domingo, 14 de dezembro de 2008

POLÍTICA ECONÔMICA PÓS COPOM DE 10/12/08

É lamentável que a Força Sindical prometa organizar a partir de janeiro de 2009, um movimento para derrubar o Henrique Meirelles da presidência do BACEN, caso ele continue com a política de juros elevados.

Por que ao invés dessas manifestações de engarrafar ainda mais o nosso caótico trânsito, esses senhores não discutem o assunto civilizadamente e apresentem propostas ao governo?

É necessário que todos entendam que cada caso é um caso. Levantamento recente da LCA Consultores informa que analisando a taxa básica de juros de 52 países desde a quebra do banco Lehman Brothers, 28 reduziram a taxa, 17 a mantiveram (incluindo o Brasil) e 7 países elevaram a taxa no período. Logo, o BACEN/COPOM tem seus motivos para não baixar ainda hoje nossa taxa.

Vamos aguardar mais um pouco, pois como li em algum texto, "EM ECONOMIA, É FÁCIL EXPLICAR O PASSADO. MAIS FÁCIL AINDA É PREDIZER O FUTURO. DIFÍCIL É ENTENDER O PRESENTE".

Um comentário:

Anônimo disse...

Fala João! Obrigado pelos elogios!!!

Primeiramente queria dizer que não sou flamenguista, sou vascaíno (o arquirival) e futebol não é um tema muito feliz para mim nesses últimos tempos devido à queda do meu time...:(

Falemos de economia, que é melhor...hehehehe

É claro que reduções de taxa de juro tendem a evaporar com o capital estrangeiro, como reza a teoria, e aprofundar a desvalorização cambial. Esse é um dos motivos que impossibilitaram o Brasil a fazer política anticíclica nos últimos anos.

Mas, duas coisas:

1) o fluxo de IED continua positivo, apesar da crise;

2) as taxas de juros do mundo estão bem abaixo da brasileira. Se não me engano a nossa é a maior do mundo (sempre rivalizamos com a Turquia pelo posto - uma hora um, outra hora o outro).

Desse modo, os fluxos que não estão vindo para cá com a taxa a 13,75% provavelmente não virão com taxas maiores, já que o aumento da aversão a risco e da incerteza no mundo fazem os investidores recomporem suas carteiras, comprando FED Funds, por exemplo.

O fato de o IED continuar positivo reflete o fato de termos recebido o investment grade das agências de classificação de risco, o que é muito bom, mas não suficiente para o Brasil melhorar em termos de desenvolvimento.

Mas, é fato que o BACEN é bastante conservador e por isso, não quis pagar para ver mais desvalorização cambial - que ocorre por aumento de incerteza e não propriamente, nesses momentos como disse, por política monetária.

Na próxima reunião ele terá que reduzir já que os juros futuros já estão reduzindo (vide o swap pré-DI de 1 ano)... E não pode haver um descolamento muito grande entre um e outro...

Bom, acho que é isso...

Sds,
VW

PS: Vamos continuar trocando idéias sobre política monetária...

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