and the strength of your wallet. And ever since global credit markets began imploding, its mild-mannered chairman has dramatically expanded those powers and reinvented the Fed.
LER NA VEJA
Li na VEJA e aprovei com louvor. Ler ainda é o melhor remédio. PARABÉNS VEJA.
Há cerca de um ano e meio, surgiu na redação de VEJA a ideia de patrocinar, na internet, uma rede social que girasse em torno dos livros. Fomentar a leitura entre os brasileiros sempre foi uma missão para a revista. Fazer isso no ambiente digital representava um desafio. Era preciso desenvolver a ferramenta certa para cativar os usuários dos sites de relacionamento. Essa ferramenta é o VEJA Meus Livros, que faz sua estreia oficial neste sábado, depois de um mês em versão de teste.
Quando o projeto do VEJA Meus Livros começou a ser debatido, sites americanos como LibraryThing e Goodreads já estavam no ar. Eles são redes sociais inteiramente centradas na literatura. Em meados deste ano, foi lançada no Brasil uma iniciativa semelhante: o site O Livreiro, ligado ao jornal O Globo. A essa altura, o VEJA Meus Livros já caminhava numa outra direção. Por que levar as pessoas a construir, do zero, uma nova teia de amizades virtuais, se elas já dedicaram tanto tempo e energia a fazer isso no Orkut ou no Facebook? Em vez de um site independente, optou-se por fazer do VEJA Meus Livros um aplicativo que pode ser utilizado por qualquer um que tenha um perfil nessas grandes redes. Hoje, a ferramenta está disponível para quem usa o Orkut. Em poucas semanas, a versão para o Facebook deverá ser lançada.
No VEJA Meus Livros, é possível organizar uma biblioteca virtual em várias categorias: os volumes que você está lendo ou já leu, aqueles que são seus favoritos, e até aqueles que você gostaria de ganhar de presente. É possível convidar os amigos a compartilhar de suas leituras, postando longas resenhas ou comentários breves - basta um clique para publicar esses últimos no Twitter. Uma parceria com o site da Livraria Cultura também permite que você realize compras on-line.
Como os livros são matéria-prima fundamental para as reportagens de VEJA, reservou-se uma área do aplicativo às contribuições da redação. Lá você vai encontrar, sempre atualizada, nossa lista de mais vendidos, as bibliotecas e resenhas de jornalistas e colaboradores, e um acesso a este novo blog sob o mundo da literatura.
VEJA Meus Livros foi feito para quem ama a leitura e a internet. Esperamos que você goste do presente.
ENTRE A SELVA E A NEVE
Para não comentarem que estou na floresta, MAS não escrevi sobre a fracassada reunião de Copenhague, fico com a bela imagem da neve que cobre o jardim norte da Casa Branca, em Washington, pouco depois do retorno do presidente Barack Obama, que chegou aos EUA de viagem a Copenhague na madrugada deste sábado. A cúpula do clima na capital dinamarquesa, que durou 12 dias, foi um "fracasso histórico", afirmaram ONGs.
Enquanto brasileiros e brasileiras esticavam pernas na Dinamarca, a floresta amazônica aqui continua com sua eterna devastação.
Afinal, entre o calor e o frio, minha alma congela.
domingo, 13 de dezembro de 2009
PAUL SAMUELSON: 1915 - 2009.
Estou chegando neste momento de uma rápida viagem ao meu Ceará e para a nossa total tristeza e pesar, leio direto do The New York Times que Paul A. Samuelson, the first American Nobel laureate in economics and the foremost academic economist of the 20th century, died Sunday at his home in Belmont, Mass. He was 94.
His death was announced by the Massachusetts Institute of Technology, which Mr. Samuelson helped build into one of the world’s great centers of graduate education in economics.
In receiving the Nobel Prize in 1970, Mr. Samuelson was credited with transforming his discipline from one that ruminates about economic issues to one that solves problems, answering questions about cause and effect with mathematical rigor and clarity.
PAUL SAMUELSON é o pai de toda uma geração de colegas que tiveram e têm no seu livro ECONOMIA/ECONOMICS a nossa Bíblia. Recordo que foi a partir da compra e leitura de seu livro que tive a satisfação que estava no caminho certo, estudando a mais fantástica das ciências. Com a sua morte, a ECONOMIA perde um de seus mais inteligentes mestres. Entre seus alunos estão, dentre muitos, BEN BERNANKE e PAUL KRUGMAN.
É uma triste notícia para início de uma das semanas mais movimentadas do ano.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
GUSTAVO FRANCO E A ECONOMIA 2009
PIB 2009 QUASE ZERO?
A SITUAÇAO DO CÂMBIO
domingo, 6 de dezembro de 2009
FECAP - A MINHA I.E.S.
BRASILEIROS 2009 NA ÉPOCA
sábado, 5 de dezembro de 2009
INTERVENÇÃO NO CÂMBIO?
DAN BROWN MOVIMENTA A ECONOMIA BRASILEIRA
BRASIL E CHILE - DIFERENÇAS
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
E SE KRUGMAN ESTIVER CERTO?
Leio agora a pouco na FOLHA DE S. PAULO: Os pesados fluxos de recursos para o Brasil ameaçam o país de haver uma bolha financeira semelhante às que atingiram México, o sudeste asiático e o leste europeu, afirmou nesta terça-feira o prêmio Nobel de Economia 2008, Paul Krugman, professor da Universidade Princeton e colunista do "The News York Times", que participou de evento
Em entrevista a jornalistas, Krugman disse que a superação da crise internacional pelo Brasil foi "uma história feliz", mas a sobrevalorização do real, a falta de infraestrutura e o baixo nível de educação da população brasileira são entraves importantes para que o país se torne uma "superpotência econômica".
"Dizer que o Brasil é uma boa história não é o mesmo que dizer que se tornará uma superpotência econômica no ano que vem, e é isso que os mercados estão dizendo", declarou Krugman.
O economista afirmou que o cenário econômico brasileiro "não é de apocalipse, não é a Argentina, mas não é saudável".
Krugman brincou ao dizer que uma das vantagens do Brasil em relação ao restante do mundo "é o fato de que vocês odeiam banqueiros".
"Nos Estados Unidos, se alguém fala em ajudar o Goldman Sachs, o cidadão médio fica preocupado, acha que é importante. Aqui, politicamente, não faz sentido."
O prêmio Nobel elogiou o sistema bancário brasileiro, menos exposto a empréstimos de alto risco, como os que vitimaram a economia americana no ano passado, em especial no mercado imobiliário.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
E SE CELSO FURTADO FALASSE DA CRISE DE 2008?
DEZEMBRO COM DELFIM NETTO
Para iniciar o melhor mês do ano, vamos lendo o colega ANTONIO DELFIM NETTO, direto do VALOR, com o sugestivo artigo Para salvar a teoria econômica.
Creio que pelo menos alguns economistas que dominam brilhantemente as “modelagens” matemáticas (se forem um pouco menos cínicos do que o prêmio Nobel Robert Lucas) devem repetir para si mesmos a pergunta que a rainha Elizabeth II fez aos professores da famosa London School of Economics em novembro de 2008: “Como foi possível que, depois de mais de um século de estudos, os senhores foram incapazes de prever a crise que colocou em risco a economia mundial?” O fracasso da macroeconomia em matéria de “previsão” é fato passado
O sentimento de frustração é geral. Todas as tribos que constituem a confederação dos economistas sentem esse rebaixamento da opinião pública com relação às suas aspirações de sugerir políticas capazes de manter a economia num estado de equilíbrio dinâmico interno e externo. Em resposta à sua incômoda pergunta, a rainha recebeu duas cartas. Uma assinada por um grupo de economistas “neoclássicos”, encabeçada pelo professor Tim Besley, da British Academy. Outra de economistas relativamente fora do “mainstream”, encabeçada pela professora Sheila Dow, da University of Stirling.
A primeira é um relato das conclusões de um fórum realizado em 17/6/2009 na British Academy (especialmente para responder à perplexidade da rainha). Dele participaram homens de negócios, especialistas do mercado financeiro (da City), reguladores, professores de economia e membros do governo. Ela desfila uma longa lista de dificuldades e justificativas. Em resumo diz a carta:
1) muitos economistas previram a possibilidade da crise, mas não o momento de sua eclosão. O BIS, entretanto, chamou sistematicamente a atenção dos governos e do mercado para tal risco;
2) apesar da imensidão de analistas (apenas um banco inglês que hoje é do governo tinha um time de 4.000!), os riscos eram considerados isoladamente usando “as melhores mentes matemáticas nacionais e estrangeiras”, mas ignorando uma visão global;
3) apesar dos avisos, a maioria estava convencida de que “os bancos sabiam o que estavam fazendo”. Estavam crentes que o “mercado” mudara. Banqueiros e economistas estavam encantados por ele. Os modelos pareciam prever os pequenos riscos no curto prazo, mas poucos economistas estavam equipados para dizer o que aconteceria se as coisas dessem erradas como deram;
4) havia um consenso que seria melhor lidar com as “bolhas” depois que houvessem ocorrido do que explodi-las preventivamente. Como a inflação permanecia baixa, a taxa de juros foi mantida muito baixa por muito tempo, estimulando a ação dos agentes.
Prometendo um novo Fórum da Academia no futuro, a primeira carta termina dizendo: “Tudo isso, combinado com uma psicologia de rebanho e o mantra dos gurus financeiros e governamentais, conduziu a uma receita perigosa. Pequenos riscos individuais podem ter sido estimados corretamente, mas os riscos (não percebidos) do sistema global eram imensos.”
A segunda carta ratifica essas críticas, mas sugere que “a preferência pelas técnicas matemáticas com relação à substância do mundo real desviou os economistas da análise do todo”. Termina dizendo que o que fez falta foi “uma sabedoria profissional informada por seguros conhecimentos de psicologia, das estruturas institucionais e dos precedentes históricos”.
A mesma discussão se processa no mundo inteiro. Não se trata, entretanto, de abolir a matemática. Pelo contrário, ela é indispensável, mas deve ser combinada com a história, a geografia, a psicologia etc., com inteligência, moderação e respeito à realidade. Esta não é a primeira vez que o desencanto com as promessas da ciência econômica acontece. Já em março de 1892, W. Cunnigham, num artigo publicado no “Economic Journal”, dizia que “se existe uma coisa que mais do que qualquer outra tem imposto sofrimento à economia política (o velho, sério e modesto nome da atual teoria econômica) é o fato que o público formou uma opinião exagerada do que ela pode realmente fazer e, portanto, desapontou-se porque ela não foi capaz de satisfazer tais expectativas”.
A despeito disso é mais do que evidente que o conhecimento econômico é fundamental para uma administração pública que deseje estimular o crescimento com alguma Justiça social e equilibrios interno e externo, e que ignorá-lo tem custos sociais imensos. O exemplo mais claro é a obediência às identidades da Contabilidade Nacional que governos mais sanguíneos tentam frequente e inutilmente violar e pagam caro por isso.
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
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O genial Sinfrônio , no cearense Diário do Nordeste , sempre consegue nos fazer rir mesmo no meio da diária tragédia econômica e políti...
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Um ranking elaborado pela revista americana " Harvard Business Review ", especializada em administração e negócios , mostrou 26 ...