Qual o Estado que queremos para 2011?
Conforme divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, será que é este que registra uma carga tributária em proporção ao PIB que era de 34,85% em 2008 para 34,28% em 2009?
Qual o Estado que queremos para 2011?
Conforme divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, será que é este que registra uma carga tributária em proporção ao PIB que era de 34,85% em 2008 para 34,28% em 2009?
Afinal saiu o tão aguardado resultado do PIB 2009. E a aposta que fiz ano passado com o Controller da empresa foi finalmente ganha. Nesta segunda-feira um novo livro vem fazer parte da minha biblioteca.
Na FOLHA DE S. PAULO, o colega LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS avança na análise do resultado do PIB de 2009, prevendo o que virá. Leitura inevitável, com certeza!
A divulgação do PIB de 2009 pelo IBGE nos permite avaliar de forma mais completa o comportamento da economia durante a cise mundial. Além disso, fornece boas pistas para projetarmos os resultados do último ano do mandato do presidente Lula.
Vamos começar lembrando o passado. O ano se iniciou sob o impacto de uma contração brutal do PIB no último trimestre do ano anterior
Entre outubro e dezembro de 2008, tivemos uma redução de 14% anuais - ou 3,5% ante o trimestre anterior - na geração de riquezas no Brasil. Não por outra razão vivíamos -sociedade e governo- um pesadelo para o qual não estávamos preparados. Eu mesmo - calejado que sou por mais de 40 anos de atividade profissional - fiquei muito assustado e pessimista com o futuro. Recuperei um pouco de meu sangue-frio ao me lembrar de uma frase dita por um grande e sábio amigo meu: "Não aposte contra o capitalismo, pois você vai quebrar a cara".
Nos primeiros três meses de 2009, o pânico continuou e o PIB se contraiu a uma taxa anualizada de 3,6%. Embora bem menor, continuava a retração da economia. Nos seis meses decorridos desde a quebra do banco Lehman Brothers, a queda do PIB brasileiro havia chegado a uma taxa anualizada de mais de 11%. Se usarmos o consumidor como referência sobre o comportamento do brasileiro naqueles terríveis dias, vamos encontrar -embora mitigado- o mesmo cenário de crise. As vendas do varejo, que vinham crescendo a uma taxa anual de 10%, passaram a se contrair a uma taxa anual de quase 5% ao ano.
No caso dos empresários, o susto foi ainda maior. A redução dos gastos com máquinas e equipamentos foi de mais de 40% anualizados entre o terceiro trimestre de 2008 e os primeiros três meses de 2009. O aumento rápido dos estoques e a redução do crédito bancário levaram a uma quase paralisação da produção em muitos setores e à demissão de funcionários.
Mas os números do IBGE deixam claro que, se houve uma queda no vazio durante o período de seis meses, a recuperação a partir do segundo trimestre foi ainda mais rápida. As vendas ao varejo voltaram a crescer a taxas da ordem de 12% ao ano a partir de setembro e hoje já são em valor mais de 5% superiores ao que prevalecia antes da crise.
Também está nas estatísticas do PIB a prova de que os empresários retomaram de maneira bem mais lenta seus investimentos. A partir do segundo semestre do ano passado, os gastos com investimentos cresceram rapidamente, mas ainda estão bem abaixo do nível que prevalecia antes da crise. Se considerarmos a demanda privada total, que inclui os gastos com consumo e exportações, os números do IBGE mostram que estávamos no fim de 2009 exatamente no nível anterior à crise.
Por fim, o papel das importações continua a crescer na matriz de oferta de bens no Brasil, o que contribui para ancorar a inflação no segmento de bens industriais e intermediários em um momento de demanda acelerada, ainda que apenas temporariamente.
Para
Para simplificar as coisas, o problema é o seguinte: como é possível descobrir qualquer significado num mundo finito, considerando-se o tamanho de meu colarinho e de minha cintura? Uma pergunta ainda mais difícil quando nos damos conta de que a ciência - ah, a ciência! – vive fracassando. È verdade que ela derrotou várias doenças, quebrou o código genético e até botou gente na Lua, e, no entanto, quando um homem de 80 anos é deixado a sós numa sala com duas garçonetes, nada acontece. PORQUE OS VERDADEIROS PROBLEMAS NUNCA MUDAM.
Para os meus quase dois (milhões de) in/fiéis leitores, um pouco de WOODY ALLEN, num sábado cheio de atividades, mas com muitas idéias na cabeça! E que venha a nova semana!!!
Está matéria saiu na FOLHA DE S. PAULO de hoje, mas foi publicada originalmente no The New York Times. Apesar de tratar do assunto na visão americana, acredito que a sua leitura também contempla a nossa realidade, além de ser uma pesquisa com o rigor da econometria, o que não se tinha tentado antes. Com vocês, ESTUDO DESVENDA “ESQUERDISMO” DE PROFESSORES.
Já se tentou justificar de diversas maneiras o viés de esquerda dos professores universitários dos EUA, com explicações que vão desde viés, puro e simples, a QIs mais altos. Uma nova pesquisa sugere que os críticos talvez tenham formulado a pergunta errada. Em vez de indagar o porquê de a maioria dos professores universitários ser de esquerda, deveriam perguntar por que tantos esquerdistas querem ser professores universitários.
Dois sociólogos acham que podem ter encontrado a resposta: os papéis, ou profissões, de cada pessoa seriam escolhidos por ela segundo sua personalidade ou preferências. Basta pensar na imagem clássica de um professor de letras, filosofia ou ciências sociais, campos em que a assimetria é mais forte: casaco de tweed, ar de nerd, ateu - e de esquerda. Mesmo que isso seja um estereótipo antiquado, ele influi nas ideias que os jovens têm sobre escolha profissional.
Empregos ou profissões podem ser enquadrados em estereótipos diferentes, disseram Neil Gross e Ethan Foss, os autores do estudo. Eles citaram, por exemplo, a proporção baixa de enfermeiros, comparados às enfermeiras. A razão principal da disparidade é que a maioria das pessoas vê a enfermagem como profissão feminina, disse Gross.
A enfermagem sofre o efeito do que os sociólogos chamam de "estereotipagem de gênero". Para Gross, "professores universitários e vários outros profissionais são alvos de estereotipagem política". Jornalismo, artes, carreiras da área social e terapia são dominados por pessoas de viés esquerdista; policiamento, agricultura, odontologia, medicina e carreiras militares atraem mais conservadores nos EUA.
"Esse tipo de reputação afeta as aspirações profissionais das pessoas", acrescentou o sociólogo.
A profissão acadêmica "ganhou uma reputação tão forte de viés esquerdista e secularismo que, nos últimos 35 anos, poucos estudantes que são conservadores políticos ou religiosos, mas muitos que são seculares e de esquerda, desenvolveram a aspiração de se tornarem professores universitários", escrevem os dois autores. Essa máxima se aplica especialmente ao campo deles, a sociologia, que acabou associada "ao estudo da raça, classe social e desigualdade de gêneros - um conjunto de preocupações que é importante especialmente para as pessoas de esquerda".
O que distingue a pesquisa de Gross e Fosse de muito do burburinho que cerca esse tema é a metodologia. Enquanto a maioria dos argumentos apresentados até hoje se baseou sobretudo em relatos pessoais, esse é um dos únicos estudos a utilizar dados da Pesquisa Social Geral de opiniões e comportamentos sociais e a comparar os professores ao resto da população americana.
Gross e Fosse vincularam esses resultados empíricos à questão mais ampla do porquê de algumas ocupações -assim como alguns grupos étnicos ou algumas religiões- se caracterizarem por um viés político evidente. Usando uma técnica econométrica, eles testaram quais das teorias mencionadas com frequência eram substanciadas por provas, e quais não eram.
Descobriu-se que a discriminação intencional, uma das acusações mais frequentes feitas por conservadores, não exerce um papel significativo.
Claro que a estereotipagem não é a única causa do viés esquerdista. As características que definem a orientação política de cada um também estão presentes. Quase a metade da assimetria política presente no mundo acadêmico pode ser atribuída a quatro características compartilhadas pelos esquerdistas em geral, e pelos professores universitários em particular: alto grau de instrução; posição religiosa não conservadora, tolerância declarada por ideias controversas e disparidade entre grau de instrução e renda.
A tendência das pessoas que estão em qualquer instituição ou organização de tentarem enquadrar-se nela também reforça a assimetria política. Em uma coletânea de ensaios publicada pelo grupo conservador American Enterprise Institute, o economista Daniel B. Klein, da Universidade George Mason, e a socióloga sueca Charlotta Stern argumentam que, quando se trata de contratar profissionais, "a maioria das pessoas tende a preferir a candidatos semelhantes a elas em matéria de crenças, valores e engajamentos".
Para Gross, acusações sobre viés e lavagem cerebral de estudantes são contraproducentes. "O irônico é que, quanto mais conservadores se queixam do esquerdismo da academia, é mais provável que a academia continue a representar um reduto do pensamento de esquerda."
Também diretamente da FOLHA DE S. PAULO, os dois principais candidatos ANTECIPAM O DEBATE ECONÔMICO, o que é bom para a reflexão dos leitores e eleitores, já que estamos, na verdade, em uma época eleitoral e o posicionamento econômico de cada candidato(a) deve ser observado com a maior atenção possível.
Lado a lado dois dias após a divulgação da pesquisa Datafolha, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), criaram ontem um ambiente de debate eleitoral antecipado e, pela primeira vez, explicitaram divergências sobre a economia ao compararem gestões e políticas públicas. O embate entre os dois pré-candidatos à Presidência ocorreu durante os respectivos discursos na inauguração do complexo industrial da Case New Holland (máquinas agrícolas), em Sorocaba.
Último a falar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enalteceu seu governo, antes elogiado por Dilma, e deixou Serra sem direito a tréplica. A petista destacou que os dois elementos essenciais para o crescimento dos últimos anos foram o consumo e o crédito.
"O mérito do governo do presidente Lula é ter percebido que esse mercado consumidor era talvez uma das nossas maiores riquezas", disse. A "pujança do Brasil", acrescentou, se explica pelo volume de crédito hoje disponível: R$ 1,4 trilhão.
O tucano, por sua vez, fez uma ressalva: "É importante que a indústria se desenvolva também exportando, não apenas atendendo (...) o mercado interno". Para ele, são falaciosas as teses de que o Brasil deve permanecer exportador de produtos primários ou focar a economia de serviços.
Em uma resposta indireta a Dilma, que falou do recorde de empregos na gestão Lula, o governador disse que "grande parte da força de trabalho está subempregada". "Não vamos conseguir gerar os empregos num país de 180 milhões de habitantes (...) sem indústria."
Dilma disse que "a palavrinha Bric" (sigla que designa Brasil, Rússia, Índia e China) não foi criada só por conta do crescimento desses países, mas pelos mercados consumidores.
Ela citou o programa Minha Casa, Minha Vida como exemplo da visão de Lula sobre economia. Ele destacou o plano de modernização da indústria automobilística quando era titular do Planejamento de FHC. Lula respondeu a Serra ora direta, ora veladamente. Disse que o Brasil vive um "momento ímpar" e que é preciso lembrar "os últimos 30 anos para a gente saber de onde nós partimos e aonde nós pretendemos chegar". Lembrando que "a Dilma é economista, o Serra é economista", disse que ia a debates com economistas e saía achando que o país tinha quebrado.
Por fim, em nova cutucada ao tucano, Lula disse que foram os bancos públicos que salvaram o país na crise. Na gestão de Serra foi concretizada a venda da Nossa Caixa ao Banco do Brasil. "Se tivesse mais banco para vender, Serra, eu ia comprar (...) para financiar o crédito."
Em almoço na Anfavea em São Paulo, Lula afirmou ter sido vítima da "ideia imbecil" do terrorismo eleitoral: "Mentiram tanto, que um dia o povo não acreditou mais". Para o presidente, "não existe possibilidade" de seu sucessor mudar o que está sendo feito.
Para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as regras da atual política econômica do Brasil não deixam espaço para mudanças que desviem o país da estabilidade. "Não se coloca mais a estabilidade versus o crescimento", disse ele, durante encontro com executivos de bancos."
Iniciando o dia com o nosso colega ALEXANDRE SCHWARTSMAN, na FOLHA DE S.PAULO e no seu blog, http://www.maovisivel.blogspot.com/ sempre com OS PÉS NO CHÃO:
Recentemente, o economista-chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional), Olivier Blanchard, coescreveu um texto importante ("Rethinking Macroeconomic Policy") em que explora lições da crise internacional para o desenho de política econômica, como a definição de metas mais elevadas para a inflação, a necessidade de um arcabouço regulatório no sistema financeiro que leve em conta os efeitos macroeconômicos da expansão do crédito e a conveniência de melhorar as contas fiscais nos períodos de crescimento. Cada um desses assuntos requereria várias colunas, mas hoje quero abordar outra das sugestões do documento, relativa à opção entre a inflação e a taxa de câmbio como potenciais metas para a política monetária.
Segundo a proposta, a estabilização da taxa de câmbio também deveria ser um objetivo dos bancos centrais, ao lado da estabilidade de preços. Os autores reconhecem que há conflitos entre esses objetivos, mas sugerem que, em caso de conflito insanável, a meta de inflação deveria ser abandonada, e a política monetária, utilizada apenas para apoiar a intervenção cambial, prevenindo a apreciação (ou a depreciação) exagerada da moeda.
A razão alegada para uma mudança no foco da política monetária refere-se a possíveis efeitos negativos de grandes flutuações da taxa de câmbio, seja sobre o setor exportador no caso de apreciação excessiva, seja sobre o balanço dos devedores em moeda estrangeira no caso oposto. Da forma como entendo o problema, porém, podemos até nos preocupar com esses efeitos, mas temos primeiro que reconhecer que não resultam daquela cotação real-dólar diariamente observada, mas sim da taxa real de câmbio, isto é, da taxa de câmbio ajustada pela diferença entre a inflação doméstica e a externa.
Assim, por exemplo, caso o preço do dólar aumente 10%, mas todos os preços da economia também subam 10%, tanto a capacidade de pagamento das empresas endividadas em dólares como a "competitividade" do setor exportador permaneceriam inalterados. Vale dizer, mesmo partindo do pressuposto de que a estabilidade cambial é um objetivo meritório, é necessário admitir que este só se aplica à taxa de câmbio ajustada à inflação.
Isto dito, se o BC consegue estabilizar a taxa de câmbio nominal, tipicamente igualando a taxa doméstica de juros (ajustada pelo risco) à internacional, não há quaisquer garantias de que a inflação se mantenha baixa o suficiente para que a taxa real de câmbio não acabe se apreciando. Só por um acaso monumental a mesma taxa de juros que estabiliza a taxa nominal de câmbio será aquela que também gera inflação próxima à internacional, de modo a estabilizar simultaneamente a taxa real de câmbio.
Tudo isso pode parecer muito abstrato, mas as implicações são bastante palpáveis. A Argentina, por exemplo, optou por um regime monetário e cambial muito semelhante ao sugerido por Blanchard e colegas.
De forma não totalmente explícita, o BC argentino tem buscado estabilizar a cotação do peso com relação ao dólar, abdicando do controle dos preços domésticos. A aceleração da inflação, contudo, erodiu a taxa real de câmbio, que continua se apreciando a despeito do regime cambial, seguindo de perto o comportamento da cotação real-dólar, também ajustada pela diferença de inflação.
Na prática, portanto, observamos exatamente o sugerido pela teoria: a mudança de foco da política monetária não consegue mudar a trajetória do câmbio real, levando apenas à maior volatilidade da inflação. Em que pese a indiscutível competência dos autores, não parece que essa proposta irá voar.
Direto da FOLHA DE S. PAULO, a leitura inevitável de ANTONIO DELFIM NETTO, com o sugestivo título de Discussão extemporânea:
A discussão sobre se o Banco Central deve ou não elevar a taxa nominal de juros (a Selic) diante de uma ameaça de aumento da taxa de inflação está fora do lugar. Por dois motivos: 1º) Porque o Brasil adotou a política econômica canônica utilizada na maioria dos países: a) relativo equilíbrio fiscal e controle da relação dívida pública/PIB; b) política monetária controlada por um Banco Central autônomo que manipula a taxa básica de juros para controlar a taxa de inflação; c) relativa liberdade de movimento de capitais e um sistema de câmbio flutuante; 2º) Porque podemos discutir, "pour épater les bourgeois", se o "Consenso de Beijing" (incompatível com a nossa concepção de vida) não seria melhor do ponto de vista exclusivamente econômico.
O fato concreto é que escolhemos o modelo de administração da nossa economia. Tudo é relativo, mas a verdade é que com ele temos nos saído relativamente bem! E o que ele recomenda quando aumenta a expectativa inflacionária? Que o Banco Central autônomo (e é "autônomo" para isso!) eleve, preventivamente, a taxa de juros nominal acima do aumento da expectativa de inflação, para aumentar o juro real. A discussão é, portanto, extemporânea: fora do tempo desejável ou apropriado.
O que devemos e podemos discutir é a relevância do modelo do Banco Central. Ele depende, essencialmente, de dois parâmetros variáveis estatisticamente fugidios: o PIB potencial e a taxa de juro real de equilíbrio.
Os modelos que utilizamos só explicitam (quando corretamente manipulados) as conclusões já contidas nas hipóteses neles incorporadas. Eles não garantem que as hipóteses ou as evidências empíricas internalizadas têm relação com a "realidade". Os modelos macroeconômicos de demanda e oferta globais para determinar empiricamente a taxa de juro real de "equilíbrio" contrabandeiam, para dentro deles, as crenças e os erros do passado incorporados nos dados disponíveis.
Tais modelos podem indicar que tivemos no passado uma taxa de juro real de "equilíbrio" igual ao dobro da do resto do mundo. O que não podem "provar" é a sua necessidade ou inferir a sua validade empírica para o futuro.
Esta, obviamente, não é uma crítica ao uso dos modelos. Todos nós os usamos a vida inteira. É só uma advertência sobre os cuidados que temos de ter ao encará-los. São instrumentos úteis e mesmo indispensáveis, mas não são oráculos que respondem às perguntas dos crentes!
O que devemos esperar é que o Banco Central aja com moderação e leve em conta a natureza do aumento dos preços e os efeitos colaterais sobre o crescimento, o emprego e a taxa de câmbio.
Da série "O melhor da Economia", ROBERT SHILLER recorda que "FRIEDMAN concluiu que apenas em determinado nível de emprego a inflação não tenderá aumentar nem a diminuir, o que ele denominou de taxa de desemprego natural. Com essa prestidigitação, FRIEDMAN mudou para sempre a macroeconomia. A chamada teoria da taxa natural pegou quase que da noite para o dia."
Estou gostando da leitura de um pequeno livro do Professor CLAUDE JESSUA, da Universidade Paris II, com o direto título CAPITALISMO. Em determinado momento ele escreve que a crise atual, qualquer que venha a ser o seu resultado, provavelmente causará mudanças profundas na organização financeira dos mercados mundiais. Contudo, trata-se de uma CRISE DENTRO DO CAPITALISMO e NÃO DO CAPITALISMO.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...