Gostei de ler na FOLHA DE S. PAULO de hoje o texto abaixo. É a realidade de nossas universidades. Ainda estamos longe do 1º mundo. Por enquanto...
Se você está na universidade, faça o teste. Conte quantos alunos ou professores internacionais existem na sua instituição.
Provavelmente, a resposta vai ser nenhum ou poucos. As universidades brasileiras são muito fechadas para o mundo: difícil para quem é de fora vir para cá.
Quem já visitou uma universidade nos EUA ou na Europa sabe que a situação é diferente. Existe uma batalha pela "internacionalização". As escolas competem por professores e alunos no mercado global. Afinal, muitas das inovações tecnológicas dos EUA, por exemplo, foram feitas por "forasteiros".
Sergey Brin, do Google, é russo; Jerry Yang, do Yahoo, é taiwanês; o fundador do eBay, Pierre Omidyar, é franco-iraniano. Há relação direta entre universidades, estrangeiros e inovação.
É claro que o Brasil ainda luta para abrir espaço para seus próprios jovens. Só 20% estão na universidade (são 43% no Chile e 61% na Argentina). Mas o desafio é fazer as duas coisas ao mesmo tempo: ampliar o acesso local e internacionalizar. Ninguém disse que seria fácil ser potência emergente!
Um bom primeiro passo é prestar atenção ao básico. A maioria dos sites estão só em português. Vale traduzir um mínimo. Professores estrangeiros também se surpreendem com a dificuldade em reconhecer seus diplomas.
O de Harvard precisa ser "revalidado", o que pode levar meses ou anos. Além disso, os principais rankings globais exigem internacionalização.
Saldo: apesar dos centros de excelência, nossas universidades acabam mal posicionadas. É claro que o esforço não pode ser isolado. Precisa acompanhar o desenvolvimento do país.
Só que já crescemos nos últimos 16 anos, e a questão continua a não ser pensada. Para quem quiser saber mais sobre o tema: bit.ly/jMGIMf.
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