domingo, 26 de julho de 2009
A ECONOMIA SEGUNDO O IPEA
DA SÉRIE: LEITURA INEVITÁVEL
A ECONOMIA AMERICA E A ELEIÇÃO BRASILEIRA EM 2010
Os juros americanos vão continuar baixos por longo tempo e novas medidas de apoio à recuperação econômica poderão ser tomadas pelo Federal Reserve (Fed). Mas, apesar disso, já é tempo de se pensar numa estratégia para a fase seguinte, quando será preciso desmontar as medidas de combate à recessão. As duas mensagens foram transmitidas pelo presidente do Fed, Ben Bernanke, em depoimentos na Câmara e no Senado,
As perspectivas da economia americana parecem estar melhorando, mas a recuperação será lenta e o desemprego permanecerá elevado por muito tempo, segundo Bernanke. Os consumidores ainda estão muito endividados e os preços dos imóveis - apesar de algum aumento recente - permanecem muito baixos. O consumo, portanto, só voltará a crescer muito devagar e a lentidão deverá estender-se pelo próximo ano, advertiu o presidente do Fed. O aviso vale também para os demais países: com os consumidores retraídos ainda por muito tempo, as importações americanas deverão crescer também lentamente. Durante anos, o consumo nos Estados Unidos foi um dos principais motores da economia mundial. Esse motor, pela avaliação dos economistas do Fed, reproduzida nos depoimentos de Bernanke, deverá continuar em marcha lenta pelo menos até o fim do próximo ano.
Não há, por enquanto, sinal de pressões inflacionárias e esse quadro, de acordo com o presidente do Fed, não mudará antes de uma firme reativação da economia. Por longo tempo o objetivo da política monetária continuará sendo o fortalecimento da atividade econômica. Quando for preciso mudar, o aperto da política deverá ser gradual e o Fed, segundo Bernanke, dispõe dos instrumentos para promover a reorientação.
Mas a próxima etapa não vai depender apenas da autoridade monetária. Também é preciso, de acordo com o presidente do Fed, pensar desde já em como desmontar os enormes incentivos fiscais concedidos pelo Tesouro desde o agravamento da crise, nos meses finais do ano passado. Isso é tarefa não só para o Executivo, mas também para o Congresso, porque os parlamentares têm uma importante participação no desenho do orçamento federal. "Se não demonstrarmos um firme compromisso com a estabilidade fiscal, correremos o risco de não ter nem estabilidade financeira nem crescimento econômico durável", advertiu Bernanke durante o depoimento na Câmara de Representantes.
Esta advertência contém mais do que as palavras expressam: se Executivo e Congresso não fizerem sua parte, cuidando da arrumação do orçamento, o Fed terá muito mais trabalho para neutralizar o efeito inflacionário das medidas tomadas contra a recessão.
Na melhor hipótese, portanto, o Tesouro cuidará de sua parte e começará a desmontar no momento adequado os incentivos ao consumo e a vários setores produtivos. Isso facilitará a transição, mas, ainda assim, sobrará um enorme endividamento, se o déficit fiscal atingir os níveis previstos para este ano e para o próximo, em torno de US$ 1,8 trilhão no exercício fiscal de 2009 e de US$ 1,2 trilhão no seguinte. Será preciso rolar uma dívida bem maior que a dos anos anteriores à crise e isso pressionará, provavelmente, os juros correntes no mercado. Ao mesmo tempo, o aperto da política monetária, mesmo gradual, também contribuirá para encarecer o crédito. O efeito será pior se o ajuste fiscal for deixado para mais tarde.
A dívida pública e a evolução dos juros americanos serão assuntos importantes para quem vencer a eleição presidencial do Brasil. Se o sucessor do presidente Lula herdar um orçamento em estado razoável, poderá atravessar o ajuste pós-crise sem maior dificuldade. Se precisar correr atrás de financiamento, terá um difícil início de governo. Se o presidente Lula continuar aumentando os gastos para ganhar a eleição, deixará um legado incômodo para seu sucessor - e para o País.
ECONOMIA - PREOCUPAÇÃO COM O DÓLAR
TAXA BÁSICA DE JUROS - SELIC - ENTREVISTA
Abaixo, trechos da entrevista com o colega Ricardo Carneiro, professor titular do Instituto de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), realizada pela Folha de S. Paulo.
Para ele, agora que a taxa Selic está em 8,75% ao ano, os juros brasileiros se aproximam de um patamar "razoável" e deixam de ser o principal obstáculo para o desenvolvimento do país.
sábado, 25 de julho de 2009
ECONOMIA EM CRISE E DUAS MALAS EXTRAS
sexta-feira, 24 de julho de 2009
TAXA BÁSICA DE JUROS - SELIC
DINHEIRO - TODOS QUEREM MAIS
segunda-feira, 20 de julho de 2009
BANCO CENTRAL: PREVISÃO TAXA DE JUROS
O HOMEM NO MUNDO DA LUA
sábado, 18 de julho de 2009
ECONOMIA 2009 COM NOURIEL ROUBINI
Para o colega NOURIEL ROUBINI, um dos poucos que previu a atual crise, direto do GLOBO:
É o que também torcemos. E que venha 2010...
DICA DE LIVRO - ECONOMIA COM NIALL FERGUSON
O historiador NIALL FERGUSON, Professor de Harvard e pesquisador de Oxford e Stanford é também um polemista. De perfil conservador, argumenta que impérios podem ser benéficos para a humanidade, tese que defendeu em "Empire", sobre a Inglaterra, e em "Colossus", sobre os EUA. Suas obras costumam ser transformadas em séries de televisão, como aconteceu também com "A Ascensão do Dinheiro", que foi ao ar no Reino Unido. O livro que fez decolar a sua carreira internacional, chamado "The Pity of War", de 1998, trata da Primeira Guerra Mundial.
É justamente o entrelaçamento eficaz entre história econômica e política que o alçou à fama mundial: ele foi eleito em 2004 uma das cem pessoas mais influentes do mundo pela revista americana "Time” Para ele "Por trás de todos os grandes eventos da história humana, existe uma história financeira". Neste mês está lançando no BRASIL o seu livro “A ascensão do dinheiro”. Em entrevista a FOLHA, vejam o detalhe de uma resposta .
DA SÉRIE: LEITURA INEVITÁVEL
A coluna na FOLHA do colega PAULO RABELLO DE CASTRO, sempre é daquelas que provocam reflexão e instigam o leitor a conhecer melhor a economia. E neste excelente texto, tem muito a ver com o nosso bolso $$$$. Se a Bíblia registra os dez mandamentos de DEUS, aqui temos também os dez mandamentos do mau imposto. A leitura é até cômica, se o assunto não fosse trágico. Boa leitura a todos.
"RECORDE , CARGA FISCAL CHEGA A 36% do PIB." Com essa manchete, a Folha mostrou, na quarta passada, que chegamos em 2008 à marca oficial dos 36% de peso do Estado nas costas do cidadão. Agora o governo abocanha mais de quatro meses da renda anual dos brasileiros! Nenhuma justificativa plausível existe para descompasso tão gritante entre receita e contraprestação de serviços do governo. Fica claro que uma parcela privilegiada da população já se apropriou da máquina do Estado em proveito próprio.
No livro "Tributos no Brasil: Auge, Declínio e Reforma" (2008), com Ives Gandra Martins e Rogério Gandra, e mais uma dezena de notáveis especialistas, mostramos, mais uma vez, quanto o sistema tributário brasileiro inviabiliza o país como nação justa e madura em nosso patriótico imaginário.
Em alerta contra o continuado desperdício de oportunidades, publico hoje este decálogo da tragédia tributária nacional -para ressaltar que o Brasil não é mais aquela "Belíndia" (mistura de Bélgica com Índia, criação de Edmar Bacha), mas virou "In-gana" - na perspicaz paródia de Delfim Netto -, que assim define o país como sendo metade Inglaterra, pelo nível dos impostos que cobra, e metade Gana (com as devidas desculpas aos ganenses), pela qualidade da contrapartida em serviços do Estado.
Eis o decálogo do mau imposto em "In-gana".
1) "Aqui os pobres pagam o dobro dos ricos." Provado por pesquisas diversas (Fipe, Ipea etc.) que a carga tributária é tão mais pesada quanto menor for seu salário!
2) "No Brasil, para tributar basta flagrar alguém trabalhando." É o único país que pune o trabalho e, especialmente, crucifica a industrialização, via IPI, imposto canalha que Lula sabiamente vem reduzindo. O homem sabe das coisas!
3) "Em "In-gana", só metade da carga fiscal financia os serviços do Estado; a outra metade é -toda ela- para repartir entre juros e aposentadorias!"
4) "Aqui, qualquer reforma tributária será sempre para elevar a carga fiscal, portanto, cuidado com a próxima." Vide a última mudança de alíquotas do PIS e da Cofins, que elevou a carga desses tributos.
5) "O custo administrativo de estar em dia com o fisco no Brasil é provavelmente o mais alto do mundo." Aqui, via de regra, o contribuinte é quem está errado.
6) "Nossa carga tributária recorde corresponde a uma ineficiência previdenciária recorde." Gastamos 12% do PIB para ter uma das previdências menos justas do mundo.
7) "Nos últimos 15 anos (Plano Real), a carga tributária financiou uma conta de juros do tamanho da própria dívida pública original." É o peso financeiro dos políticos.
8) "Com uma crescente carga fiscal, nem o governo investe nem deixa o setor privado investir." O setor público elimina, via tributação, mais de 60% da capacidade de investimento anual do setor privado, assim que essa intenção brota na renda pessoal e, via lucro, nos balanços das empresas.
9) "Contradição: com uma carga fiscal mais baixa (máximo de 30% do PIB), o Brasil poderia crescer o dobro (6% ao ano) até 2020 e arrecadaria o mesmo volume de tributos para o Estado."
10) "O atual regime tributário não permitirá ao Brasil ser líder, nem mesmo dos países vizinhos, quanto menos se projetar na cena mundial." Enquanto perdurar o atual arranjo político e tributário, é melhor para "In-gana" continuar investindo apenas no futebol.
ECONOMIA AMERICANA - ENTREVISTA
Gosto muito de ler entrevistas, principalmente se o assunto é de meu interesse e se entrevistado e repórter são inteligentes. Direto do francês Le Monde, vamos ler juntos o que pensa hoje Timothy Geithner, o Secretário de Tesouro de BARACK OBAMA. Afinal, o peso da economia americana ainda faz tremer determinados mercados econômicos... Além do que, a entrevista é uma aula aula free de ECONOMIA para um bom início de um final de semana.
A DIFERENÇA ENTRE BRASIL E ESTADOS UNIDOS
O parágrafo abaixo bem que poderia ser tema na campanha eleitoral brasileira de 2010: é uma receita nota dez. Porém, pensando melhor, aqui neste BRASIL não temos tempo para isso. Eles irão é mesmo falar de assaltos aos cofres públicos etc etc etc.
Já em outro país, quase desenvolvido como o nosso, leiam o que diz um dos principais assessores econômicos do OBAMA, o economista Lawrence Summers "A economia americana reconstruída tem que ser mais orientada para a exportação e menos para o consumo; mais orientada para o meio ambiente e menos para a energia fóssil (menos petróleo); mais orientada para a biotecnologia e para o software e menos para a engenharia financeira; mais orientada para a classe média e menos para o crescimento da renda que favorece desproporcionalmente uma fatia muito pequena da população."
sexta-feira, 17 de julho de 2009
EM FOCO: A THE ECONOMIST DESTA SEMANA
domingo, 12 de julho de 2009
EM FOCO: A THE ECONOMIST DESTA SEMANA
O BRASIL E A CRISE EM SEU QUASE ANIVERSÁRIO
Dentro de poucos meses estaremos “comemorando” um ano de crise econômica. Nesse longo período muitos “profetas” desenharam um mundo negro, incluindo o Brasil globalizado nesse contexto. Considerando que DEUS é e continua sendo BRASILEIRO, conforme pesquisa publicada na revista EXAME "a soma das perdas das 500 maiores empresas do BRASIL em 2008 é MENOR que o prejuízo da FORD nos Estados Unidos no mesmo ano."
POLÍTICA ECONÔMICA E ALGUNS FUROS
Um dos pilares da atual política macroeconômica é o rigoroso controle das contas públicas. O economista e professor da PUC-Rio Rogério Werneck, foi entrevistado no GLOBO e Miriam Leitão deu o devido destaque em seu blog ao assunto. Eis os pontos mais críticos na opinião do professor.
* Política fiscal anticíclica só pode ser feita com gastos reversíveis. E o governo está chamando de anticíclico o que é aumento dos gastos correntes como elevação do custo do funcionalismo. Quando a crise acabar, eles não poderão ser anulados.
* Na relação com os estados, o governo abriu “um guichê de favores”. Isso tem um claro objetivo político, sobre o qual o economista não falou, mas cada um pode concluir. Do ponto de vista fiscal, pode detonar um processo de “eu também quero” interminável.
* O governo está aceitando renegociar as dívidas dos estados.
* O aparelhamento do Banco do Brasil para forçar uma queda das taxas de juros bancárias. O BB, como todos sabem, quebrou durante a crise bancária e teve que ser capitalizado pelo dinheiro de todos nós. Rogério não falou na Caixa, mas ela também está indo pelo mesmo caminho.
* A proposta de que o Planalto volte a ter controle sobre a política monetária do Banco Central. A crítica de Rogério não está dirigida ao governo Lula, mas ao PSDB, que na sua confusa linha de oposição, consegue atacar até o que iniciou quando era governo. É uma proposta tosca.
Há ainda grandes riscos na Previdência. Um deles, da revisão dos poucos avanços recentes. A retirada do fator previdenciário está sendo negociada. Além do custo direto disso, ainda se formará um novo esqueleto pelas ações dos que se sentirem prejudicados pelo período de vigência do fator. Há ainda o risco de uma nova dívida de R$ 36 bi com a derrubada do veto presidencial a um reajuste equiparado ao mínimo de 2006. Poucos economistas têm falado sobre riscos fiscais. Os que estão no mercado financeiro já encurtaram seu olhar. Limitam-se a olhar a relação dívida pública líquida como percentual do PIB e pensar: ela caiu para 35%, teve uma subida agora para 40%, mas voltará a cair no futuro. Não é problema, dizem. Estão enganados.
A dívida mais cara é a interna, e ela subiu de 40% do PIB para 60% do PIB no período do governo Lula em que a arrecadação mais subiu. Neste momento em que os juros estão caindo, há um bônus, que é a queda do custo dessa dívida. Isso é uma oportunidade, lembrou Rogério, que está sendo desperdiçada.
O professor apontou também outro ponto crônico: o fato de que o governo não consegue investir. “Há muito tempo a economia brasileira vem lidando com séria atrofia do investimento público”. Quem apenas aprecia a cena brasileira, pode achar que é exagero, já que aí está o PAC aumentando o investimento. É engano.
Este blog considera o assunto muito sério e deve ser debatido amplamente HOJE, mas principalmente durante a CAMPANHA ELEITORAL DE 2010.
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
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